Autor: Paloma Oliveto
Saiba onde encontrar serviços veterinários gratuitos e com preços acessíveis
Cuidar do melhor amigo de quatro patas não significa só levar para passear e dar comida. Idas ao médico veterinário são importantes para a prevenção de doenças e essenciais para o diagnóstico e os cuidados quando ele adoece.
Nem todo mundo, porém, pode pagar pelo tratamento. A boa notícia é que, além de assistência gratuita, existem clínicas-escolas que cobram valores mais acessíveis e atendem de situações simples a cirurgias complexas. Veja onde procurar ajuda para o pet:
Gratuito
Hospital Veterinário Público de Brasília: Todos os serviços são gratuitos. São oferecidas consultas, exames laboratoriais, exames de imagem (raios-x e ultrassom), cirurgias, administração de medicamentos, entre outros. O telefone do HveP é o (61) 3246-6188 (somente para ligações). O contato também pode ser feito pelo WhatsApp (61) 9 9938-5316 ou pelo email recepcao.hvep@gmail.com. O tem duas opções para atendimento: realizar o agendamento por meio do site ou comparecer às dependências do HVEP no período da manhã, aguardar a triagem e a distribuição de senhas que é feita por ordem de chegada. São entregues 100 senhas por dia, sendo 50 pelo agendamento online e 50 presenciais. O HVEP não realiza castrações.
Castrações pelo Ibram: O Instituto Brasília Ambiental oferece, periodicamente, castrações de cães e gatos. O serviço é prestado por clínicas parceiras e anunciado pelo site do Ibram. As últimas inscrições ocorreram em 28 e 29 de março. Vale a pena consultar a página com frequência.
Hospitais e clínicas pagos, com preços acessíveis
Hospital Veterinário da UnB: Faz parte da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Brasília e é onde são desenvolvidas atividades de ensino, pesquisa e extensão na área de medicina veterinária. No local, são prestados serviços médicos veterinários (clínicos, cirúrgicos e laboratoriais), realizados por médicos veterinários, incluindo residentes, contando com o acompanhamento dos estudantes. Com a pandemia, a marcação de consultas e cirurgias deve ser feita online. Todos os atendimentos precisam do agendamento. Fica na Asa Norte. Dúvidas: hvetunb@gmail.com
Hospital Veterinário da Upis: Oferece serviços de cardiologia, clínica médica e cirúrgica, odontologia e oftalmologia. Atendimento médico ambulatorial, emergencial e internações, com infraestrutura e equipamentos para animais de pequenos, médios e grandes portes. O Hospital Veterinário UPIS também conta com diversos laboratórios de outros setores da Faculdade de Medicina Veterinária universidade diretamente vinculados à prática do diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças, como patologia, virologia e reprodução. Fica em Brazlândia. Dúvidas: (61) 3488-9906
Hospital Veterinário da Faculdade da Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (Anclivepa-DF): Aberto 24 horas, de segunda a domingo, oferece serviços de emergência, além de consultas, cirurgias e especialistas (dermatologia, oftalmologia, endocrinologia), além de radiologia, ultrassonografia e exames laboratoriais. Funciona no Setor Hoteleiro de Taguatinga, Bloco H. Para informações e marcações, entre em contato pelo Whatsapp: 61 9968-2194
Clínica do Centro Universitário do DF (Uniceplac): Atendimento de clínica geral para toda a comunidade. Os atendimentos serão realizados mediante agendamento prévio das 8h às 11h30 e das 17h às 20h30. Agendamento pelo telefone das 8h às 22h. Informações: 61 3035-1806. Fica no Gama
Mesmo o mais cuidadoso dos tutores pode passar pelo pesadelo de perder o filho de quatro patas. Basta um pequeno descuido, como um portão aberto, para o cãozinho ou o gato escapulirem. Outra ocasião comum de fugas é quando se soltam fogos de artifício – mesmo sendo proibido, ainda há quem o faça, colocando os pets em risco. Pensando nessas situações, a PUPZ – empresa especializada em produtos pets – criou um aplicativo gratuito de reconhecimento facial, disponível para Android e IOS.
