Bancada bolsonarista no Senado vai mirar em Alexandre de Moraes, em 2023

Publicado em coluna Brasília-DF

A decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, de rejeitar a petição da campanha do presidente-candidato Jair Bolsonaro (PL) sobre as inserções e, de quebra, ameaçar quem pede a investigação, vai fermentar o terceiro turno das eleições. A intenção da campanha é ir a todas as instâncias para cobrar que a Justiça Eleitoral investigue se, realmente, houve favorecimento à campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na seara do Judiciário, espera-se uma chuva de recursos.

Os militares, porém, não aceitam nada que resvale para fora das “quatro linhas da Constituição”. Ninguém quer saber de adiamento das eleições ou coisa que o valha. Daí, o fato de o presidente dizer que ganhará no domingo quem tiver mais voto na urna (ah!, e urna eletrônica). Até aqui, venceu a cautela e a atuação dentro das regras do jogo. O país e o mercado agradecem.

A linha de Lula
A campanha do ex-presidente vai aproveitar o embalo do pedido da campanha de Bolsonaro sobre as inserções para reforçar o discurso de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, prepara “maldades” contra os trabalhadores. A ordem, agora, é só falar de economia, imposto de renda e aposentados.

Te cuida, Xandão
O fato de Alexandre de Moraes ter dobrado a aposta contra o pedido da campanha de Bolsonaro, jogando o caso para dentro do inquérito das milícias digitais no STF, acirrou a nova bancada bolsonarista no Senado. Após as eleições, a pressão para fazer tramitar o impeachment do ministro vai crescer. Seja quem for o presidente eleito.

Alhos e bugalhos
No TSE, há quem diga que o documento entregue à Corte não separou o que foi divulgado em streaming (canal de rádio na internet) e na concessão, ou seja, na frequência radiofônica. Na web, não há obrigatoriedade de veiculação das inserções. Nas rádios, sim.

PG na defesa/ Paulo Guedes está rouco de tanto dizer que não irá rever direitos trabalhistas. Em Belo Horizonte, ao conversar com empresários, afirmou com todas as letras sobre o vazamento de um documento do ministério, que chegou a ser estudado, mas nunca foi levado avante: “Tem pica-pau nessa arca”.

Presença da Justiça/ A presença do ministro da Justiça, Anderson Torres, ao lado de Bolsonaro na coletiva, e o chamamento dos militares ao Planalto, foi vista como uma perspectiva de tensão institucional depois das eleições. Independentemente de quem vencer.

Cadê o respeito à democracia? / Duas mulheres, na faixa de 40 e poucos anos, caminhavam no Eixão como fazem todos os domingos. A diferença é que, no último, houve manifestação pró-Lula. Quando voltavam para casa, atravessando o eixinho, passou um carro com adesivos de Bolsonaro com duas mulheres e dois homens. O motorista reduziu a marcha e os ocupantes do veículo gritaram “petistas, maconheiras, prostitutas”. Detalhe: elas não tinham adesivos na roupa ou algo que as identificasse como eleitoras de Lula. E se fossem, não dá o direito a ninguém de desrespeitá-las. Isso tem que acabar.

Por falar em Lula…/ A entrevista de Lula à Rádio Clube FM e ao CB.Poder é hoje, às 8h. Acompanhe também nas redes do Correio. E, amanhã, sai no impresso deste mesmo Correio.

Violência de Roberto Jefferson vai reabrir a discussão sobre CACs

Publicado em coluna Brasília-DF

O caso Roberto Jefferson (PTB) reabrirá a discussão pelo aperto na fiscalização das armas dos CAC’s (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) no Congresso. Depois que Roberto Jefferson atingiu policiais que foram prendê-lo no último domingo, as associações e federações de policiais federais querem promover esse debate. A avaliação é a de que há um ponto cego entre o que deve ser fiscalizado pelo Exército e pela PF. Não dá, por exemplo, para um sujeito sob investigação e em prisão domiciliar, como era o caso de Jefferson, manter granadas em casa. A ideia é não esperar sequer a chegada de 2023.

