Tão difícil quanto a disputa pelo Palácio do Buriti deve ser a corrida ao Senado. Com a diferença de que a escolha do novo senador ou senadora do DF ocorre em apenas um turno. Ou seja, quem tiver mais votos na primeira rodada leva, sem alianças que podem dar vantagem na reta final. Até o momento, oito nomes se apresentam no páreo, sendo que de dois do PT sairá uma candidatura. Veja quem está na disputa.
Concorrência à vista
Apesar de aliados incentivarem uma candidatura ao governo, Flávia Arruda (PL) é o nome anunciado para compor a chapa do governador Ibaneis Rocha (MDB). Está em campanha aberta ao lado de Ibaneis e na carona da popularidade do presidente Jair Bolsonaro no DF. A concorrência no campo político da ex-ministra-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República pode empurrá-la para outro caminho. Todas as pesquisas que circulam entre campanhas a colocam como um nome forte para qualquer cargo majoritário. Na disputa ao governo, no entanto, ela fica atrás de Ibaneis.
Empurrada pelos bolsonaristas-raiz
A ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos Damares Alves (Republicanos) já fala abertamente sobre sua pré-candidatura ao Senado no DF. Na disputa, Damares puxa votos de evangélicos, conservadores e bolsonaristas-raiz. Apesar de não ser uma figura da cidade, ela poderá crescer com o apoio do presidente Jair Bolsonaro. Se optar pela disputa à Câmara, Damares facilitará a vida de Flávia Arruda, mas poderá prejudicar outros aliados do presidente, como Bia Kicis (PL) e Júlio César (Republicanos), que vão buscar a reeleição.
Aposta na viabilidade
Ao permanecer no Cidadania, a deputada Paula Belmonte (Cidadania) obteve o compromisso da cúpula do partido de que seria candidata a um cargo majoritário. Ela quer concorrer ao Senado ao lado de José Antônio Reguffe (UB), na cabeça de chapa. Mas, como seu partido está em federação com o PSDB, Paula espera a oficialização da definição sobre seu caminho, uma vez que o senador Izalci Lucas (PSDB) é pré-candidato ao Palácio do Buriti. A deputada tem dito que apoiaria o projeto de Izalci se o considerasse viável, até porque seu marido, Felipe Belmonte (PSC), é suplente do tucano. Uma vitória de Izalci ao governo daria quatro anos de mandato para Belmonte. Ela, no entanto, aposta na candidatura de Reguffe.
Do Senado para vice
Presidente do PSD-DF, o empresário Paulo Octávio foi lançado pré-candidato ao Senado pelo presidente de seu partido, Gilberto Kassab. Ele tem eleitores que o acompanham em todos os mandatos, apoio do partido e recursos para uma campanha. Mas sua candidatura também pode atrapalhar o projeto de Flávia Arruda que tem uma base parecida. Um acordo no grupo pode levar Paulo Octávio para a chapa de Ibaneis Rocha como candidato a vice-governador, mesmo cargo que exerceu no governo do marido de Flávia, o ex-governador José Roberto Arruda (PL).
Nova tentativa
Candidato ao Senado nas eleições de 2018, o advogado Paulo Roque vai lançar a pré-candidatura novamente ao Senado pelo Novo no próximo mês. Um dos primeiros convidados foi o senador José Antônio Reguffe. A direção do Novo pretendia lançar Paulo Roque ao Governo do DF, mas ele quer apoiar Reguffe na disputa ao Palácio do Buriti. A festa ocorrerá em 1º de junho, no Brazolia.
Duas candidaturas
No PT-DF, há dois pré-candidatos ao Senado na chapa a ser encabeçada pelo deputado distrital Leandro Grass (PV): o ex-deputado Geraldo Magela (PT) e a diretora do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) Rosilene Corrêa (PT). A definição sobre quem representará a federação PT-PV-PCdoB na disputa ao Senado saíra da direção nacional de acordo com as negociações e interesses da campanha do Lula. Magela tem
maioria do PT Nacional e Rosilene, no PT-DF.
De volta à política
O ex-senador Gim Argello voltou à política, depois de enfrentar problemas judiciais, uma condenação, três anos na prisão e a anulação de seu processo. Ele quer concorrer novamente ao Senado, para voltar aos tapetes azuis, onde já teve tanto poder. Gim se filiou ao Pros para concorrer, mas precisa ainda confirmar sua indicação para a disputa ao Senado. No DF, o partido está na base do governo de Ibaneis Rocha. O ex-senador já tem uma bandeira. É de sua autoria a PEC 63/2013, que recria os quinquênios para juízes e membros do Ministério Público, extintos em 2005.
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