Autor: Paloma Oliveto
Hábito de comer cocô, chamado de coprofagia, pode ter várias causas. A mais comum é comportamental: o cão associa o cocô às broncas do tutor e come para escondê-lo
A carinha de fofa de Nany, 9 meses, esconde um hábito bastante desagradável e comum. Desde filhotinha, ela come o próprio cocô. A dentista Nayany Priscilla Feitosa Ramos já não sabe mais o que fazer. “Logo quando ela chegou lá em casa, o veterinário falou que poderia ser porque a mãe deles limpava o ambiente, comia o cocô dela e o deles, e eles aprendiam. Mas o outro irmãozinho dela, o Thor, parou de comer quando começou a comer ração”, diz.
Priscilla conta que Nany sempre comeu muito rápido e, assim que fazia cocô, já virava e se deliciava. “Tentei várias coisas, o veterinário falou para colocar um remédio que deixa o gosto ruim no cocô, mas não adiantou. Parece até que ela está comendo mais”, lamenta. A dentista conta que, atualmente, Nany não devora o cocô logo depois das necessidades; por isso, ela tem tempo de retirar a sujeira antes que vire o “lanchinho” da cadela. “Mas se deixar e ela vir, ela pega, brinca, espalha pela sala e, quando vejo, já está mastigando. Não sei o que é”, diz. No começo, Priscilla dava bronca, mas já até desistiu porque a cachorrinha não se impressiona mais e come mesmo assim.
A veterinária Erika Almeida, da Pookie Pet, explica que vários fatores podem explicar a coprofagia. “Quando o cachorro é bem filhotinho, a mãe tem esse hábito de limpar todos os excrementos dele, aí pode vir por imitação. Em outros casos, pode ser relacionado à absorção de nutriente, e eles acabam tendo o hábito por desordem alimentar. Outra coisa que acontece bastante, e vejo muito no consultório, é o hábito de imitar o dono quando ele vai recolher o cocô”, conta.
Segundo a veterinária, muitos tutores brigam com o filhote quando ele faz cocô no lugar errado. “Ele não entende que o motivo é esse, e acha que a culpa é do cocô. Então, toda vez, para não tomar bronca, ele come o cocô, para esconder”, diz. Também pode acontecer de o animal comer mesmo sem bronca, só para imitar o tutor, porque o vê recolhendo as fezes.
“A primeira coisa que o proprietário deve fazer é levar o cachorro no veterinário para descartar deficiência nutricional. Se isso for descartado, tem a parte do adestramento e alguns medicamentos, que deixam o cocô com gosto ruim, para ele assimilar que o cocô é algo ruim. O adestramento também ajuda bastante”, explica.
Segundo Erika Almeida, também é muito importante saber que a coprofagia pode acontecer em cachorros de qualquer raça e em SRD. Além disso, o cão pode acabar comendo cocô de outros animais, inclusive de outras espécies. “Tinha uma cliente que a cachorrinha dela comeu até de cavalo”, relata. “Tem muito cachorro que não tem o hábito de comer as próprias fezes e as de outros cães, mas tem interesse no cocô do gato. Isso acontece porque a alimentação do gato é diferente, tem um palatabilizante melhor, por isso ele fica atraído pelo cocô. O mesmo pode acontecer em relação às fezes humanas”, afirma a veterinária.
Oba! O fim de semana está perto! Aproveite as dicas da agenda pet e leve seu aumigo para passear
Sábado
Gatos no Cobogó – das 10h às 20h, no Cobogó Mercado de Objetos (704/705 Norte, bloco E, lojas 51/56). O dia vai ser de muita diversão no evento do Clube do Gato Durante todo o dia, haverá venda de produtos super diferentes, feira de plantas, café com comidinhas deliciosas, foodtruck, banca de orgânicos, cerveja artesanal e parquinho para as crianças. O evento é para ajudar os animais resgatados pela ONG, que também auxilia pessoas que não têm condições de castrar os bichanos.
Feirinha de adoção independente – a partir das 10h na 306 sul, atrás da petshop Bicho Chique
Feira de cães e gatos do abrigo Fauna e Flora – das 11h às 16h: , na 108 sul (rua da Igrejinha, ao lado do Di Petti Boutique pet). A ONG também aceita doação de ração, jornais, medicamento, vermífugo, produto de limpeza e artigos para bazar.
Feira de adoção de cães e gatos do Projeto Adoção São Francisco – a partir das 10h30 na Petz – SIA. A ONG precisa de ração.
