Conselho de Veterinária resgata animais em Brumadinho

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Veterinários já resgataram 36 animais, que estão sendo encaminhados para uma fazenda, onde recebem tratamento

Vitinho, cão que quase foi soterrado e faz vigília perto do local onde morava Crédito: Alexandre Guzanshe/EM

Coordenada pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-MG), a equipe da Brigada Animal realiza, na manhã de hoje, uma reunião de planejamento das ações de resgate e tratamento de animais em Brumadinho.

As ações contam com a participação de 30 profissionais, entre médicos-veterinários, zootecnistas e voluntários, e também com a parceria da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Anclivepa Minas, da Sociedade Mineira de Medicina Veterinária e  do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).
Segundo a Brigada Animal, até o momento, foram resgatados 36 animais, que estão sob os cuidados dos especialistas em suas respectivas áreas. Os animais estão sendo encaminhados para uma fazenda, onde passam por triagem e recebem os primeiros tratamentos.
Para ajudar animais de Brumadinho como Vitinho (foto), um cão que quase foi soterrado pelo rompimento da barragem, tarólogos do coletivo Oráculo Solidário estão recebendo doações de ração, brinquedo e tapetes higiênicos, que serão enviados a autoridades que as transportarão ao local. O evento acontece nesse sábado, de 11h30 às 20h.

 

Cuidados com o pet no calor

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As altíssimas temperaturas desse verão são ainda mais prejudiciais aos pets que aos humanos. Saiba como garantir o bem-estar do melhor amigo durante os passeios                                    

Crédito: Arquivo pessoal

 

O calor não está fácil para ninguém, quanto mais para os amigos de quatro patas que, por viverem mais próximo ao solo, sentem mais os efeitos do mormaço que sobe do asfalto e da calçada. Veja as dicas do veterinário René Rodrigues Júnior, da fabricante de alimentos Magnus, para garantir um passeio confortável para os pets. 

 

  • Um dos primeiros pontos que se deve ter cuidado é com a temperatura do piso, seja do asfalto, do concreto e até mesmo da areia da praia, já que os cães podem sofrer ferimentos graves nos coxins, ou seja, nas almofadinhas das patas. O ideal é sempre realizar o passeio em horários mais frescos como no início da manhã ou no fim da tarde. Além disso, a hidratação do animal não deve ser esquecida. Ofereça água constantemente ao cão durante o passeio.
  •  Além de todos esses cuidados, é preciso ficar atento também o quanto seu parceiro consegue passear. Pode ser que ele não esteja adaptado para passear a quantidade de tempo que queremos. Um detalhe importante é checar a coloração da língua do animal. O ideal é que ela esteja sempre com um tom rosado – se estiver muito escura ou arroxeada, é sinal de que ele fez muito esforço, para evitar isso mantenha seu cãozinho sempre com a respiração tranquila, evitando que ele fique ofegante e com excesso de salivação.
  •  E para aqueles tutores  que gostam de praticar exercícios físicos como corrida ao ar livre, junto com o cão, é muito importante fazer uma adaptação e um aquecimento de início, correndo primeiro alguns minutos no dia e nunca de uma vez só.
  • Para se ter um passeio efetivo, a duração pode variar de acordo com o tamanho do cão. Para os de pequeno porte, o ideal é realizar a caminhada até uma hora por dia. Já para os maiores, o tempo pode se estender um pouco mais, principalmente para aqueles animais que possuem muita energia e são mais elétricos.
  • Não podemos esquecer que é preciso ficar de olho em cães braquicefálicos, ou seja, aqueles de focinho achatado como o Bulldog Francês ou Boxer. Essas raças contam com uma capacidade respiratória menor, por isso, o cuidado com a prática de exercícios físicos deve ser redobrado.

