Tag: michelle bolsonaro
A prioridade do governo este ano não é aprovação do Orçamento
Coluna Brasília-DF
Na briga pela Comissão Mista de Orçamento, a tendência dos líderes governistas é acompanhar a disputa, sem muito esforço. O foco está voltado para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), primeira parada das propostas de emendas constitucionais, no caso, a reforma administrativa, que nem começou a tramitar porque a CCJ nem sequer foi instalada.
No caso do Orçamento, a avaliação que prevalece no Planalto é a de que o governo não perde muita coisa. Afinal, a Lei de Diretrizes Orçamentárias, enviada pelo Poder Executivo e ainda não votada, estabelece que o governo deve cumprir as obrigações constitucionais, as ações na área da saúde, prevenção de desastres e outras despesas inadiáveis. Quem perde mesmo são os deputados, senadores e bancadas, que transformaram suas emendas ao Orçamento em impositivas, mas até aqui não conseguiram se acertar sequer para instalar a comissão.
O “esquenta” da disputa
A julgar a dificuldade em fechar um acordo para a eleição do deputado Elmar Nascimento (DEM-BA) presidente da Comissão Mista de Orçamento, a briga pela presidência da Câmara vai ferver nos bastidores. A relatoria, como é do Senado, está resolvida: é do senador Márcio Bittar (MDB-AC), aliado do governo.
Batman versus super-homem
As diferenças entre o líder do PP, Arthur Lira, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, estão expostas. Lira joga para o Centrão, enquanto Maia é comprometido com o DEM, que não é parceiro de Arthur Lira para o que der e vier.
Onde está o nó
O governo quer porque quer um programa social para chamar de seu e tirar de cena o Bolsa Família. Porém, não tem recursos para isso. Em último caso, restará incluir no Bolsa Família os desassistidos pelo auxílio emergencial a partir de janeiro. Essa saída o governo também não quer, porque seria abaixar ainda mais o valor de R$ 300 pagos hoje.
Se arrependimento matasse…
O mesmo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que pergunta em suas redes por que o ministro da Economia, Paulo Guedes, quer travar o debate da reforma tributária, aceitou uma comissão mista para discutir o tema. Agora, os deputados cobram de Maia a votação do projeto apresentado à Câmara e ele não pode atender, porque tem de esperar a comissão especial terminar seu trabalho.
Curtidas
Chegou para ficar/ O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, aproveitou a solenidade de plantio da soja em Cristalina (GO), para anunciar que o hospital de campanha de Águas Lindas será definitivo, inclusive com UTI. O mapa da Secretaria de Saúde apresentou, ontem, 82% das vagas de UTI da covid-19 ocupadas e 8,6% das vagas de enfermaria.
A visão abrangente/ O senador Fernando Collor abriu o curso de extensão do Interlegis “Defesa Nacional e o Poder Legislativo” com uma aula magna na qual ampliou o conceito de defesa nacional para muitos servidores do Parlamento, não restringindo às Forças Armadas. Collor entende que defesa nacional abrange a diplomacia, a estabilidade política, a capacidade tecnológica e a coesão social. “Se chegarmos ao ponto de sermos obrigados a emprestar a capacidade bélica das Forças Armadas, é sinal, como regra, de que todos os demais instrumentos à disposição do Estado brasileiro falharam, especialmente a diplomacia”, alertou o ex-presidente.

Cochilo/ Se tem alguém que não dorme no ponto quando o assunto é política, é o ex-ministro Gilberto Kassab. Porém, em voos, ele não resiste. Essa (foto) aí foi tirada ontem, na hora do almoço, quando ele voava para Brasília. Antes de decolar, ele já estava entregue aos braços de Morfeu.
Apoia aí, d. Michelle/ Depois que o presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que amplia a pena em caso de maus-tratos a cães e gatos, os ambientalistas planejam começar a entupir o e-mail e as redes da primeira-dama Michelle Bolsonaro com apelos em favor da preservação do meio ambiente. Afinal, ela foi uma das principais incentivadoras da sanção da nova lei.