Domingo
Encontro de buldogues – das 9h às 12h, no Residencial Interlagos (Jardim Botânico), a manhã é dos buldogues. Haverá encontro do grupo Bulldogada Candanga, com muitas atividades para os pets, sorteio de brindes, café da manhã coletivo (levar lanche), venda de camisetas e foto oficial do grupo. Para conhecer as regras e pegar o mapa de localização, entre na página do evento no Facebook
Feira de saúde – a partir das 10h, no Parque Ecológico de Águas Claras. Os pets também têm espaço na primeira edição da Feira de Saúde, que levará nove horas de serviço gratuito para a população. Para os humanos, voluntários vão dar orientações sobre estilo de vida saudável e fazer avaliação sobre a idade biológica, por meio de aferição de pressão arterial, exame de glicemia capilar e índice de gordura corporal por bioimpedância. No caso dos animais domésticos, os organizadores da Feira oferecerão sugestões de hábitos saudáveis, além de consultas gratuitas, exames clínicos e laboratoriais, e vacinação anti-rábica, entre outras.
Conhece algum lugar pet friendly? Conta pra gente!
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Olha, que coisa mais linda!
Essa aqui é a Corujinha, leitora do blog! Ela é muito miúda e bastante charmosa! Bento mandou um grande lambeijo para a aumiguinha!
Animais também precisam de acompanhamento durante a gestação. O que parece ser luxo é, na verdade, uma necessidade para garantir a saúde da mãe e dos filhotes antes, durante e após o parto, período que dura de 58 a 63 dias
A gestação da pug Mel, 2 anos e meio, não foi planejada. Mas um descuido da família, que pensou que o cio já tinha acabado, resultou na gestação de cinco bebês. Até as duas últimas semanas, tudo correu bem. Mas, como ela já tinha sobrepeso, o quadro evoluiu para obesidade gestacional no fim da gravidez. Mel estava pesando 14kg. “Junto a isso, vem uma série de problemas, como a falta de ar”, conta a tutora da pug, Milena Gomes Borges. “Uma semana antes, a Mel já não aguentava mais. Passei noites e noites acordada abanando ela, pelo fato de ela ter fobia de ar condicionado e de não gostar de ventilador”, relata.
Os filhotes nasceram dois dias antes do previsto e chegaram de cesária, no dia do aniversário da pug. Todos lindos e saudáveis. “A minha dificuldade maior foi que a Mel não aceitou seus filhotes. Cuidei deles por 40 dias. Nos 15 primeiros, fiz cabana, comprei luz amarela (por esquentar mais), tentando simular o papel dela de Mãe. Ouvi da veterinária: ‘Você pode por 10 cobertores em cima deles, mas nada vai esquentar, tem ser a mãe deles pra aquecer o nariz.’ A primeira semana foi um medo danado de eles não resistirem. Mas deu tudo certo e hoje estão lindos”, comemora Milena.
Assim como humanas, as cadelinhas prenhe também precisam de cuidados na gestação. O acompanhamento da gravidez, do parto e do pós-parto vão garantir a saúde da mamãe e dos filhotes, mesmo quando há imprevistos, como foi no caso de Mel, que fez todo o pré-natal, com três ultrassonografias, além de hemograma completo antes e depois do parto.
“O exame mais precoce para detecção de prenhes é a ultrassonografia abdominal, que pode ser realizada a partir do 21º dia de gestação. Para avaliação da viabilidade fetal, recomenda-se repetição do exame em torno do 45º dia”, explica a a médica veterinária do Hospital Veterinário da Anhanguera de São Paulo, Ana Paula Lopes de Moraes Oliveira. “O exame ultrassonográfico, em qualquer fase gestacional, é útil para determinação da idade gestacional aproximada e, portanto, estimativa da data provável do parto. Essa determinação é feita por meio de medidas fetais e aparecimento de alguns órgãos, como os rins e alças intestinais”, ensina.
Planejamento da gestação
Segundo a médica veterinária da Anhanguera, a partir do terceiro cio a cadela, já estará apta a ficar prenha. “Não se recomenda cruzar cadelas com idade avançada, a partir de 6 anos ou que tenham qualquer alteração em glândula mamária”, recomenda.
Sintomas
Durante a gestação, as cadelas apresentam sintomas como aumento de volume abdominal, aumento das mamas e cansaço.