 

Pets precisam de companhia

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Conselho Federal de Medicina Veterinária alerta que, nas férias, os pets que não vão viajar com tutores precisam de companhia. Deixá-los sozinhos pode, inclusive, caracterizar maus-tratos

Crédito: @harlowandsage/reprodução do Instagram

 

Chega o período de férias escolares, as famílias aproveitam para viajar com as crianças, e os pets que não que seguem junto com os seus tutores precisam de cuidados. De acordo com a médica-veterinária e integrante da Comissão de Bem-Estar Animal, do Conselho Federal de Medicina Veterinária Liziè Buss, a recomendação é que os animais não fiquem sozinhos e tenham sempre a companhia de uma pessoa ou de um outro pet.
Os animais domésticos, no geral, são sociáveis: “Eles gostam e evoluíram para viver em grupo”, afirma Liziè.. Por isso, ela ressalta que a solidão para os cães pode ser problemática, mesmo que por poucos dias.
Para não deixar os pets sozinhos, existem creches e hotéis, bem como os cuidadores que visitam a casa do tutor em períodos do dia e/ou noite para fazer companhia e alimentar os animais durante a ausência da família.
Também existem os produtos e jogos de enriquecimento ambiental, que ajudam a manter o animal ocupado nos períodos em que ele fica sozinho, reduzindo a ansiedade.
Exercícios também ajudam bastante, pois “os animais gostam de trabalhar pelo seu alimento”, assegura Liziè. Passeios, caminhadas e brincadeiras antes de deixar os animais sozinhos são recomendados, pois eles se cansam e conseguem relaxar um pouco mais.
A médica-veterinária destaca que os cães que são muito sensíveis devem ter treinamento adequado para que possam se adaptar à rotina moderna das famílias e possam ficar alguns períodos sozinhos.
“É preciso ensinar os animais a ficarem sozinhos e, para isso, é importante que os tutores contratem adestradores positivos e tenham um plano de treinamento adequado, de forma a educar o animal a permanecer sozinho e confortável por algum tempo”, recomenda.
Danos
Segundo Liziè, os animais que não socializam acabam tendo uma série de problemas, como demonstração de agressividade com outros animais e/ou com pessoas; ansiedade de separação, algumas vezes até necessitando de tratamentos medicamentosos; situações que podem gerar mutilações; e desespero e comportamento de pânico.
“São situações que podem interferir na qualidade de vida da família e também da comunidade, que muitas vezes se deparam com cães que uivam e choram o dia inteiro ou tentam fugir”, diz a médica-veterinária.
Mas a especialista alerta que os animais, assim como nós, têm dias de tédio, de frustração. “Não é porque em algum momento o cão gritou, chorou, uivou, que isso necessariamente é maus-tratos”.
De forma geral, o que a médica-veterinária afirmaque manter os animais em isolamento social, sendo negligentes com relação a necessidade de expressar comportamentos naturais, de criar vínculos emocionais, de carinho, atenção e socialização são condições que, inclusive, podem ser caracterizadas como maus-tratos.

(Da Assessoria de Comunicação do CFMV)

Veja o que diz Liziè Buss, integrante da Comissão de Bem-Estar Animal, do Conselho Federal de Medicina Veterinária:

Pets que temem fogos não devem ficar sozinhos

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Com o ouvido mais sensível que o do humano, animais sofrem com o barulho de fogos de artifício e rojões. Para garantir a segurança, é fundamental que eles não fiquem sozinhos na passagem

 

Crédito: Reprodução

 

As comemorações da passagem de ano costumam ser um estresse para tutores de animais que têm medo de fogos de artifício e rojões. Júlia Oliveira de Camargo, médica veterinária e proprietária do Hospital Dog Saúde, diz que os animais têm o aparelho auditivo mais forte do que o dos humanos. “Como a audição é mais sensível, o barulho faz com que eles fiquem mais estressados, sintam medo e ansiedade”, explica a especialista.

Rojões são um risco aos animais

Segundo a veterinária, em alguns casos mais graves, os pets ficam tão nervosos que chegam a se jogar da sacada dos apartamentos onde moram. Cães idosos podem, inclusive, sofrer infarto. Há cães que se debatem, ficam extremamente inquietos e chegam a pular do canil ou pular o muro de casa. “Já ouvi também relatos de animais que sofreram convulsões”, conta.

Por isso, a veterinária acredita que essa lei vai beneficiar diversos animais, principalmente os de rua, que não têm ninguém para ajudá-los, com apoio e amor nesses momentos. “Espero que o Brasil inteiro implemente essa lei, pois embora os fogos sejam bonitos e façam parte de um ritual nas festividades no final do ano, os animais não deveriam ter que passar por esse sofrimento”, declara.

