O chef Paulo Tarso comandou o menu degustação durante o The House of Suntory Experience 2025
Seis anos antes do Brasil ser descoberto já havia na Escócia o registro de uma bebida destilada de cereais, surgida naquele país do hemisfério norte, por volta de 1494. Há muito tempo, porém, que uísque não é mais uma exclusividade escocesa, existe em muitos outros países, como o Japão, desde 1870. A primeira produção comercial, no entanto, só começou em 1923 com a abertura da primeira destilaria de uísque no país do sol nascente, a Yamazaki.
Com mais de 100 anos a The House of Suntory, marca japonesa de destilados premium, lançou no Brasil um evento pra lá de original: proporciona aos participantes experiência sensorial que une jazz, coquetelaria, gastronomia e a arte japonesa da hospitalidade. Houve duas edições no Rio e em São Paulo em anos anteriores, mas só este ano veio para Brasília o The House of Suntory Experience 2025: Hibiki Listening Sessions.
A experiência explora a relação entre som e sabor em uma ativação dos cinco sentidos, cuja execução está a cargo do premiado chef Paulo Tarso, que desenvolveu o menu com receitas autorais usando ingredientes frescos com técnicas precisas e contrastes elegantes.
Da sopa de cebola ao porco duroc
Ao contrário do convencional, a degustação começou mesmo com sabor doce, representado pela combinação do uísque Hibiki com vinho rosé, água de flor de laranjeira, morango e mel de laranjeira. No prato, sashimi de atum com tempurá de alga nori e molho de morango fermentado. O segundo prato trouxe o sabor amargo harmonizado com sopa de cebola caramelizada com queijo granito e nozes. Neste ponto, Hibiki se encontra com o aperitivo italiano e um vermute seco infusionado com alecrim e nozes revelando um amargor aromático sintonizado com a untuosidade do queijo.
Na terceira etapa, o chef obteve deliciosas texturas de couve-flor com pasta de avelã, enquanto a elegante taça alta trouxe o Hibiki com leve acidez do vinagre de arroz orgânico e com o azedo frutado do maracujá. O quinto sabor do paladar humano, depois do doce, salgado, amargo e azedo, já apareceu na quarta etapa quando o drinque revela o umami ao se mesclar a um cordial de timur berry, além de bitter de laranja, molho de ostras, tomate cereja e flor de sal. No prato, linguado sobre molho de tomate branco!
Para finalizar, uma combinação nipo-brasileira do uísque com tiquira (fermentado de mandioca), saquê seco, shitake desidratado, amêndoas laminadas e sal do Himalaia harmonizado com filé-mignon de porco duroc com pirão de leite e folha de banana com cachaça.
Mapa da mina
A experiência degustativa, no entanto, não para por aqui. No último capítulo vem o Hibiki servido puro, em temperatura ambiente, permitindo que suas notas de madeira, frutas secas e especiarias se expressem com suavidade e elegância, duas condições que nortearam do começo ao fim o trabalho do mixologista Alex Mesquita, autor dos drinques. Carioca da gema, ele atua no Elena Horto, onde foi realizada a experiência no Rio de Janeiro.
Para Paulo Tarso, cujo restaurante homônimo, foi o único brasiliense a figurar entre os 100 melhores do Brasil pelo ranking da revista Exame, é “uma felicidade representar Brasília nesse cenário nacional, junto a uma marca tão importante como a Hibiki”. Disse que o feedback de quem participou tem sido incrível, o que dá para “afirmar que pouco a pouco, seguimos trabalhando para inserir Brasília no mapa da alta gastronomia nacional”. Ele tá certo!
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