Cuidados
De acordo com Ana Paula, a cadela deve seguir com a rotina mais próxima do normal possível, para que não haja interferência no momento do parto e ela se sinta segura e confortável. “A alimentação deve ser substituída por uma ração para filhotes ou super premium, a vermifugação da cadela e dos filhotes tem indicação de ser feita, sob orientação do medico veterinário. Deve se evitar que ela suba em lugares altos, como em cima da cama ou de sofás. Além disso, não é necessário suplementação de cálcio”, orienta.
Exames adicionais
Para contagem do número de fetos, recomenda-se o exame radiográfico abdominal, que pode ser realizado a partir do 45º dia. “Mas a recomendação é que seja feito mais perto da data do parto (em torno do 55º dia) para melhor avaliação do tamanho fetal”, diz.
O exame ultrassonográfico próximo a data do parto, pode verificar a presença de órgãos que são formados em fase final de gestação, como os rins e o movimento de alças intestinais. “Além disso, o número de batimentos cardíacos do feto é um importante dado para reconhecer um possível sofrimento fetal e então indicar que os filhotes devem nascer dentro das próximas horas”, comenta.
Parto
“A cadela, em torno de 24 horas do momento do parto, irá expelir uma secreção esverdeada pela vulva e também terá redução de sua temperatura corpórea em até um grau. Irá procurar um local que ela julgue seguro para iniciar o trabalho de parto, o hábito de fazer ninho”, explica.
Para a médica veterinária, qualquer intervenção que deva ser realizada durante o parto, só pode ser feita por um médico veterinário. “Não é preciso tracionar o filhote e nem mexer na cadela enquanto ela está em trabalho de parto. Na maioria das vezes, a cadela não precisa de auxílio e é capaz de realizar tudo sozinha, porém em caso de necessidade de intervenção, recomenda-se solicitar acompanhamento de médico veterinário, ou então levá-la ao hospital veterinário”, orienta.
Pós-parto
Após o parto, a especialista recomenda ficar atento se todos os filhotes estão conseguindo mamar e se a cadela está se alimentando. “Evita-se mexer nos filhotes, e não se deve dar banho na cadela após o parto, evitando, assim, que os filhotes percam o reconhecimento materno”, finaliza.
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Bronca do leitor
Os animais de estimação fazem parte da família, e os empresários de todos os ramos, inclusive da gastronomia, não ignoram mais essa realidade. Em Brasília, pouco a pouco vão surgindo estabelecimentos pet friendly, destacados todas as semanas pelo blog. Para fazer a avaliação, o nosso blogueiro Bento vai aos locais e observamos como ele é tratado, e se há elementos como potes de água e petiscos para agradá-los.
Um dos estabelecimentos que adotou a postura pet friendly é o tradicional Belini Pães e Gastronomia, na 113 Sul. Contudo, um grupo de leitoras foi lá no domingo e se decepcionou. A nutricionista Liliana Martins Affonso de Mello foi ao restaurante com as amigas, todas elas com os cães. Ficaram na área reservada para os animais. “Acho que, por esse motivo (estar com cachorros), não nos atendiam, nem iam até a mesa perguntar o que queríamos! Um absurdo! Será que por que estávamos com nossos cães!? Considerei discriminação e descaso total. Tive que ir chamar as garçonetes por três vezes seguidas lá dentro do ambiente, pois estávamos na área externa”, relatou. “Além de ter que ir chamar, parecia que tínhamos que implorar para sermos atendidas, faltamos ajoelhar, parecia até um favor, e por esse motivo não queremos nunca mais ir nesse local!”, continuou.
O blog entrou em contato com a Belini, que enviou a seguinte resposta, assinada por Luiz Guilherme Carvalho, diretor-executivo do estabelecimento:
” Agradecemos à cliente Liliana Affonso e ao blog Mais Bichos pela oportunidade de manifestarmos nossas desculpas pelo dia infortúnio que tivemos no atendimento da nossa área externa. A Belini sempre buscou pioneirismo em suas ações de maneira genuína e temos um carinho pelos pets. Como membros da família precisam e devem estar inseridos dentro da sociedade, assim como qualquer cliente. Nosso espaço pet fica no jardim com uma área livre, o que permite deixá-los soltos ou presos em um aparato de aço inox, com uma vasilha de água à disposição. Ainda pretendemos desenvolver algumas opções a mais e estamos abertos às sugestões da comunidade pet friendly. Reforçamos a simpatia da cliente Liliana, que tão bem atendeu a ligação do responsável pela empresa, Luiz Guilherme Carvalho, e pela compreensão da situação. A casa já está organizando junto com a cliente, suas amigas e seus “filhos de 4 patas” uma nova visita para refazerem a experiência.”
