As melhores borbulhas do ano

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Garibaldi (RS) — Todo mundo levou ouro. Quase cem amostras inscritas no X Concurso do Espumante Brasileiro, a principal prova realizada no país, receberam medalha de ouro depois de uma degustação às cegas promovida pela Associação Brasileira de Enologia (ABE) na cidade gaúcha, que é conhecida como “a capital do espumante”.
Realizado desde 2001, o concurso teve este ano a sua décima edição, que foi a maior da história. Nela participaram 308 amostras de 80 vinícolas. Entre as 30% das classificadas em cada categoria — conforme normas internacionais — 97 espumantes alcançaram pontuação entre 88 e 91 pontos, o que configura medalha de ouro.
O resultado não chegou a surpreender o júri formado por 53 profissionais entre enólogos, sommeliers e jornalistas especializados. Desde muito tempo, o espumante brasileiro vem obtendo os primeiros lugares nos concursos internacionais, o que atesta o alto padrão. A mim impressionou a seleção de espumantes rosés — finos, elegantes e equilibrados.
“Depois de 10 anos atingimos um recorde, superamos as 300 amostras, o que demonstra a importância do espumante para o Brasil e nos coloca com responsabilidade para produzirmos sempre com mais qualidade, safra após safra”, acentua o presidente da ABE, Edegar Scortegagna, ele próprio enólogo da vinícola Luis Argenta.

Destaques

Acima de 91 pontos e até 100 corresponde a Grande Medalha de Ouro, o patamar mais alto da classificação do vinho. Nesse concurso, seis espumantes, um em cada categoria, que atingiram altíssima pontuação, receberam troféu destaque. A Vinícola Basso emplacou dois: um espumante brut Monte Paschoal, elaborado pelo método tradicional, e outro moscatel rosé.
Na categoria brut, elaborado pelo método charmat, levou o troféu o Espumante Ponto Nero, da Domno, empresa da Famiglia Valduga; já o espumante brut rosé foi conquistado pela Cave Amadeu da Vinícola Geisse. Na categoria demi-sec, ganhou Conde de Foucauld, produzido pela Cooperativa Aurora, e na categoria Nature e Extra-brut, ganhou o espumante Don Guerino Cuvée.
Este ano, o prêmio top do concurso traz o nome de Cleber Andrade, homenagem a um dos enólogos mais marcantes que o Brasil já teve e morreu de forma trágica na cantina. Presente à premiação, a viúva de Cleber Andrade recebeu flores do presidente da ABE.

*A colunista viajou a convite da ABE

Liana Sabo

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