Veterinária dá dicas para proteger os pets

“Uma dica é colocar tampões nas orelhas, antes mesmo dos fogos começarem”, alerta a profissional. “Além disso, é recomendável deixá-los em um local onde o som externo seja abafado e ligar a televisão ou música em um volume bem alto”, completa.

Ela chama a atenção para que os tutores fiquem atentos e não deixem que os pets fiquem próximos de objetos pontudos ou cortantes, pois quando eles ficam muito agitados devido ao barulho dos fogos, eles podem se machucar.

Sedativos e medicações naturais podem ser recomendados

Atualmente, existem alguns sedativos que podem ser dados aos animais, que ajudam a acalmar e relaxar. Porém, nem todos os animais podem tomar esse tipo de medicação. “Os riscos aumentam em algumas situações e precisam ser verificados, principalmente com animais idosos”, afirma Julia.  Por isso, o ideal é que eles passem por um veterinário antes, para verificar se estão realmente aptos a tomar sedativos. “Existem também outras medicações que são mais naturais, como florais e remédios feitos de flores e frutas”, esclarece a veterinária.

Tutores devem ficar atentos às reações dos pets

Julia afirma que as reações mais comuns dos animais são ficarem bastante agitados, pularem e latirem muito, como se estivessem muito estressados. Porém,  há casos mais graves, que os animais chegam a se debater e a se cortarem. “Há relatos ainda de rojões que caem dentro de algumas casas, os donos nem percebem, os animais colocam o rojão na boca e ele estoura; causando ferimentos extremamente graves ou até mesmo a morte”, lamenta.

Por isso, se o animal tiver alguma reação extrema por causa dos fogos, o ideal é não deixá-lo sozinho e tentar acalmá-lo. “É preciso ter em mente que sempre é importante levar o animal ao veterinário”, reitera a especialista.

 

Hérnia de disco pode causar paralisia

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Especialista em neurocirurgia explica por que cães baixinhos e compridos têm predisposição à hérnia de disco, um problema que, se não resolvido a tempo, pode causar a paralisia permanente das patinhas

Bolinha está obesa e isso pode impactar a coluna da cachorrinha Crédito: Arquivo Pessoal

Bolinha é uma dachshund de aproximadamente 6 anos, resgatada das ruas há três por Lívia Almeida, moradora de São Joaquim da Barra (SP). A cachorrinha está pesada: 13,5kg, o que vem preocupando a tutora. “Tenho visto muitos casos de cães dessa raça que precisaram operar hérnia de disco. O que causa esse problema?”, questiona. Outra dúvida de Lívia é se a obesidade pode contribuir para o desenvolvimento dessa degeneração do disco que fica entre vértebras.

O blog convidou o ortopedista e neurocirurgião Sandro Stefanes, da clínica especializada Ortotec Vet, de Brasília, para responder a dúvida da leitora. Pesquisador e professor universitário, ele é membro fundador da Associação Brasileira de Ortopedia Veterinária e membro da rede global de cientistas e cirurgiões Aovet.

Stefanes explica que alguns genes associam-se à hérnia de disco, e o dachshund, além de de carregar essas variantes no DNA, tem uma anatomia que predispõe o problema. “O dachs é como uma ponte pênsil, com pilares afastados e o meio mais móvel. Ele tem patinhas muito distantes, e o meio da coluna mais móvel. Essa mobilidade exagerada pode predispor a aceleração da degeneração dos discos intervertebrais. Infelizmente, ele tem uma predisposição genética e anatômica”, explica.

Além disso, o excesso de peso é um elemento a mais para facilitar problemas de coluna. “O cachorro obeso tem uma sobrecarga constante sobre aqueles discos”, explica o médico veterinário. Nesse vídeo, Stefanes explica detalhadamente o que é a hérnia de disco e o que os tutores podem fazer para evitar que seus cãezinhos sofram e até mesmo percam a mobilidade das patinhas.