A cachorrinha mais famosa do Brasil conta ao blogueiro Bento sobre o game que acabou de lançar. Estopinha é a protagonista do jogo, que dá dicas sobre cuidados com os pets. Parte das vendas vai ajudar cães de abrigos e ONGs
Celebridade nas redes sociais e na televisão, a cachorra Estopinha lançou seu primeiro game para os dispositivos IOS e Android. No jogo, a famosa assistente do zootecnista Alexandre Rossi, o “Dr. Pet”, conta com a ajuda do usuário para ajudá-la a arrumar a bagunça que fez em casa, antes que os “papis” cheguem e a peguem no flagra. Quanto mais brinquedinhos, berinjelas e meias forem combinadas, mais pontos são ganhos. Os amigos da Estopinha, como o irmão Barthô, podem dar uma patinha para ajudar a catar mais objetos largados pela casa.
Estopinha, que tem mais de 3 milhões de seguidores no Facebook, foi adotada por Rossi em 2010. A ajudante do Dr. Pet se tornou famosa rapidamente, graças aos perfis em redes sociais e aos programas de televisão, nos quais a dupla ensina dicas de comportamento animal. As fotos e tiradas engraçadíssimas da cadelinha conquistaram o Brasil e estão ajudando a divulgar a causa da adoção. Estopinha é vira-lata e foi adotada em um abrigo. Vinte por cento da renda de todos os trabalhos que envolvem a mascote, incluindo o game, é destinado a organizações não-governamentais e a abrigos que cuidam de cães abandonados.
O Bento, que é fã de carteirinha da Estopa, fez uma “entrevista” com ela. A fofinha ainda deixa um recado fofo para os leitores do blog. Confira!
Estopinha, o que você achou de ser personagem de um game?
Ahhh, eu achei demais né???? Mais uma coisa pro meu currículooo kkkkkkkkk e o legal é que eu ainda consigo dar um monte de dicas pros tios nos meios das fases, então todo mundo brinca e aprende um monte de coisas legais também pra usar com seus bichinhos!!
Você é muito bagunceira, que eu sei! Você guarda seus brinquedos só no jogo ou em casa também?
Olha Bentooo, depende do dia né?? kkkkkkkkkkk Brincadeirinha, os papis ensinaram a gente a deixar os brinquedinhos pelo menos ali no nosso quartinho! Mas arrumar os brinquedos é tipo arrumar a cama né? A gente sabe que vai bagunçar de novo, então às vezes é mais fácil já deixar bagunçado kkkkkkkkkkkkk
É verdade que parte da renda vai ser para ajudar nossos amiguinhos que não têm lar?
Siiiiim <3 20% de todo o dinheirinho que eu ganho com meus trabalhicos é doada para alguns abrigos que a gente conhece e ama muitão, porque sabemos que cuidam direitico de todos os meus irmãozinhos que ainda não acharam uma família pra amar!!! Legal, né, tiosssss?? Por isso que eu fico feliz de fazer novos trabalhos, que aí consigo ajudar cada vez mais e maissss <3
Estudo científico mostra que o melhor amigo é mais esperto que se imagina. Ele tem habilidade de interpretar as intenções humanas e, assim, descobrir, por exemplo, onde tem petisco escondido
Humanos são capazes de interpretar o comportamento de outros, atribuindo a eles estados mentais. Ao adotar a perspectiva das pessoas, eles podem assumir suas emoções, necessidades e intenções e, assim, reagir apropriadamente. No mundo animal, a habilidade de atribuir tais estados — a chamada teoria da mente — é um assunto altamente controverso. Biólogos cognitivos da Universidade de Medicina Veterinária de Viena conseguiram provar, com um novo método de pesquisa, que cães também são capazes de interpretar intenções alheias. No caso, de humanos. De acordo com os cientistas, isso deu a eles uma vantagem na integração com o ambiente dos homens, ao longo da evolução. O trabalho foi publicado na revista Animal cognition.
A Teoria da Mente descreve a habilidade dos humanos de entender os estados mentais como emoções, intenções, conhecimento, crenças e desejos. Essa capacidade se desenvolve nos primeiros quatro ou cinco anos de vida, enquanto que, normalmente, é negada em relação aos animais. Indicações de que eles também podem entender estados mentais ou mesmo estados de conhecimento de outros só foram encontradas em símios e corvídeos até agora. Já foram feitos muitos testes em cachorros, mas os resultados foram pobres e contraditórios.