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Falta combinar com uma parte expressiva da bancada do governo, que ampliou o acesso às armas. Porém, depois de dois policiais feridos, a bancada da bala, formada basicamente por representantes da categoria, tende a apoiar uma lei mais clara e mais rigorosa na fiscalização e punição.

O foco é a economia

Nesses últimos dias, a campanha de Lula pretende centrar o foco na economia para sair da armadilha do discurso de costumes que centralizou o debate nas primeiras semanas desse segundo turno. A avaliação é a de que, se Lula conseguir colar em Bolsonaro a imagem de que é um candidato a serviço do mercado, a fim de cortar benefícios dos trabalhadores, o petista consegue reduzir a diferença em São Paulo.

… e a coalizão
Lula tem dito a todos os interlocutores e em entrevistas, que seu governo não será uma administração do PT. Vem na linha de tentar quebrar a resistência ao partido, que, embora tenha uma legião de seguidores, também tem uma grande rejeição.

Recordar é viver
A turma de Bolsonaro continuará na linha da má gestão dos fundos de pensão, como a entrevista com aposentado exibida no horário eleitoral, o discurso das igrejas e na tecla de que Lula não foi inocentado. Apostará ainda na tese de que quem concedeu o Auxílio Brasil de R$ 600 é quem terá condições de manter esse valor.

A prova de fogo das pesquisas
Quem estuda a fundo todas as pesquisas de intenção de voto, caso da Vector Consultoria, fez um levantamento das pesquisas disponíveis em 15 estados para mostrar a seus clientes que, nessas semanas em que o debate esteve centrado na pauta de costumes, o presidente Jair Bolsonaro ampliou mais as suas intenções de voto do que Lula. Portanto, avalia a Vector, a eleição, a preços de hoje, está empatada.

Zema na área/ Quem colocou na roda o tema das aposentadorias e dos fundos de pensão das estatais foi o governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema, que está trabalhando os municípios mineiros em favor da reeleição de Bolsonaro.

Eles querem é espaço/ Parlamentares do União Brasil e do PP descartam uma fusão. Ou vão partir para uma federação, ou ficarão no bloco parlamentar. A tendência hoje é o bloco que, tradicionalmente, não tem tirado espaço de liderança dos partidos integrantes.

Por falar em federação…/ Alguns aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira, já pediram aos partidos que façam uma análise do regimento da Câmara à luz da instituição das federações partidárias. A intenção é avaliar se dá para tratar cada partido da federação isoladamente na hora de distribuir as comissões técnicas da Casa.

Cadê o Power Point?/ A entrevista de Fábio Wajngarten e do ministro Fábio Faria na porta do Alvorada para denunciar que rádios estariam colocando mais inserções para Lula do que para Bolsonaro deixou a desejar. Faltou um kit para a imprensa, com detalhes sobre as 154 mil inserções a mais que Lula teria tido neste segundo turno, gráficos e o nome das rádios que burlaram a legislação eleitoral. Não houve um material explicativo para a grave denúncia. Aliás, a porta do Alvorada também não é um comitê de campanha, né?

Campanha de Bolsonaro vai se fazer de vítima no caso da Jovem Pan

Publicado em coluna Brasília-DF

Quando o remédio é demais,  vira veneno. A censura à Jovem Pan News será usada como um ativo da campanha de Jair Bolsonaro (PL) para se colocar como uma vítima e tirar do PT de Luiz Inácio Lula da Silva o discurso de defesa da democracia. Para os próximos dias, quando o petista terá mais inserções na tevê do que o presidente por causa da concessão de direitos de resposta, a turma da campanha à reeleição focará nas redes sociais.

De quebra, alguns aliados vão acusar ministros do TSE de dois pesos e duas medidas ao permitir que os petistas chamem Bolsonaro de genocida e impedir que jornalistas e comentaristas de uma emissora de tevê se refiram à condenação de Lula no processo da Lava-Jato — condenação que foi revista mais à frente por erros processuais, cujo processo foi remetido à Justiça do Distrito Federal, onde, depois da suspeição de Sergio Moro, deveria começar do zero e terminou sepultado. O arquivamento foi feito com base em pedido da Procuradoria da República no DF, que considerou a prescrição dos crimes de que Lula era suspeito. O ex-presidente, assim, passou a não dever mais nada à Justiça.

