Marcas para durar

Compartilhe

“Palestrantes são os outros, nós somos apenas contadores de causo”. Com esta introdução bem-humorada e usando o plural majestático, o gaúcho Arri Cozer, de 54 anos, iniciou sua participação ontem à tarde no 28º Congresso Nacional da Abrasel, no qual teve um papel de destaque. O empresário sulista discorreu sobre a experiência na construção de grandes marcas feitas para durar.

Fundador da rede Fogo de Chão, que tem 40 unidades no mundo, das quais 10 no Brasil, 29 nos Estados Unidos e uma no México, Arri Cozer é um empreendedor de sucesso. Nascido no município de Encantado (RS), chegou a trabalhar até no cabo da enxada quando, com a mãe e os irmãos, ajudava o pai na roça. Aos 15 anos saiu de casa, com o irmão Jair, cinco nos mais velho e arrumou trabalho numa churrascaria de beira de estrada em Aparecida do Norte (SP).

“Em 24 de maio deste ano, voltei à Aparecida para lembrar onde tudo começou 40 anos atrás”, diz Arri que, depois de vender para um grupo americano o império de carnes, como é conhecida a rede Fogo de Chão, deu início a outro conglomerado, o NB Steak, igualmente um negócio de carnes.

Marketing

“Em tempos de crise, não abandone as ações de marketing”, ensinou o empresário a uma surpresa plateia, formada em sua maioria de donos de restaurante. Ao contrário do que o empresário brasileiro costuma fazer é na época de vacas magras que se dá a maior necessidade de investir no negócio. Cozer faz isso. A marca NB Steak de seis lojas — três em São Paulo e três em Porto Alegre — anuncia desde o outdoor de rua até páginas em revistas e jornais.

Outro conselho que o exitoso dono de restaurante transmitiu a seus pares é montar estratégias, a partir do produto que oferecerá, definir a função social e o legado da marca. Para ele, a manutenção é muito mais importante do que a largada. “Marca implica gente”, afirma Cozer, que mantém 830 funcionários no novo império, formado ainda pela rede de pizzas paulista Maremonti, que reúne 10 unidades.

A partir de 2018, Arri Cozer deve começar a estender os seus domínios ao Rio de Janeiro, para onde poderá levar também o empório com vinhos e azeites de alta qualidade. “E Brasília?”, quis saber a repórter. “Ainda não”, foi a curta resposta do empresário, que por quatro anos visitou a cidade, na condição de dono da Fogo de Chão, e onde desenvolveu alguns hábitos gastronômicos, como degustar o pato no tucupi no Dom Francisco, o que fez antes de contar seus “causos”.

Liana Sabo

Posts recentes

Em nova edição, Festival Brasil Sabor estimula a culinária regional

Iniciado na última quinta-feira (16/5), o Festival Brasil Sabor promovido pela Abrasel está em sua…

22 horas atrás

El Tio Burrito, trailer na Asa Norte atrai gourmets para combinação latina

O food truck foi lançado em 2021 pelo chef cubano José Carlos Gomez Gonzalez

23 horas atrás

Degustação e solidariedade no terceiro ano do festival Vinho na Vila em Brasília

A nova edição na capital federal será no CasaPark com a participação de 20 expositores…

23 horas atrás

Pirenópolis recebe eventos de cerveja e vinho nos próximos dias

Em maio, o encontro cervejeiro PiriBier está de volta à cidade, enquanto em junho será…

2 dias atrás

Dia das Mães: Confira o que os restaurantes do DF prepararam para a data

Este domingo, 12 de maio, é dia de celebrar as matriarcas. Se você ainda não…

7 dias atrás

À moda americana: Pizza e hamburguer são protagonistas no B`Square

De portas abertas na 104 Sul, estabelecimento traz o melhor da culinária novaiorquina

1 semana atrás