Com uma nova abordagem experimental, biólogos cognitivos do Instituto de Pesquisa Messerli, de Viena, disseram que conseguiram evidências sólidas de que os cães podem adotar a nossa perspectiva. Ao fazer isso, eles são capazes de entender o que os humanos podem ver e, consequentemente, saber. Essa habilidade de prever conhecimento é apenas um dos componentes da vasta Teoria da Mente, mas não deixa de ser muito importante.
O chamado paradigma Adivinho-Conhecedor é um teste padrão na pesquisa sobre atribuição de conhecimento a outros. O experimento envolve duas pessoas: o “conhecedor” que esconde comida, invisível para o cachorro, em um de muitos recipientes (ou sabe onde outro a escondeu), e o “adivinho”. Este não esteve na sala ou, ao menos, estava com os olhos vendados durante o ato de se esconder o alimento. Uma parede sólida bloqueia a visão do animal. Depois disso, dois humanos tornam-se os informantes, apontando para diferentes recipientes.
O conhecedor sempre aponta para a vasilha falsa, enquanto que o adivinho, para a outra. Todas têm cheiro de comida. “Para conseguir o petisco, os cães têm de entender que sabe o lugar correto (conhecedor) e quem não sabe e, portanto, apenas adivinha (advinho). Eles devem identificar o informante no qual podem confiar se têm de decidir por uma das duas vasilhas”, explica o principal pesquisador, Ludwig Huber. Em aproximadamente 70% dos casos, os cães escolheram o indicado pelo conhecedor — e, portanto, passaram no teste. Esse resultado se manteve, independentemente da posição da vasilha, da pessoa que agia como conhecedor e do lugar para onde o adivinho estava olhando.
O objetivo da série de testes foi confirmar, de maneira independente, um trabalho realizado anteriormente na Nova Zelândia. Evidências claras de cães sendo capazes de adotar a perspectiva humana e tirar vantagem disso foram obtidas em um novo teste desenvolvido pela equipe, o chamado “adivinho olhando para o lado”. No novo experimento, uma terceira pessoa esconde a comida. Ela não oferece nenhuma pista de onde o alimento está. Os informantes em potencial ficavam de joelhos à esquerda e à direita dessa pessoa e olhavam para o mesmo lado, com a cabeça ligeiramente inclinada para baixo. Assim, quando uma das duas pessoas olhavam para a vasilha falsa, a outra desviava o rosto. “Isso significa que os cães testaram, para conseguir comida, tinham de julgar quem é o conhecedor, adotando as perspectivas dos informantes e seguindo seus olhares”, explica Huber. Mesmo nesse teste, muito difícil para os animais, aproximadamente 70% das tentativas foram acertadas.
Ser capaz de adotar a perspectiva de um humano, contudo, não requer a habilidade de entender intenções e desejos. “Mas o estudo mostrou que os cães podem descobrir o que os homens ou os congêneres podem ou não podem ver”, diz o pesquisador. “Ao adotar as posições dos humanos e seguir seus olhares geometricamente, os cães conseguiram descobrir o que os homens via e, portanto, sabiam — e, consequentemente, em quem poderiam confiar ou não.”
Em experimentos similares, chimpanzés e algumas espécies de pássaros, como corvos, foram capazes de entender o grau de conhecimento e também as intenções dos congêneres e modificar seus próprios comportamentos, de acordo com essa interpretação. Para cães, só havia especulações e vagas indicações até agora. Contudo, sabe-se que os cachorros compreendem bem o comportamento humano. Por exemplo, o grau de atenção. Eles podem aprender por pistas visuais diretas, como gestos ou olhares. Por isso, são capazes de encontrar comida mesmo se sua visão está bloqueada. “A habilidade de interpretar nosso comportamento e antecipar nossas intenções, o que foi obviamente desenvolvido por meio da combinação da domesticação e da experiência individual, parece ter sido a base da habilidade de adotar nossa perspectiva”, diz Huber. “Ainda não está claro quais mecanismos cognitivos contribuem para isso. Mas a capacidade certamente ajuda os cães a encontrarem muito bem seu caminho em nosso mundo.”