Carlos Fabbro, especialista em tecnologia e idealizador da PUPZ, é tutor da Channel, uma Golden Retriever que foi a musa inspiradora para o desenvolvimento do aplicativo de reconhecimento facial e criação da empresa, especializada em produtos para garantir a segurança dos animais, como coleiras, peitorais e tags para identificação.
“Nós levamos anos para desenvolver esse aplicativo, que, por meio da inteligência artificial, consegue ligar os pontos da face do animal para identificá-lo. Para isso, nós utilizamos três redes neurais convolucionais, uma classe aplicada com sucesso no processamento e análise de imagens digitais, e que é a base para o reconhecimento facial dos pets em nosso sistema”, explica Fabbro.
Quem quiser usar o sistema gratuito de reconhecimento facial da PUPZ precisa baixar o app na loja de aplicativos do respectivo sistema operacional de seu smartphone, sendo que a empresa disponibiliza versões para os mais utilizados atualmente, IOS e Android. Após a instalação, basta seguir com o cadastro na plataforma do tutor e do pet, e utilizar a câmera do próprio celular para fazer o reconhecimento facial do animal, que ficará arquivado na plataforma.
Não consegue resistir à expressão adorável do seu cachorro quando ele implora por um petisco ou uma brincadeira? Um novo estudo revela as principais características anatômicas que podem explicar o que torna os rostos dos cães tão fofinhos. As descobertas também sugerem que os humanos contribuíram para essa característica, em milhares de anos de reprodução seletiva.
“Os cães são únicos mamíferos que trocam olhar com os humanos, algo que não observamos em outros animais domesticados, como cavalos ou gatos”, diz Anne Burrows, professora do departamento de fisioterapia da Universidade Pittsburgh, autora sênior do estudo. “Nossas descobertas preliminares fornecem uma compreensão mais profunda do papel que as expressões faciais desempenham nas interações e comunicação entre cães e humanos”.
Cães e lobos estão intimamente relacionados. Embora o momento exato não seja claro, os cientistas estimam que as duas espécies divergiram geneticamente cerca de 33 mil anos atrás, quando os humanos começaram a criar lobos seletivamente. Esta foi a primeira espécie a ser domesticada.
O novo estudo se concentra na anatomia de pequenos músculos usados para formar expressões faciais, chamados de músculos miméticos. Nos humanos, esses músculos são dominados por fibras de miosina que se contraem rapidamente, mas também se cansam logo, o que explica por que podemos formar expressões faciais com muita rapidez, mas não mantê-las por muito tempo. As células musculares com mais fibras de “contração lenta” são mais eficientes para movimentos longos e controlados e não se cansam tão rapidamente.
Para o estudo, os pesquisadores compararam as fibras de miosina em amostras de músculos faciais de lobos e cães domesticados. Os resultados revelaram que, como os humanos, tanto os cães quanto os lobos têm músculos faciais dominados por fibras de contração rápida, mas os lobos têm uma porcentagem maior de fibras de contração lenta em relação aos cães.
Ter mais fibras de contração rápida permite maior mobilidade facial e movimentos musculares mais ligeiros, permitindo pequenos movimentos, como uma sobrancelha levantada.
“Essas diferenças sugerem que ter fibras musculares mais rápidas contribui para a capacidade do cão de se comunicar efetivamente com as pessoas”, disse Burrows. “Ao longo do processo de domesticação, os humanos podem ter criado cães seletivamente com base em expressões faciais semelhantes às suas, e com o tempo os músculos dos cães podem ter evoluído para se tornarem ‘mais rápidos’, beneficiando ainda mais a comunicação entre cães e humanos”.
Em pesquisas anteriores, a equipe descobriu que os cães têm um músculo mimético adicional que está ausente nos lobos e contribui para a expressão “olho de cachorrinho”.
