O setor de restaurantes em Brasília deve fechar 2018 no azul. “Ainda não temos dados de pesquisa concreta, mas acreditamos que estamos terminando o ano já com uma curva positiva”, afirmou o presidente da Abrasel do Distrito Federal, Rodrigo Freire, em 31 de dezembro. Para ele, 2019 “será bem melhor”.
Segundo a liderança do setor de bares e restaurantes da cidade, a melhora vem ocorrendo de forma gradual: “2018 começou com uma curva negativa menos intensa do que nos últimos anos, mas depois tivemos a greve dos caminhoneiros, que deixou muitos estabelecimentos sem matérias-primas, e consequentemente, atrapalhou o faturamento”. Nas palavras dele, “a melhora significativa no movimento ocorreu pouco depois das eleições de outubro”.
O chef-restaurateur Francisco Ansiliero confirma a avaliação de Freire considerando ter sido “um ano altamente positivo para a gastronomia da cidade, especialmente para a cozinha regional, que encontrou, na valorização do cerrado, sua mais alta expressão”. Considerado o mestre de todos os cozinheiros da capital federal, Ansiliero disse que “melhorou muito a qualidade e a oferta de produtos, sobretudo os da agricultura familiar”.
Ao contrário do Peru e de outros países que desenvolvem políticas públicas de apoio à gastronomia, o Brasil carece de uma revolução que inclua a mesa como uma de suas prioridades. Prova disso é que a cada ano renomadas grifes brasileiras caiam alguns pontos no ranking dos melhores restaurantes da América Latina e do mundo. Ano passado, a boa notícia foi a entrada de dois novos restaurantes, ambos cariocas (Oteque e Oro) no clube dos 50 melhores da América Latina, no qual só a Casa do Porco, de Jeffeson Rueda subiu (do 8º para o 7º lugar), enquanto seis outros brasileiros baixaram na pontuação.
Sempre citado pelos especialistas, o exemplo peruano partiu de um símbolo, uma marca usada como porta de entrada para a gastronomia, que é o ceviche. Ainda assim, não é o alimento mais amado pelos peruanos. “É o frango assado”, garante o chef Marco Espinoza, chef e sócio do Taypá e do Lima Gastrobar, no Rio de Janeiro, onde à noite são servidos os frangos preparados à moda peruana na brasa.
“O Peru é muito conhecido, mas o Brasil é mais forte na gastronomia — é o único país latino-americano que tem edição do Guia Michelin, por exemplo, mas não tira proveito disso”, diz Alex Atala.
O ano de 2018 marcou também a expansão da expertise brasiliense em São Paulo. Gil Guimarães, que já havia investido no Mercado de Pinheiros com a pizzaria Napoli Centrale, abriu no mesmo endereço e com o mesmo sócio, o gaúcho Marcos Livi, o C6, hamburgueria que repetiu o sucesso da Parrilla Burger, casa que mantém em solo candango.
Já Dudu Camargo, sem prejuízo de suas duas casas no Lago Sul e na Asa Sul, aportou no Jockey Club de São Paulo, para uma temporada no Soul Sports Bar, do cantor de pagode Thiaguinho e outros parceiros. Dudu, que herdou o talento gastronômico dos pais e atua há mais de 20 anos no métier, montou bufê mediterrâneo no bar paulistano, que funcionou durante a Copa do Mundo. Este ano, ele promete voltar lá.
Fazendo o levantamento do que abriu e o que fechou em 2018 (claro que meu inventário não é perfeito, podem ter ficado algumas marcas de fora, desculpe), a coluna de novidades — para sorte do gourmet brasiliense —, é mais extensa do que a de extinção. Confira!
O que abriu
• A Mano (411 Sul)
• Basquiá Drinks (408 Norte)
• Blend Boucherie (412 Norte)
• Chez Lami` (207 Norte)
• Cozumel (214 Sul)
• Cremeria Italina (206 Sul)
• Das Brot (215 Sul)
• Gentil – Café Pausa & Prosa (410 Sul)
• Giuletta Massas Artesanais (Águas Claras)
• Croasonho (Plaza Norte)
• Don Vito (209 Sul)
• Don Espettoria (103 Norte)
• Empório São Pedro (314 Norte)
• Ernesto Café (108 Norte)
• Fast Nature (Águas Claras)
• Hop Capital Beer (SIA)
• Kawa (213 Sul)
• La.Mê (105 Norte)
• Ravioli (302 Sudoeste)
• Renata Diniz Chocolatier (Boulevard Shopping)
• Restaurante 405 Sul
• Sushi San (106 Sul)
• Mabruk (208 Sul)
• Madame Jambu (103 Sudoeste)
• Pecorino (ParkShopping)
• Taikan (402 Sul)
• Tea Shop (Boulevard Shopping)
• Teta Cheese Bar (103 Sul)
• The Black Beef (DF Plaza)
• The Queen´s Place (116 Sul)
• Tiborna (403 Norte)
• Tio Armênio (406 Sul)
• Villapiana (310 Norte)
• Yurb contêineres (Pier 21)
O que fechou
• Café Senhoritas
• Camon Sudoeste
• Contemporâneo
• DNA Natural
• La Bonne Fondue
• La Boulangerie Bistrot do CasaPark
• Leovanna
• Marvin da 103 Sul
• Otramanera
• Pães da Corte
• Soares de Souza da 402 Sul
• Taj Bar
• The Fifties
• Toujours
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