Mas há quem diga, como reforçou o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Melo, em agosto, no Podcast do Correio, que Lula não foi inocentado. A Jovem Pan, porém, não pode comentar mais nada a respeito. E Bolsonaro tentará surfar nessa onda.

Os trabalhos de Geraldo

Enquanto Lula sai em campanha no Sudeste, Geraldo Alckmin faz reuniões com empresários. Em Porto Alegre, por exemplo, segundo relatos feitos à coluna, o candidato a vice na chapa petista foi incisivo ao dizer que se Lula for eleito não será um governo de um partido só.

O passado não recomenda
Muitos empresários gaúchos, porém, consideram que ao ser reeleita, Dilma Rousseff tinha o país dividido e não entendeu. Já na noite da eleição, em 2014, discursou como se tivesse uma ampla maioria lhe dando suporte, e não pouco mais de 50% dos votos válidos.

E o futuro é incerto
Há quem defenda que Lula, além da carta aos evangélicos, apresente uma nova carta aos brasileiros. Há empresários dizendo que, oito anos depois da reeleição de Dilma, o próprio PT deveria deixar mais claro que não tentará impor o seu projeto partidário. Só a presença de Alckmin na chapa não basta.

A disputa do bilhão
A Câmara aprovou um projeto que manda para as Santas Casas o saldo dos recursos federais repassados aos fundos de saúde e de assistência social dos estados, DF e municípios. O Senado, porém, deseja enviar essa verba às prefeituras. Mas só vão resolver depois da eleição.

Guedes na lida
Diante das especulações de estudos sobre a desvinculação entre correção do salário mínimo e inflação, o ministro da Economia, Paulo Guedes, veio a público falando de aumento real do piso e também do reajuste dos servidores. Na reta final da eleição, a hora é de promessas e de notícias que possam atrair parcelas do eleitorado.

Projeto anti-caciques/ O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) aproveita esse lusco-fusco do Parlamento antes do segundo turno para trabalhar alguns projetos. Está no forno uma proposta que tentará vincular a concessão de fundo partidário às legendas que tiverem renovação de suas direções.

Te cuida, Valdemar/ A proposta consiste em fixação de apenas uma reeleição para as comissões executivas nacionais. Há quem diga que os atuais dirigentes, como Valdemar da Costa Neto, do PL, podem até colocar um aliado no cargo, mas, pelo menos, a comissão executiva terá que ser renovada.

Falta combinar/ O projeto de Izalci ainda não foi discutido com os líderes partidários e nem com os partidos. É assunto para depois da eleição.

A escalada da tensão/ A contar pelo número de denúncias e notícias de fake news que desaguam diariamente no Tribunal Superior Eleitoral, nada
vai mudar.

A matemática dos votos define o rumo das campanhas

Publicado em coluna Brasília-DF

A turma de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez as contas e está convencida de que se o ex-presidente ampliar a diferença no Nordeste, onde cinco dos nove estados têm segundo turno para governador, dá para manter a distância que o petista abriu para Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno. A região, no caso, compensaria os votos que o presidente-candidato deve obter em São Paulo e em Minas Gerais. Daí a visita do ex-presidente ao Nordeste esta semana.

Da parte de Bolsonaro, a conta é ampliar a diferença em São Paulo, virar Minas e, de quebra, não deixar Lula ampliar muito a margem de votos que obteve no Nordeste. A fraca presença de eleitores num dos eventos do presidente, no Recife, foi lida como um alerta de que é preciso aumentar a campanha na região. Não por acaso, assim que terminar o périplo pelo Norte, a primeira-dama Michelle Bolsonaro vai engrossar o coro pró-Bolsonaro entre os nordestinos.

Sem detalhes

Até aqui, a equipe de Lula não disse o que fará a respeito do processo de privatização do Porto de Santos, tampouco tratou dos limites de investimentos. O setor é crucial para promover as exportações brasileiras e está indócil com a ausência de uma sinalização sobre o futuro.

