Restaurante Estória do Pescador é parada obrigatória em Manaus
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Manaus – Se você passar apenas um dia na capital, vá curtir (só abre no almoço) a culinária regional no restaurante Estória do Pescador. São mais de 25 pratos no bufê (R$ 48 por pessoa), a maioria, é claro, à base de pescado, mas não se sente cheiro de peixe, tudo é absolutamente fresco. “Também não usamos limão, que camufla o sabor, só no ceviche”, explica o chef Milton Rôla, que abriu a casa há quatro anos com a ajuda da família. A mulher, Maria, toca o delivery.
Um dos pratos mais pedidos é o filé de jaraqui à Rui Machado, homenagem ao artista plástico, poeta e compositor, que é uma legenda na cidade. Sua obra pode ser vista em galerias, teatros e até restaurantes. Ele também ilustra o guia gastronômico editado pela Abrasel. Um dos peixes de couro mais saborosos, o jaraqui é frito e servido com arroz de jambu e tucupi (bem úmido, eu não conseguia parar de provar) com farofa de castanha amazônica. Há um verso que diz “quem já comeu jaraqui, não sai mais daqui”.
Outra atração são as ventrechas, como o nome sugere vem do ventre, a barriga do pirarucu preparado com jerimum, maxixe e banana (foto). O craque Milton, que abriu a casa depois que se aposentou no serviço público, dividiu as caçarolas no palco com o chef Conde Aquino, que veio de São Gabriel da Cachoeira pilotar receitas com ingredientes nativos na gastronomia contemporânea, como o cubiu, com o qual fez geleia e vinagrete. Acompanhou traíra moqueada, desfiada e cozida com coentro, cebolinha e tempero de cheiro.