Apaixonado por pets e vinhos? A Evino fez uma partecira com a ONG Ampara Animal em uma campanha de arrecadação que visa levantar R$ 130 mil. Funciona assim: ao comprar um produto da linha Patas, R$ 10 serão revertidos para a inciativa, que investirá na castração de gatos e cachorros.
Fundada em 2010, a Ampara oferece suporte a 530 abrigos de todo o país e atua para o combate à violência contra a fauna, em ações focadas na educação, controle populacional e adoção de cães e gatos. Desde 2016, a ONG passou a trabalhar, também, pela preservação e reabilitação de animais silvestres.
A linha Patas – que é para consumo humano – é composta por um malbec, um cabernet sauvignon, um torrontés e um white blend. Os rótulos argentinos foram produzidos pela cooperativa Fecovita, localizada em Mendoza.
O número de animais de estimação em condição de vulnerabilidade mais do que dobrou no Brasil entre 2018 e 2020. Esse é um dos resultados da mais recente pesquisa ACV (Animais em Condição de Vulnerabilidade), realizada a cada dois anos pelo IPB (Instituto Pet Brasil).
No primeiro levantamento, que teve como ano base 2018, o número de animais em condição de vulnerabilidade chegou a 3,9 milhões no país. Já em 2020, ano do início da pandemia, esse número saltou para 8,8 milhões – um crescimento de 126%.
A pesquisa considera como ACVs aqueles que vivem sob tutela das famílias classificadas abaixo da linha de pobreza, ou que vivem nas ruas, mas recebem cuidados de pessoas ao redor. Do total da população ACV, cães representam 69,4% (6,1 milhões), enquanto os gatos correspondem a 30,6% (2,7 milhões). Em 2018, cães eram 69% (2,69 milhões), enquanto os gatos correspondiam a 31% (1,21 milhão).
Para fins de comparação, a população pet no Brasil é de cerca de 144,3 milhões de animais, entre cães, gatos, peixes, aves e répteis e pequenos mamíferos. A maioria é de cachorros (55,9 milhões) e felinos (25,6 milhões), num total de 81,5 milhões de animais. Desses, 10,8% são Animais em Condição de Vulnerabilidade, o que representa os 8,8 milhões de pets.
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Não estão incluídos entre os ACVs os animais resgatados por maus tratos e abandonados, que são aqueles que vivem por um determinado tempo sem um dono definido. A maioria dos pets abandonados e animais resgatados por maus tratos vive sob tutela de organizações não governamentais (ONGs). Percebe-se claramente uma mudança no perfil das ONGs, verificando que hoje elas detêm, em seu poder, uma proporção maior de animais resultados de maus tratos, perto de 60%, e os 40% restantes são resultados de abandonos.
Proteção animal no Brasil
O levantamento do Instituto Pet Brasil apurou a existência de 400 ONGs atuando na proteção animal – em 2018 o número era de 370. Das entidades funcionando hoje, 45%, ou 180 ONGs, estão na região Sudeste, seguida pelas regiões Sul (18%), Nordeste (18%), Norte (12%) e, por fim, Centro-Oeste (7%). Essas instituições tutelam mais de 184 mil animais. Desses, 177.562 (96%) são cães e 7.398 (4%) são gatos.
As ONGs e protetores forneceram informações diversas sobre a sua capacidade de acolhimento e o acolhimento real do momento. Com base nesses dados, o IPB classificou as entidades e estimou sua capacidade máxima de acolhimento. As de pequeno porte conseguem abrigar até cem animais, as de médio porte, de 101 a 500, e as de grande porte abrigam mais de 501 animais.
O acolhimento máximo foi estimado de acordo com os critérios de classificação definidos pelo Instituto Pet Brasil, com base nesses critérios e observando as características das ONGS.
O Brasil possui hoje 184.960 animais abandonados ou resgatados por maus tratos, sob a tutela das ONGs e grupos de Protetores. Dos mais de 184 mil animais tutelados, 177.562 (96%) são cães e 7.398 (4%) são gatos. Os abrigos de médio porte destacam-se por tutelar mais de 60 mil animais. Portanto, são responsáveis por mais de 40% da população de pets disponíveis para adoção.
