No cardápio, a chef aposta nos sabores do cerrado e do Brasil
Mineira de Uberaba, aos 21 anos, Jakeline Daia desembarcou na capital com pai, mãe e uma irmã. Gostou logo de cara da cidade e procurou cursar biomedicina no Ceub, mas era a arte de transformar insumos em bons sabores o que mais a seduzia. Tanto que passou a recolher em áreas públicas ingredientes disponíveis na natureza.
“Brasília é um pomar a céu aberto”, proclama a mineira que, ao fazer de bicicleta o percurso entre Asa Norte, onde mora até hoje e o Minas Tênis Clube, onde remava, apanhava cagaita, piripiri (fruta exótica da família da carambola com sabor ácido), pitanga, guariroba, graviola, jabuticaba e até ervas, como louro. Não tardou a cozinhar pra fora. Abriu uma empresa de eventos e atendia pessoas físicas e corporativas. No fim da pandemia, Jake como é chamada na família e pelos amigos, alugou uma cozinha na Asa Norte e passou a fornecer marmitas com receitas do cotidiano, mas incrementadas por ela, como o empadão goiano com alho-poró.
“Os pratos que mais faziam sucesso era galinhada com creme de milho e feijoada com tartar de banana da terra”, conta Jake, cuja comida faz questão de ressaltar “não é convencional”, buscando sempre a brasilidade no sabor. “Eu tento fazer coisas diferenciadas com ingredientes do cerrado e do Brasil”. Entre as sugestões estão nhoque de mangarito, farofa de baru com pimenta de macaco e bacon; queijadinha com baunilha do cerrado, musse de chocolate com baru e compota de cajuzinho do cerrado.
Escola francesa
Um dia, uma cliente informou que haveria licitação para explorar o serviço de restaurante e lanchonete da Escola Francesa de Brasília, que atende público interno formado por professores, funcionários e alunos. Jake se inscreveu entre 20 empresas concorrentes e saiu finalista com mais duas. A disputa entre as três se deu na prática. Durante degustação de pratos, venceu a chef de Uberaba, que àquela altura já estava matriculada no Iesb cursando gastronomia.
“Servimos aproximadamente 800 refeições por dia”, informa Jake, que comanda uma brigada de 17 pessoas. No menu, são muito apreciados moqueca, filé-mignon curado com manteiga de garrafa e baião de dois, musse de queijo canastra, compota de frutas amarelas (cajá, cagaita e maracujá) e crocante de baru.
“Atualmente nem uso mais dolmã que meu trabalho é de supervisão. Faço os cardápios com a participação da nutricionista e a equipe toda foi treinada por mim”, comenta a chef, cujo contrato no Lycée Français François Miterrand (QI 21 Lago Sul) não exige exclusividade. Assim ela está aberta a novas experiências. Telefone: 99184-1728.
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