Moradora de cidade mineira não esperou a chegada dos bombeiros e conseguiu salvar o cãozinho que havia caído dentro do buraco
Da Agência Anda
Uma moradora da cidade de Lagoa Formosa, em Patos, Minas Gerais, ao perceber que um cão abandonado havia caído dentro de um buraco, não mediu esforços e entrou no local para salvá-lo.
A senhora, chamada Romeide, não esperou até a chegada dos policiais para tirar o animal de dentro do canal de tubulação. Ao chegar no local, o sargento Martins, da PM, ficou surpreso com a atitude. O animal que foi retirado do buraco sem ferimentos, apresentava resquícios de terra, segundo pessoas que estavam no local.
No vídeo, gravado na Rua Lázaro de Brito, no Bairro Babilônia, é possível ver o resgate:
Depois de 20 anos, tutores dispensam animal, por considerá-lo “velho demais”. O cocker foi resgatado por ONG, tratado por veterinários, e recebeu uma segunda chance
Sonoma é um cocker spaniel que viveu com a mesma família por toda a sua vida. Porém, aos 20 anos, eles decidiram que o cão era “muito velho” e o levaram para o Carson Animal Shelter, na Califórnia (EUA).
O cão é parcialmente cego e surdo e ficou tão confuso quando foi deixado para trás em um lugar estranho, longe do único lar que conheceu. Sua antiga tutora disse que, quando costumava chegava em casa, o encontrava nadando na piscina porque ele estava velho e desorientado e alegou que simplesmente não podia mais lidar com isso.
Sonoma foi deixado em um abrigo público onde poderia não ter sobrevivido por muito tempo por causa de sua idade. Felizmente, a Frosted Faces Foundation, um centro de resgate de cães idosos em San Diego, descobriu sobre Sonoma e imediatamente se mobilizou para acolhê-lo.
“Em qualquer idade, as únicas línguas que um cão conhecerá são o amor e uma grande lealdade”, diz Kelly Smíšek, fundadora do grupo.
“Não há nada que se possa dizer para explicar ao seu cão todos os motivos que você usa para justificar sua decisão de abandono e é por isso que operamos a Frosted Faces Foundation”, completa.
Os salvadores de Sonoma imediatamente o levaram ao veterinário local para examinar sua saúde. Ele tinha infecções nos ouvidos e uma úlcera no olho esquerdo, que foi tratada, e marcas na pele. Se não fossem esses fatores, ele parecia estar em boa saúde. Apesar da idade, todos os exames de sangue estavam completamente normais, segundo o The Dodo.
“Ele tem muitas marcas de pele e conseguiu chegar aos 20 anos. Talvez a única coisa de que precise, além do tratamento para seus olhos e ouvidos, seja um lar amoroso”, observa Smíšek.
Os olhos e ouvidos de Sonoma já começaram a se curar e seu ânimo parece melhorar lentamente. Ele adora o momento de comer e não consegue deixar de sempre arrastar as longas orelhas pela vasilha de comida.
Sonoma pode ser velho, mas é cheio de vida e está mais do que preparado para uma segunda chance.
“Os dias de Sonoma continuarão, seu coração será curado e seremos seus defensores. Agimos aonde a raiva encontra o amor”, afirma Smíšek.
Sonoma está procurando sua família definitiva e a Frosted Faces ajudará com as despesas médicas do cão pelo resto de sua vida. Muitas pessoas ficarão ao seu lado até que ele finalmente encontre o seu perfeito final feliz.
Aproveite o fim de semana para visitar as feirinhas de adoção. Quem sabe o melhor amigo não está à sua espera?
Que tal abrir a casa e o coração para um animalzinho abandonado? Quem já adotou, garante: não há nada melhor que abrigar cães e gatos que, na maioria das vezes, passaram fome e frio, além de sofrerem maus-tratos nas ruas. “Não tem sentimento melhor do que você olhar no fundo dos olhos daquele bichinho e ver a gratidão dele. Gratidão por você ter dito sim a um animal que uma vez (ou até mais) foi negada a ele a chance de ser amado, cuidado, querido. É realmente recompensador esse olhar, essa gratidão que eles carregam dentro dos olhos. Enche meu coração de alegria e amor”, diz a fotógrafa Paula León.
Ela e o marido, Jânio, tinham a yorkshire Cookie quando resolveram aumentar a família. Em uma feira de adoção, conheceram o vira-lata Milk e se apaixonaram. Mas não parou por aí. No ano passado, chegaram os também SRD Canela e Muffin. “Quando olho para a Canela e me lembro dela abandonada ,machucada e arredia, e hoje vejo ela sorrindo feliz com aquele olhar de amor, eu derreto”, diz a fotógrafa.