De acordo com os dados, 0,23% da população total de cães (de 55,9 milhões) e de gatos (de 25,6 milhões) evolui efetivamente para a condição de abandono. Segundo esses números, 2,1% dos animais em condição de vulnerabilidade evoluem para o abandono completo.
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Já imaginou castrar o pet sem cirurgia, em um procedimento que dura apenas 20 minutos? Em um estudo pioneiro no mundo e extremamente promissor, estudantes da pós-graduação da Universidade de Brasília (UnB) desenvolveram um método não cirúrgico para esterilizar cães e gatos machos. Ambas são bolsistas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do MEC (Capes).
As pesquisadoras Vanessa Nicolau de Lima, doutoranda em Biologia Animal, e Juliana Lis Mendes Brito, pós-doutoranda pelo mesmo programa, explicaram que a motivação da pesquisa foi reduzir o número de animais nas ruas e promover o acesso às ações de castração.
Segundo Vanessa de Lima, um único casal de gatos, em 10 anos, pode gerar, aproximadamente, 50 mil filhotes, descentes diretos e indiretos. “ O contingente de cães e gatos que vivem nas ruas é um desafio para gestores públicos. É um problema de saúde pública. Essa pesquisa abre a possibilidade de ser aplicada como política pública”, conta.
O procedimento dura 20 minutos e é feito apenas em animais machos. Nele o animal é sedado e recebe uma injeção de nanopartículas de óxido de ferro no testículo. Em seguida, uma de duas formas de esterilização pode ser adotada: a aplicação de um campo magnético (magnetohipertermia) ou de uma luz de LED (fotohipertermia).
Juliana Brito conta que o estudo é pioneiro no mundo e que os resultados foram promissores. “Acompanhamos 13 animais e chegamos ao final do experimento com um animal que tinha resquícios de um tecido, que a gente julga que seria testículo, mas ele já não era nada funcional”. O procedimento faz com que o testículo atrofie e “suma de vez”, explica a pesquisadora.
Os resultados demonstram que o projeto pode contribuir para a saúde pública. Hoje, as castrações cirúrgicas não são suficientes nem acessíveis para atender a demanda. A técnica da magnetohipertermia aplicada à castração de animais, coordenada pela professora Carolina Madeira Lucci, do Programa de Pós-graduação em Biologia Animal, teve seu caráter inovador reconhecido e foi patenteada em 2020.
FONTE: CCS/CAPES
Comportamentos repetitivos – como correr atrás do rabo – são mais comuns entre cães de tutores de primeira viagem, aqueles que vivem com famílias maiores e os que se exercitam por menos de uma hora por dia, de acordo com uma pesquisa realizada na Finlândia, publicada na revista Scientific Reports.
Já se sabe que comportamentos repetitivos anormais em cães podem prejudicar as relações entre animais e tutores e piorar o bem-estar do pet. No entanto, os fatores associados a não são claros.
Hannes Lohi e os colegas entrevistaram tutores de 4.436 cães de 22 raças entre fevereiro de 2015 e setembro de 2018. Eles descreveram que, com frequência, os animais de estimação se envolveram em uma série de comportamentos repetitivos; perseguindo a cauda, agarrando seu reflexo ou sombra, lambendo a superfície, cercando e passando o tempo perto de sua tigela de água e se mordendo.
Os pesquisadores descobriram que 1.315 (30%) dos cães se envolveram em comportamentos repetitivos e que a incidência desses comportamentos estava associada ao ambiente doméstico e ao estilo de vida de um cão. Comportamentos repetitivos foram 58% mais prováveis entre os cães que foram os primeiros de seus tutores, em comparação com aqueles cujo tutor já cuidava de um pet. Os cães que viviam com uma pessoa eram 33% menos propensos a se envolver em comportamentos repetitivos do que aqueles que viviam com uma família de três ou mais pessoas, enquanto aqueles que não viviam com outro cão eram 64% mais propensos a se envolver em comportamentos repetitivos do que aqueles que têm companhia canina. Exercitar-se por menos de uma hora por dia foi associado a um aumento de 53% na probabilidade de comportamentos repetitivos, em comparação com o exercício entre uma e duas horas por dia.