 

 

 

 

 

APP de Brasília facilita adoção

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Aplicativo desenvolvido em Brasília ajuda a divulgar animais encontrados na rua e permite buscar pets para adoção próximos à localização do futuro tutor

Aplicativo de Brasília permite localizar animais para adoção

 

Muita gente não sabe o que fazer quando encontra um bichinho perdido na rua. Outros não sabem onde procurar quando pretendem adotar um novo amigo de quatro patas. Lançado nesta semana, a segunda versão do aplicativo Adota Pet Go, desenvolvido em Brasília, pode ajudar nessa empreitada. Ele é como um “Tinder” de adoção: com um sistema de geolocalização, mostra os pets mais próximos do futuro tutor. O app pode ser baixado aqui.

“A ideia surgiu quando apareceram dois gatos e dois cachorros perdidos em frente à minha casa”, conta Marlon Henrique Ramalho Afonso, um dos desenvolvedores do aplicativo, formado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas no Centro Universitário IESB. “Tive muita dificuldade para conseguir doá-los. Tentei com amigos próximos, Facebook, Whatsapp e tive que pedir auxílio para uma petshop”, continua.

Como estava na faculdade, fazendo a matéria de dispositivos móveis, Marlon se uniu ao colega Ruben Santos de Almeida e, juntos, criaram o aplicativo, com o apoio do professor do IESB Orion Teles.

O Adota Pet GO funciona assim: um usuário pode publicar um animal para adoção com nome, foto, pequena descrição, espécie, raça e localização. Os interessados em adotar recebem uma lista dos animais que estão mais perto, usando o sistema de geolocalização do aplicativo, e podem conversar com o tutor temporário do animal por meio de um chat. O app pode ser usado em qualquer lugar do mundo e já tem tradução para o inglês.

“O curso de Análise de Sistemas do IESB nos ajudou bastante a desenvolver esse projeto. No final do curso, nós entregamos a primeira versão do Adota Pet como projeto final”, conta Marlon.

A nova versão já está disponível na Google Play, a loja de aplicativos para dispositivos Android.

Natal da bicharada

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Seja para presentear o melhor amigo ou enfeitá-lo para as festas de fim de ano, confira sugestões de presentes para a bicharada

A melhor época do ano chegou, e os pets também merecem participar das festas de Natal e réveillon. Embora estejam proibidos de se aproximar da mesa de guloseimas — principalmente dos pratos de uvas e uvas-passas, extremamente tóxicos para animais — cães e gatos estão liberados para rasgar papel de presente, ganhar mimos e roubar a cena com roupas e acessórios em alto estilo. Para os que não gostam do traje completo, lacinhos, gravatinhas e bandanas enfeitam sem incomodar. Já os mais exibidinhos, que aceitam roupas, têm à disposição modelitos de fazer inveja aos humanos.

O blog selecionou opções de presentes para os melhores amigos pedirem para o Papai Noel.

Veja onde encontrar:

AuAu PetshopCondomínio Bellágio CA 10 Loja 04 – Lago Norte

Luke e Maya Pet Shop: CCSW 05 Bloco A Loja 40 Ed. Omega Center – Sudoeste

Bowie e Co.: vendas diretas pelo www.instagram.com/bowie.co ou WhatsApp: 61983330787/ 61984131022

Weasy: www.weasy.com.br/

Play Pet: www.playpet.io/

Wolfclan: www.instagram.com/wolfclanoficial/

 

 

 

 

 

Tarô pela causa animal

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Coletivo de oraculistas promove ação especial de Natal oferecendo diversas modalidades de oráculos, como runas e tarô. Parte da renda será revertida para ONG da causa animal

Que tal conhecer o que os oráculos têm a revelar e, ao mesmo tempo, ajudar a causa animal? A edição especial de Natal do Oráculo Solidário vai destinar R$ 10 de cada leitura à ONG ProAnima, que realiza projetos de conscientização de castração e adoção responsável. O Oráculo Solidário, foi criado por coletivo de oraculistas que acredita na democratização de ferramentas de autoconhecimento e na força da causa animal. Nesta edição especial de Natal, haverá com uma feirinha criativa no Café Oyá, e uma novidade entre as opções de oráculos: o tarot mitológico, com Lu Guimarães.

Esse oráculo foi criado pela astróloga Liz Greene e pela psicóloga Juliet Sharman-Burke, em 1986. A ideia era democratizar o entendimento das cartas equivalentes às cartas do tarot clássico.