Para quem quer conhecer esse amor todo, o que não falta é evento de adoção na cidade. Mas jamais adote por impulso: os animais com histórico de abandono não merecem ser rejeitados uma segunda vez. Antes de levar um melhor amigo para casa, converse bastante com os responsáveis pelas feirinhas e veja se, de fato, pode assumir as responsabilidades.
Sábado
— 9h às 14h: Feira de cães e gatos da Atevi no Centro Veterinário Catus, na 408 norte, bloco D, loja 30.
— a partir das 10h: Ferinha de adoção independente na 306 sul, atrás da petshop Bicho Chique
— 11h às 16h: Feira de cães e gatos do abrigo Fauna e Flora, na 108 sul (rua da Igrejinha, ao lado do Di Petti Boutique pet). A ONG também aceita doação de ração, jornais, medicamento, vermífugo, produto de limpeza e artigos para bazar.
Domingo
— 10 às 16h: Mutirão de Banho e Limpeza do Abrigo Fauna e Flora. Vista roupas leves e confortáveis, leve água e lanche (não há comércio por perto).
Para saber como chegar ao Abrigo, acesse: http://studiowebti.com.br/MAPA-Abrigo-Flora-e-Fauna.png
Rota no Google Maps: https://www.google.com/maps/d/viewer…
Endereço: Núcleo Rural Ponte Alta de Baixo – Gama/DF – DF 290, Km 15, sentido Goiânia! Ref – Morro do Cristo Redentor entrar à esquerda, contornar o Morro sempre
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Passeio pet friendly para o fim de semana:
O Belini Café, na CLS 114, bloco B, agora é pet friendly! Os animais são bem-vindos na agradável varanda, que fica na esquina do bloco. Para ficar melhor ainda, o café poderia colocar potinhos de água. Bento foi e aprovou!
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PARABÉNS, PARABÉNS!
A pinscher Amora fez 1 aninho e comemorou a data em AUto estilo, com os amiguinhos, no Parque da Cidade. De presente, ela ganhou rações, que foram doadas para os animaizinhos de abrigos. Parabéns, Amora! Pelo aniversário e pela bela atitude!
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- IA convivência com os cães tem muito a ensinar às crianças. Aposte nessa grande amizade
Nove em cada dez crianças pedem para ter um bichinho em casa. Animais não são brinquedo e jamais devem ser dados como “presente” em datas comemorativas. Mas, se o os pais notam que não se trata de vontade passageira e, sim, de um verdadeiro amor pelos pets, podem e devem levar para casa um cão ou gato. Veja os benefícios dessa interação:
- Responsabilidades: cuidando de um pet, desde cedo os pequenos aprendem que um animal precisa se alimentar, tomar banho, passear, receber atenção etc. Isso apresenta para a criança questões relativas à compaixão, empatia e lealdade, ensinando-a ter respeito pelo próximo e desenvolver o senso de responsabilidade.
- Lidar com frustrações e perdas: na infância, a criança se depara pela primeira vez com frustrações e com perdas. A relação de vida com um animal mostra isso de forma natural, já que um pet pode ficar doente ou vir a falecer durante esse período.
- Saúde: é palpável o bem-estar que os pets trazem para quem convive com eles, e muitos estudos já mostraram isso. Uma pesquisa da Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos, examinou os efeitos da presença de um cão na família com crianças em idade pré-escolar e verificou uma diminuição da pressão arterial, frequência cardíaca e estresse comportamental quando comparado às crianças sem a companhia do pet. Outra pesquisa americana estudou 643 crianças com idade entre quatro e dez anos, formando 2 grupos, com e sem cachorro. Das que tinham cachorro, 12% foram diagnosticadas com estresse e ansiedade, número bem menor que no grupo sem o cão de estimação, que apresentou 21% das crianças com esses problemas. Há ainda estudos que evidenciam os benefícios do contato com cães ao sistema imunológico de bebês, apontando que crianças que tiveram o convívio com animais teriam menor chance de desenvolver alergias e dermatites do que crianças que não tiveram esse contato com o animal.
- Atividade física: ter um animal de estimação pode reduzir as chances de uma criança se tornar sedentária. A interação entre pet e humano estimula a prática de exercícios físicos através dos passeios e brincadeiras que as crianças adoram.