Além disso, os comportamentos repetitivos foram mais comuns em pastores alemães, cães de crista chinês e Pembroke Welsh Corgis, e menos comuns em Smooth Collies, Schnauzers miniatura e Lagotto Romagnolos. Os cães eram mais propensos a se envolver em comportamentos repetitivos com menos de dois anos e com mais de oito anos. Esses comportamentos também foram mais comuns entre os cães mais hiperativos, agressivos e mais facilmente distraídos.
Os resultados sugerem que os comportamentos repetitivos em cães são complexos e associados a uma série de fatores ambientais, de estilo de vida e genéticos. Os autores propõem que a compreensão desses fatores pode ajudar a melhorar o bem-estar dos animais.
Seja para economizar ou porque o pet tem muito medo de banho, muitas pessoas preferem higienizá-los em casa. Para isso, porém, não basta colocar o melhor amigo debaixo do chuveiro, esfregá-lo e secá-lo. Para garantir a saúde do cão e do gato, existem produtos específicos que devem ser usados; é preciso atenção especial no caso daqueles com dermatites, e essencial ter muito cuidado com os ouvidinhos, que podem infeccionar caso caia água. O Mais Bichos pediu para os veterinários Kaue Ribeiro da Silva e Carla Coiro, da Vetnil, responder algumas dúvidas comuns entre os tutores. Confira e garanta um banho mais seguro para o amigão.
Pode usar shampoo e condicionador de humanos nos cachorros?
Não. A pele dos humanos é completamente diferente da pele dos cães. Em primeiro lugar, o pH da pele dos humanos é muito mais baixo do que o pH da pele dos cães. Isso quer dizer que nossa pele é mais ácida, enquanto a dos cães está entre neutra e alcalina.
Nossa pele é coberta por ácidos graxos (gorduras), que formam uma barreira protetora, mantendo-a hidratada. Essa barreira é formada por células da pele, que funcionam como se fossem tijolos, e por gordura entre tais células, atuando como se fosse o cimento que mantém uma parede firme. Essa disposição da pele a mantém hidratada e cria uma barreira contra microrganismos, prevenindo infecções.
Além disso, a pele dos cães é mais fina que a dos humanos. Na verdade, animais peludos no geral têm a pele mais fina do que aqueles com menos pelos, havendo uma relação inversa entre a espessura da epiderme e a densidade da pelagem.
Assim, quando utilizamos produtos humanos para dar banho em nossos pets, corremos o risco de que eles desenvolvam vários problemas, como:
• Alergias
• Disqueratinização (descamação)
• Infecções por fungos e bactérias
• Foliculite, entre outras dermatites
Produtos especialmente desenvolvidos para pets são formulados com as características adequadas para utilização sobre a pele e pelos de cães e gatos. Esses produtos contêm ativos não agressivos e compatíveis com a estrutura da epiderme e pelagem dos animais. Escolha produtos de alta qualidade, de acordo com as orientações do Médico-Veterinário dos seus pets.
Deve-se ou não colocar algodão no ouvido na hora do banho?
Uma série de fatores pode causar otite canina, como alergias, ácaros de orelhas, bactérias, higiene inadequada ou água entrando nos ouvidos durante o banho. Uma infecção no ouvido tipicamente resulta em dor e inflamação.
Então, antes de iniciar o banho do pet, o ideal é colocar um chumaço de algodão impermeável (hidrofóbico) dentro do ouvido e retirá-lo ao final do banho. Em todo o caso, mesmo utilizando o algodão impermeável, é importante evitar a entrada de água nas orelhas, além de secar bem a pelagem sobre as orelhas (assim como todo o restante do corpo) para evitar que fique úmida e propicie a ocorrência de otites e dermatites. Lembre-se que o algodão que normalmente temos em casa é hidrofílico, ou seja, ele absorve água, por isso é comumente utilizado para limpeza da pele.