Outras opções já consagradas em outras edições permanecem no evento: mini Mapa Astral e tarot de Waite (João Quinto), Baralho Cigano (Sara Campos) e Runas (Urakins Abayomí). Todos os atendimentos custarão R$ 50 (30 minutos).  

Oráculo Solidário

15 de dezembro (sábado)

A partir das 12h

Café Oyá

CLN 109 Bloco A Loja 60

Consultas de mini mapa astral, baralho cigano, runas, tarots de Waite, Iluminatti e mitológico a R$ 50

Link para o evento: https://www.facebook.com/events/1439310769534158/

Como escolher um hotel pet friendly

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Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo esclarece os cuidados necessários antes de reservar um hotel pet friendly. Tutores devem se informar principalmente sobre os cuidados de higiene do local

Crédito: Reprodução

Viajar e poder levar o amigão é um sonho que muitas pessoas conseguem realizar hoje, com a ampliação da oferta de hotéis pet friendly. Porém, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) alerta que os tutores precisam se informar muito bem sobre as instalações e regras de cada hospedagem antes de pegar a estrada.

De acordo com o médico-veterinário e presidente da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais do CRMV-SP, Thomas Faria Marzano, primeiramente os tutores devem procurar se certificar sobre os cuidados com a higiene do local, que devem ir além dos convencionais para a manutenção da limpeza dos ambientes.

Escolha deve ser criteriosa

As exigências feitas pelo hotel para que o pet seja aceito também são fundamentais. “Deve ser exigido que o animal esteja em boa condição de saúde, com carteira de vacinação em dia, vermifugação e uso de antiparasitários para prevenção contra pulgas e carrapatos e, preferencialmente, com apresentação de exame de fezes”, diz o médico-veterinário.

Marzano lembra que todos os cuidados são formas de garantir que os animais não transmitam doenças. Um exemplo é a Dirofilariose, conhecida popularmente como verme do coração e que é considerada grave, mas que pode ser prevenida com fármacos.

“Também é indispensável que o animal use coleira repelente para a prevenção da Leishmaniose”, enfatiza o médico-veterinário sobre a doença que também afeta humanos e é transmitida por picada de mosquito aos cães e aos seres humanos.

Segundo Marzano, todos os cuidados listados são considerados básicos para a saúde dos cães e gatos e devem ser mantidos independentemente da viagem. No entanto, observar se o hotel exige esses cuidados é uma forma de garantir que os demais animais hospedados também estejam tratados com as mesmas medidas preventivas, para a garantia da saúde dos hóspedes, humanos ou animais.

Bem-estar

Além dos cuidados no âmbito sanitário, há o fator bem-estar a ser avaliado. Neste quesito, Cristiane Schilbach Pizzuto, médica-veterinária presidente da Comissão Técnica de Bem-Estar Animal do CRMV-SP, é categórica: “não basta estar com a questão sanitária saúde em dia, é preciso pensar nas condições necessárias para o bem-estar do animal.”

A jornalista e estudante de medicina veterinária Ana Catarina Flaque, decidiu se hospedar com seu cãozinho, Chorão, um viralatinha de aproximadamente 6 anos, na cidade de Brotas, interior de São Paulo.  Atualmente, existem estabelecimentos com espaços específicos para a acomodação dos animais e há aqueles que permitem que os pets fiquem no quarto com seus tutores, quese responsabilizam por todo o cuidado com os peludos. Esta foi a opção escolhida por Ana. “Eu adorei. Agora só quero viajar se puder levar o Chorão.”

No entanto, conversando com hóspedes sobre viagens anteriores com os pets, Ana soube que nem sempre a viagem é tão positiva. “Percebi que muitos tiveram problemas e, embora a minha experiência tenha sido boa, passei a ser mais cautelosa em relação aos hotéis.”

Comportamento

A dica de Cristiane Schilbach Pizzuto é que, antes mesmo de começar as pesquisas para a hospedagem, os tutores avaliem se o pet tem um comportamento compatível com a viagem que se pretende fazer.

Em casos de animais muito agitados, medrosos ou que estranham ambientes diferentes, por exemplo, a viagem pode ser muito negativa para o pet e para a família, inclusive com a possibilidade de desdobramento em problemas de saúde.