- Limites e regras: com a presença de um animal na casa, as crianças têm a oportunidade de aprender desde cedo que existem regras de respeito ao próximo. Um desafio para os pais é o de impor os limites à criança, como o de respeitar o espaço do animal. Regras como as de higiene, saúde, organização e educação ficam muito claras de serem entendidas quando a criança convive com um pet.
As dicas são da Farmina
Especialista em estética animal ensina os cuidados que devem ser seguidos por quem prefere cuidar da beleza e da higiene do pet em casa
Nem sempre dá tempo de levar o pet para dar aquela caprichada no visual. A shitzu Florinda, por exemplo, só vai à petshop quando precisa tosar. O banho é dado em casa, semanalmente, pelos tutores. O ritual inclui shampoo e condicionador próprios para cães, além de um desembaraçador de pelos.
“Lavamos bem as patinhas. Na hora de lavar o rosto, temos mais cuidado. Também limpamos bem os olhos”, conta a assistente financeiro Pâmela de Cristo. Uma facilidade de cuidar de Florinha em casa é que ela adora tomar banho.
Segundo o especialista em estética animal, Renato Leiva, da escola de formação é possível cuidar do cãozinho em casa, desde que se conheçam os procedimentos corretos para mantê-lo limpinho, confortável e bonito. Veja as dicas e recomendações de Leiva, que tem mais de 10 anos de atuação e já ganhou vários prêmios no setor de grooming:
- Pelagem: sempre que voltar do passeio, é preciso verificar se não tem nenhum tipo de arame, galho ou inseto preso na pelagem do animal, isto evitará ferimentos ou até mesmo uma picada de um inseto.
- Pele: Não deixe de “fuçar” na pelagem do seu animal para ver se está tudo certo, por baixo daquele monte de pelo, inclusive em cães de pelagem curta. Às vezes, o problema se “esconde” por baixo da pelagem, e só damos conta de uma irritação ou vermelhidão na pele quando o caso se agrava. Para facilitar a checagem, procure escovar a pelagem do animal no sentido contrário do crescimento e do caimento, no caso da cauda para a cabeça e das patas para o dorso. Dessa maneira fica muito mais fácil enxergar a pele do animal.
- Olhos: todos os cães têm os olhos expostos a qualquer tipo de dano. Fique atento aquele mau cheiro na região dos olhos, principalmente nas raças de focinho curto como o Pug, Shih Tzu e Lhasa Apso, assim como os de pelagem longa como Yorkshire Terrier, Poodle e Bichon Frisé. Para fazer a limpeza dos pelos dessa região, é preciso ter cuidado para não ferir o animal. Utilize uma gaze úmida com soro fisiológico ou um fluido de banho a seco específico para pets e, em seguida, seque com secador na temperatura morna para evitar que o local fique úmido e, principalmente, que favoreça alguma doença de pele.
- Ouvidos: geralmente um problema de ouvido pode ser notado de várias maneiras, uma delas é quando o animal apresenta dor no local. Porém, mesmo sem dor ele pode ter algum problema como, por exemplo, uma inflamação (conhecida popularmente como otite). Sempre que notar mau cheiro, inchaço, secreção ou dor no ouvido do seu pet, procure um médico veterinário para verificar o estado clínico, e, se for o caso, iniciar um tratamento logo no início. No banho, tenha muito cuidado para não molhar os ouvidos. Não coloque algodão, pois o chumaço incha com água e acaba molhando o canal auditivo.
- Unhas: no caso dos cães, as unhas prejudicam muito mais do que a estética. Um cão com unhas compridas tem grande chance de ter problemas nas articulações. Não é recomendado que o proprietário faça o corte de unhas em casa, pois pode ocorrer um sangramento causado por uma região da unha que é vascularizada (possui vasos sanguíneos). Procure sempre um profissional capacitado ou um médico veterinário para realizar o corte das unhas do seu pet, e, fique de olho, sempre que notar que estão compridas. Solicite o corte de unhas, que geralmente já está incluso no valor do banho na maioria dos pet shops.
- Laços e gravatas são acessórios e devem ser tirados durante o banho. Também não devem ficar muito tempo no pelo do animal até o próximo banho. “Embora um acessório pareça inofensivo, ele pode oferecer riscos ao pet, como prender a unha quando se coça, embolar a pelagem e prender ou ferir a pele, ou causar algumas doenças de pele como fungos e bactérias”, afirma o especialista.