Existem produtos específicos para cães com alergias na pele?
Existem diferentes tipos de alergia causadas por vários fatores, desde a picada de pulgas e carrapatos, até reações por alimentos. Há casos ainda em que o cão apresenta alergia e não é possível estabelecer uma causa exata, doença conhecida como dermatite atópica. No geral, os sintomas mais comuns envolvem coceira, perda de pelos (alopecia), vermelhidão (eritema) em algumas áreas da pele, e pode haver também feridas em casos mais avançados.
O primeiro passo é sempre levar o seu pet em um médico-veterinário, já que cada um desses quadros é tratado de uma maneira diferente, então quanto antes for diagnosticada a causa da alergia, maiores as chances de tratamento e controle.
Em alguns casos, produtos específicos, como um shampoo hipoalergênico, podem ser recomendados para o pet. É importante controlar os sintomas da doença para manter uma boa qualidade de vida ao bichinho, evitando ao máximo o contato com agentes alérgenos. No caso da alergia alimentar, deve-se evitar a ingestão das substâncias que provocam reações alérgicas no seu pet, o que será avaliado obrigatoriamente pelo veterinário. O profissional poderá solicitar a troca da ração, evitar petiscos com corantes artificiais entre outras orientações importantes para controle do quadro. No caso da alergia por picada de ectoparasitas (pulgas, carrapatos etc.), lembre-se que, além do tratamento recomendado pelo veterinário que será aplicado diretamente no pet, é necessário cuidar do ambiente, fazendo a limpeza da casa e dos demais locais em que circulam, pois as pulgas, por exemplo, estão presentes em maior quantidade fora do animal.
Silenciosas e progressivas, as doenças renais que atingem cães e gatos podem ser prevenidas e tratadas, apesar de ainda não existir cura para a maioria delas. Quanto antes for feito o diagnóstico e o acompanhamento, maior é a chance de o pet ter qualidade de vida. A veterinária Joana Portin, líder da área médica da Nofaro, alerta para mudanças que devem ser observadas: aumento na ingestão de água e no volume da urina; perda de apetite, vômitos, perda de peso e hálito com odor forte são sintomas indicativos de doenças como insuficiência renal.
O diagnóstico é feito com o auxílio de exames de sangue, de urina e de imagem. As alterações mais comuns são aumento de creatina e ureia no sangue, baixa densidade urinária no exame de urina e alterações na imagem dos rins.
Cães e gatos de todas as raças estão sujeitos a desenvolver doenças renais, mas animais idosos estão mais suscetíveis e exigem cuidado redobrado, uma vez que o organismo está naturalmente mais fragilizado. Em todo caso, a recomendação para afastar as doenças renais é oferecer uma alimentação adequada e muita hidratação.
“A ingestão de água é determinante para manter a saúde dos rins. No caso dos gatos, que não costumam ingerir muito líquido, a inclusão de alimentos úmidos, como sachês e pastas, é bem-vinda e auxilia na hidratação. Além disso, reforço a importância da alimentação adequada para garantir que os pets se mantenham saudáveis. Alimentos caseiros, sem equilíbrio ideal de alguns componentes como sódio, proteína e fósforo, podem trazer malefícios ao funcionamento dos rins”, finaliza Joana.
As águas de março ainda não amenizaram o calor das manhãs em Brasília. Por mais divertido que seja levar o melhor amigo para um passeio ao ar livre sob o Sol, é preciso tomar alguns cuidados com a saúde do melhor amigo.
“Os passeios deixam os pets expostos aos riscos da rua, como doenças e parasitas que pode encontrar no meio do caminho. Portanto, estar com a carteirinha de vacina em dia é fundamental. Afinal, saúde em primeiro lugar! Por isso, é importante que o cãozinho esteja protegido. Primeiro de tudo, se o pet for filhote, não esqueça que é importante respeitar as orientações do médico veterinário e só preparar a guia para passear quando o pet estiver devidamente vacinado e liberado pelo profissional”, orienta Thaís Matos, médica veterinária da Dog Hero.