“Outros pontos a serem avaliados são as limitações físicas, como doenças, idade avançada, sobrepeso, tolerância às condições climáticas da região. É preciso pensar no conforto do animal”, frisa a médica-veterinária.

De acordo com Cristiane, o perfil do pet também será determinante para o tipo de acomodação e de atividades e passeios que eventualmente os hotéis ou empresas parceiras ofereçam.

 

Adoção, sim. Mas com responsabilidade

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Milhares de Manchinhas, a cadela brutalmente assassinada em um supermercado de São Paulo, vagam pelas ruas, sujeitas a agressões. Adotar animais ajuda a reduzir o problema, mas, antes de fazê-lo, é preciso se conscientizar sobre a responsabilidade da adoção

 

Cadela manchinha, brutalmente assassinada Crédito: Reprodução

O massacre da cachorrinha Manchinha por funcionários do Carrefour de Osasco levanta a discussão sobre a importância de se retirar os animais da rua por meio da adoção. Assim como ela, 30 milhões de vira-latas vagam pelo país, segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) e muitos são vítimas de atos de crueldade como o sofrido por ela.

Os brasileiros estão mais sensíveis à adoção, revelou um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dos 52 milhões de cães que vivem nos lares brasileiros, 24% foram adotados. Mas não basta acolher um animalzinho em casa. É preciso adotar com consciência, para evitar novos abandonos.

Stella da Fonseca Rosa, médica-veterinária e técnica da Ourofino Saúde Animal, aponta que uma das principais causas do abandono é a adoção irresponsável. “Antes de escolher um cão ou gato, o tutor deve refletir sobre algumas questões importantes, principalmente se está disposto a assumir um novo membro da família, já que a adoção precipitada acaba resultando em abandono”, explica. A especialista destaca outras causas dessa atitude: falta de espaço, de tempo e dinheiro e comportamentos do pet que, inicialmente, não atendem à expectativa do tutor e, portanto, são considerados indesejados. “Existe uma falta de avaliação prévia sobre questões relacionadas às raças, à educação e ao porte.”

A veterinária ainda aborda mais desdobramentos que surgem do descaso com o abandono: “A ação acarreta muito sofrimento e dificuldades para os animais nas ruas e desencadeia em problemas sociais e ambientais”.

Ter um companheiro com quem possa se divertir e trocar carinho está entre os gatilhos que levam à adoção de cães e gatos. Mas, é preciso levar em consideração outros pontos importantes na hora de se decidir por acolher um animal, um deles são os cuidados que devem ser dedicados aos pets, que envolvem afeto e investimentos com a saúde durante todo o tempo de vida deles, que é de, em média, 15 anos.

Para quem está em dúvida entre um felino ou cachorro, a dica da Stella é avaliar qual animal ficará melhor ambientado ao estilo de vida. “A disponibilidade de tempo do tutor, a rotina de trabalho e frequência de viagens são fatores cruciais que deverão ser pontuados no momento da adoção. Lembrando que há animais com temperamentos perfeitamente adaptáveis às várias rotinas e perfis que as famílias podem ter”, reitera a veterinária.

Para facilitar o processo de inserção do pet na rotina da família, uma das dicas é trabalhar para desenvolver o vínculo tutor-animal, com alguns comandos iniciais simples que ajude o novo membro a conhecer os limites, como o de sentar e deitar, e a criar afeição.

Se no ambiente houver outro pet, alguns cuidados são aconselhados na integração. “No caso de cães, apresente-os em um território neutro, para que se estabeleça a hierarquia entre eles. Agressões devem ser repreendidas, mas é fundamental confortar a ambos no momento. Com felinos, o novo animal deve permanecer em um ambiente separado por um tempo, para que o mais velho possa sentir o seu cheiro, porém sem que haja o contato direto, para a socialização ocorrer aos poucos”, indica Stella.

Adotar é uma responsabilidade; envolve conforto, atenção, dedicação e gastos.  As consultas com o veterinário, por exemplo, são recomendadas já em um primeiro momento, para realizar um check-up geral do animal e vacinar. Além disso, segundo a especialista, outros aspectos que devem ser estabelecidos dizem respeito à vermifugação e ao controle de parasitas.