Até aliados esperam que Bolsonaro explique os R$ 89 mil de Queiroz para Michelle
Coluna Brasília-DF
A agressão de Jair Bolsonaro ao jornalista que lhe perguntou a respeito dos R$ 89 mil, depositados por Fabrício Queiroz na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro, provocou uma avalanche que o governo vinha a muito custo tentando contornar: a inclusão do primeiro-casal nas suspeitas de ter-se beneficiado com o dinheiro que transitou pelas contas do ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Esses depósitos vieram à tona em 7 de agosto e, até então, não houve qualquer pronunciamento oficial a respeito, a não ser a vontade do presidente de “encher a boca de porrada” do repórter que fez a pergunta.
Até para aliados de Bolsonaro a repercussão que a pergunta teve nas redes sociais indica que chegou hora de apresentar uma explicação plausível para o dinheiro na conta da primeira-dama. É explicar ou explicar.
Afinal, a falta de uma justificativa desgasta o discurso anticorrupção de Bolsonaro. E embora o presidente esteja numa boa fase perante a população, a avaliação geral é a de que não dá para ficar acomodado e achar que tudo está resolvido.
O remédio é mudar o plano
A julgar pela conversa de deputados e senadores, é bom o governo começar a refazer as contas. A perspectiva de acabar com a Farmácia Popular está fora de cogitação entre os congressistas.
“O que o PT fez com o Bolsa Escola para tirar votos do PSDB, Bolsonaro fará com o PT: trocar o nome, aumentar a abrangência e radicalizar nos aspectos assistencialistas”
Do ex-senador, ex-governador e ex-ministro da Educação Cristovam Buarque
Faça o que eu digo…
A guerra pelos terminais do Porto de Santos a cada dia ganha novos lances. Em um dos mandados de segurança que a Marimex impetrou para tentar manter a área que ocupa, há um extenso artigo de especialistas que criticam a decisão do governo de destinar o espaço para fertilizantes. O texto destaca o temor em relação ao nitrato de amônio, “usado como matéria-prima para fabricação de explosivos e sob controle do Exército”. A operação sem o devido controle realmente preocupa, em especial depois da explosão em Beirute.
… Mas não faça o que eu faço
A empresa só não contou que foi multada duas vezes pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), em 2017 e 2019, por “negligenciar a segurança portuária” no armazenamento de cargas perigosas. No primeiro processo, a Marimex recorreu, alegando que seguia as recomendações da Codesp, que não eram compulsórias, e a sanção virou advertência; no segundo, a Antaq manteve a multa.
CURTIDAS
Para bons entendedores…/ A contar pelas declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, não tem essa de ficar no governo, no papel de ministro da Economia, caso Paulo Guedes deixe o cargo. Ontem, na CNN, ele foi direto, ao dizer que tem “alinhamento” com o ministro e é preciso focar nas entregas.
Flordelis livre…/ Suspeita de mandar matar o próprio marido, a deputada Flordelis (PSD-RJ) pode ficar tranquila em relação a seu mandato. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem resistido a todas as pressões para fazer funcionar o Conselho de Ética em sessões virtuais.
…e os outros também/ Assim, todos os processos ou pedidos de investigação continuam represados.
José Múcio no CB.Poder/ O presidente do Tribunal de Contas da União, José Múcio Monteiro, é o entrevistado de hoje do CB.Poder, na TV Brasília e redes sociais do Correio Braziliense.
Depois do sucesso que fez na posse do marido, Jair Bolsonaro, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, já está preparando uma agenda de viagens pelo país para alavancar os projetos sociais do governo.
Ela vai participar ativamente e não ficará ligada apenas ao Criança Feliz. Outros programas também devem entrar no roteiro, especialmente aqueles ligados a portadores de necessidades especiais.
Michelle tem apreço especial pelo tema. O fato de ter um tio surdo a estimulou a aprender a linguagem brasileira de sinais (Libras), usada pela primeira-dama para fazer um discurso na Esplanada durante a posse.