Em dias muito quentes, existe outro aspecto que precisa ser considerado, antes de colocar o pet na rua. “Certifique-se de que o chão não está quente fazendo o teste com as costas da sua mão encostadas na superfície por 10 segundos. Se você suportar, significa que a temperatura está adequada e seu cão não queimará as patas”, explica Thaís.
Confira 7 dicas de cuidados da médica veterinária para aproveitar os passeios com seu pet no verão:
Hidratação e alimentação
O calor é muito prejudicial para os pets, pode causar hipertermia com consequências irreparáveis. Para manter o pet bem hidratado e alimentado, não esqueça de levar para os passeios uma garrafa para cães ou bebedouro portátil e um pouquinho de ração em um pote fechado. Lembre-se que abrir mão desses itens na hora de dar uma caminhada pela rua é colocar a saúde do seu pet em risco, afinal, tanto filhotes como adultos não podem ficar muito tempo sem beber água e com fome por conta do exercício físico.
Pets também devem usar protetor solar
Pais e mães de pets precisam estar atentos aos passeios e fazer uso do protetor solar. Cãezinhos com pelagem branca ou que têm pouco pelo na ponta das orelhas, no focinho, no rabo e nas patas precisam de protetor solar antes de serem expostos ao sol. Há protetores específicos para uso em animais, consulte sempre a recomendação do médico veterinário do seu pet.
Pet sempre na coleira
Jamais passeie com o pet solto, mesmo que ele seja adestrado, pois as chances de um acidente acontecer, como um atropelamento, por exemplo, ou ele se machucar ou ainda comer algo indevido (sem o tutor perceber) e se intoxicar são muito altas. O risco não vale a pena. O tutor deve providenciar guias e peitorais que sejam bem confortáveis e adequadas ao tamanho do pet. A opção mais segura é a peitoral com engate na frente, chamada anti-puxão, como essas. Coleiras de pescoço aumentam as chances de ocorrer glaucoma, uma pesquisa realizada nos EUA concluiu que a cada três cães que usam coleiras de pescoço, dois apresentam fraturas no pescoço devido aos trancos.
Placa de identificação
Outro item indispensável é a placa de identificação, com o nome do animal de estimação e contatos de emergência do tutor. Em um caso de fuga, é a placa de identificação para cães que vai aumentar as chances do cãozinho voltar para casa. Esse é um acessório de passeio que não pode ficar em casa em hipótese alguma.
Procure manter locais limpos
Além disso, para manter os locais limpos após o pet fazer suas necessidades, o tutor pode levar jornais, papéis velhos, sacolinhas de mercado ou saquinhos higiênicos, que podem ficar presos à guia.
Passeio no parque onde tem outros pets
Especialmente aos fins de semana, variar e passear com pet é uma ótima pedida. Claro, outros tutores terão a mesma ideia, o que também é bacana, especialmente se o cãozinho é amistoso com outros animais. Novos cheiros para farejar são um excelente estímulo! Se é a primeira vez de vocês nessa situação, fica a dica: verifique a linguagem corporal do seu cão e dos outros cães. Se o cão lamber o nariz, bocejar ou se sacudir como se tivesse acabado de sair de um banho, isso demonstra que ele está estressado e as chances de uma briga iniciar são grandes. Nesses casos, mude o trajeto e evite o confronto.
Após o passeio, patinhas limpas!
O cuidado com as patas nos dias de calor também é essencial. Reveja o horário de saída para passeios com seu cachorro, pois o chão pode estar muito quente e acabar queimando as patinhas. Os lenços umedecidos específicos para pets podem fazer o papel do álcool em gel em humanos: eles devem ser usados para limpar as patas dos pets após um passeio. Basta retirar a quantidade necessária de lenços e passar suavemente sobre o local que pretende limpar, secando bem as patinhas após o uso. Desta forma, o pet ficará livre de bactérias e de qualquer ameaça viral.