Rosilene Corrêa: “É fundamental que a esquerda apresente o nome de uma mulher para disputar o Senado”

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À Queima-roupa // Rosilene Corrêa, professora, diretora do Sinpro-DF e pré-candidata ao Senado

por Ana Maria Campos

A senhora topa concorrer ao Senado, em vez de se candidatar ao governo?
Importante destacar que, pelo menos no meu caso, não se trata de um projeto pessoal, personalista. Meu nome foi apresentado pelo PT, entendendo a importância de o partido ter candidatura própria. E eu e o campo no qual faço a política interna entendemos que o meu nome ainda continua sendo o melhor para essa disputa. Mas é claro que sem desconsiderar as necessidades nacionais e da conjuntura política para garantir maior número de votos para o (ex) presidente Lula, inclusive que possa nos levar à vitória no primeiro turno. O entendimento coletivo é de que, sendo o deputado Leandro Grass candidato ao governo, meu nome pode continuar contribuindo com um papel na chapa majoritária, no caso ao Senado.

O PT-DF vive uma nova disputa. Agora pela vaga ao Senado. Quem vai decidir?
A decisão não está descolada de uma discussão nacional sobre a chapa.

Geraldo Magela disse temer que esse novo embate acabe como o primeiro, com o PT-DF perdendo a indicação para outro partido. Acredita nisso?
Temor de ser outro nome eu, sinceramente, como militante do partido, entendo que o partido não tomará uma decisão, seja por um dos nomes petistas, seja por um nome fora do PT, que o motivo não seja de fato político, de entender que é o melhor nome para os desafios que estão postos. Nem considero que haja uma disputa. São nomes colocados e não podemos esquecer que temos também a companheira Érika Kokay. Sem querer polemizar, Magela precisa considerar o cenário do PT-DF, em que as manifestações dos delegados e delegadas do encontro têm preferência pelo meu nome.

A senhora acha que uma candidatura feminina ao Senado terá mais força no contexto atual. Por quê?
Creio que diante dos nomes que estão previamente apresentados pelos partidos, na maioria de mulheres, é fundamental que a esquerda, no caso o PT, apresente o nome de uma mulher para disputar o Senado. Acho que o momento é de um movimento na política no mundo todo. Não é só no Brasil. Mas o que significa para nós mulheres do campo progressista, da esquerda, que precisamos que tenhamos mais mulheres atuando na política. É inegociável, sobretudo porque temos pré-candidatas, por serem de partidos de direita, com bandeiras antagônicas ao que, de fato, as mulheres da classe trabalhadora necessitam.

Ana Maria Campos

Editora de política do Distrito Federal e titular da coluna Eixo Capital no Correio Braziliense.

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