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Coluna Brasília/DF, publicada em 7 de setembro de 2025, por Denise Rothenburg, com Eduarda Esposito
Em meio ao julgamento de Jair Bolsonaro, tarifaço e anistia, ficou meio escondido um debate que o Instituto Fiscal Independente (IFI) promete trazer à tona em seu próximo relatório: o Orçamento de 2026 pode até parecer equilibrado no papel, mas está repleto de interrogações sobre receitas que não estão postas. Estão lá cobrança de taxas sobre Fintechs, letras de investimentos na agricultura e em imóveis, as LCAs e LCIs, bets, redução das renúncias fiscais e recuperação de créditos tributários. Nada disso está assegurado hoje no caixa da União para 2025. A avaliação da direção do IFI é a de que falta muito para essa conta orçamentária fechar na vida real.
E sempre pode piorar
A expectativa de reversão dessa situação de contas apertadas no ano que vem não vai mudar, porque num ano eleitoral, nenhum gestor quer economizar recursos. As apostas são as de que, para mexer nos problemas fiscais de hoje de forma mais contundente só em 2027.
Se quiserem…
… Os Estados Unidos acabam com acesso ao mundo virtual por aqui. O Brasil está para lá de atrasado no quesito “nuvem” de dados. Atualmente, se houver uma guerra e os países do dito primeiro mundo resolverem cortar o acesso à internet no Brasil ou a dados que todos os brasileiros guardam na nuvem, isso pode ser feito. Até hoje, a nuvem brasileira não saiu do papel.
… acabam com tudo
O sistema de localização (GPS) é a mesma coisa. Conforme o leitor da coluna já foi alertado há tempos, são cinco sistemas desse tipo no mundo, desenvolvidos nos seguintes locais: Estados Unidos, Rússia, índia, China e países europeus.
SNE preocupa
O retorno do Sistema Nacional de Educação (SNE) ao Senado e possíveis alterações no texto têm preocupado parlamentares e entidades civis, como a “De Olho no Material Escolar”. A maior preocupação é de que os senadores retomem a vinculação das decisões da Comissão Intergestora Bipartite da Educação (CIBE) e Comissão Intergestora Tripartite da Educação (CITE), porque isso pode restringir a autonomia de estados e municípios.
Fique tranquilo
O relator na Câmara dos Deputados, Rafael Brito (MDB-AL), já conversou com a relatora no Senado, Professora Dorinha Seabra (União-TO), que garantiu que não haverá mudanças. Este foi um dos apelos da oposição durante a votação na Câmara.
Por falar em tranquilidade…
Esta semana os olhos da política ainda estarão voltados para os votos dos ministros no julgamento de Jair Bolsonaro e mais réus da ação penal sobre tentativa de golpe. Porém, avisam deputados, a semana seguinte será a decisiva: ou Hugo Motta pauta a anistia, ou não votará mais nada no plenário.
Duas Érikas na área
Na posse da executiva do PT do Distrito Federal, houve praticamente o pré-lançamento de duas Érikas ao Senado. Érika Kokay, no DF; e Érika Hilton, em São Paulo.
Sete de Setembro
Um ex-presidente sob julgamento por tentativa de golpe, o orçamento em frangalhos, dependentes da tecnologia do chamado “primeiro mundo” a fim de manter nossos computadores conectados. Realmente, falta muito para Independência.
Reflexões
O jornalista Jamil Chade, correspondente que acompanhou de perto a eleição norte-americana, foi homenageado por um grupo de amigos na noite de sexta-feira em Brasília. O encontro se transformou numa roda de conversa sobre o livro que ele lançou na semana passada, na Livraria da Vila, com o título Tomara que você seja deportado — uma viagem sobre a distopia americana. Depois de ouvir Jamil sobre a carta do candidato Bernie Sanders com reflexões sobe os erros dos democratas na eleição, discorrer sobre o que levou à eleição de Donald Trump, ex-senador Cristovam Buarque saiu com esta: “Nós erramos. Não demos respostas às necessidades da população”.
Coluna Brasília-DF
O presidente Jair Bolsonaro vai esperar mais algum tempo antes de definir filiação partidária. Afinal, ainda falta um ano e meio para a eleição e sua caneta “Compactor ou Bic” ainda tem tinta, conforme repetem aliados. Por mais que haja algum desgaste, não está fora do jogo para 2022. Quem acompanha atentamente todos os movimentos da política lembra que, em 2008, quando Gilberto Kassab se elegeu prefeito de São Paulo, o PT do então presidente Lula jogou todo o prestígio presidencial para tentar eleger Marta Suplicy –– e ela perdeu. Dois anos depois, lá estava Lula fazendo de Dilma Rousseff sua sucessora no Planalto. Portanto, qualquer avaliação de derrotado neste momento tem a validade de um iogurte.
O que realmente importa
Um estudo da Instituição Fiscal Independente (IFI) sobre a situação das contas estaduais indica que pelo menos nove não teriam respeitado o limite de 60% da receita corrente líquida com despesas de pessoal “se a metodologia de aferição fosse a adotada pelo Tesouro Nacional”.
Olho neles
Eis a lista dos estados que ultrapassam os 60% pela metodologia do Tesouro: Paraíba, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Acre e Tocantins.
Passaram na prova
O Distrito Federal, São Paulo, Espírito Santo, Rondônia, Pará e Amapá são os únicos abaixo dos 54% da receita corrente líquida, ou seja, com uma situação mais tranquila.
O alerta de Jobim
Ao participar do XXIII Congresso Internacional de Direito Constitucional, promovido pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), o ex-ministro da Defesa e do Supremo Tribunal Federal Nelson Jobim defendeu Forças Armadas equipadas e afirmou que a incerteza no cenário internacional é grande. Lembrou, inclusive, que os Estados Unidos consideram águas internacionais até mesmo a área próxima à praia de Copacabana e “isso não é bom”.
O teste de Bolsonaro
A viagem do presidente ao Amapá será uma aferição de popularidade. Lá, ele venceu a eleição em 2018 com 50,2% dos votos e Fernando Haddad ficou com 49,8%. Ou seja, sem larga margem.
Debate desce a ladeira I/ A campanha em Recife chegou ao ponto de Marília Arraes (PT), que lidera as pesquisas, colocar Renata Campos, mãe do adversário João Campos (PSB), no meio do debate, ao dizer que a viúva do ex-governador Eduardo Campos é quem vai mandar na prefeitura se o deputado for eleito.
Debate desce a ladeira II/ No Rio de Janeiro, com Eduardo Paes (DEM) liderando Datafolha e Ibope com larga vantagem, o prefeito-candidato Marcelo Crivella ataca o governador de São Paulo, João Doria. Sinal de que está faltando argumento para arregimentar votos e apoios.
Bolsonaro, o moderado/ O presidente calibrou o discurso na live sobre a extração ilegal de madeira da Amazônia, evitando acusar diretamente os países. Melhor assim.
“Marília e João Campos são frutos da mesma árvore. Deveriam parar de brigar, definir um vice do outro e irem juntos para a urna. Ambos são Arraes”
Ex-deputado federal Paulo Delgado