Linhas gerais
A intenção do PT, porém, é rever o processo. Assim, ganhará tempo para decidir o que fazer, uma vez que não há consenso na equipe sobre as propostas. Há quem diga que Lula abriu tanto o leque de economistas que o apoia que a disputa pelo modelo será grande.

Lula por Paulo
Enquanto o Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmava o afastamento do governador de Alagoas, Paulo Dantas, ele dizia ao lado de Lula, num comício em Maceió, que aquele era um “dia de festa”. Nem o governador e nem o senador Renan Calheiros citaram que Dantas estava afastado do governo.

Janja só por Lula
A mulher de Lula, Janja, discursou e se esqueceu de pedir votos para Paulo Dantas. O petista, na hora, pediu que ela falasse, mas o locutor já chamava o próximo orador. Paulo, com ares de “tudo bem”, abraçou Janja, que prontamente pediu desculpas ao governador afastado.

Uso geral I/ A ida de presidenciáveis a Aparecida não é novidade. Em 2010, a ex-presidente Dilma Rousseff foi pela primeira vez ao santuário de Nossa Senhora Aparecida. E classificou as críticas à visita como um “preconceito” à sua religiosidade.

Uso geral II/ No mesmo ano, José Serra, que nunca foi muito de frequentar o local, também compareceu à basílica, acompanhado do então governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin. Alckmin frequenta Aparecida todos os anos.

Uso geral III/ Serra foi recebido na basílica com tapete vermelho. Teve ali seu melhor acolhimento naquele segundo turno, ciceroneado por Alckmin, que prometeu pegar a estrada contra Dilma, a seu favor.

Uso geral IV/ À época, a mulher de Serra, Mônica, foi chamada ao altar para receber uma imagem de Nossa Senhora Aparecida a ser entregue aos mineiros que ficaram presos em uma mina no Chile.

Bolsonaristas avaliam mapa de votação e concluem: PT não está tão bem assim no Nordeste

Publicado em coluna Brasília-DF, ELEIÇÕES 2022

Coluna Brasília-DF, por Denise Rothenburg

Os bolsonaristas passaram o fim de semana debruçados sobre os mapas de votação no Nordeste, região em que o presidente Jair Bolsonaro tenta tirar a diferença para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao perceber que, em três estados da região, o PT fez apenas um deputado federal em cada, os aliados de Bolsonaro concluíram que, mesmo entre os nordestinos, o Partido dos Trabalhadores não está tão bem assim. A avaliação é de que, se conseguirem colar Lula ao PT, com a memória de mensalão e petrolão, Bolsonaro terá uma chance de reduzir a diferença. Essa estratégia será posta em prática nos próximos dias, pelos aliados do presidente em várias cidades da região.

Os petistas também estão cientes das dificuldades do PT. Tanto é que o ex-presidente Lula tem se colocado como uma espécie de “seguro democracia”, e tenta levar uma campanha nos moldes da antiga mobilização pelas Diretas Já. O eleitor, no dia 30, dirá qual a campanha deu mais resultado.

Campanha dois em um

A campanha para o governo de São Paulo vai “nacionalizar”. É que, em vez de tratar dos assuntos estaduais, o candidato do PT, Fernando Haddad, está sendo aconselhado a bater no presidente Jair Bolsonaro, sem dó. E, assim, tentar alavancar Lula.

Dois por dois

Os petistas acreditam que a campanha paulista já está nacionalizada e não dá para Haddad querer fazer sua caminhada neste segundo turno tratando apenas dos temas locais. E, ao bater em Bolsonaro, pode inclusive tirar votos do candidato a governador, o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Se for para escolher…

Entre o governo de São Paulo e a Presidência da República, a prioridade do PT é o Palácio do Planalto.

Pesquisas na mira

O Congresso não pretende esperar terminar este segundo turno das eleições para dar aquela chamada nos institutos de pesquisa. A impressão de muitos parlamentares é a de que, se houver um recado claro ainda esta semana, muitos podem voltar das bases nos próximos dias.

Elas por ele I

A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, a deputada Celina Leão (PP-DF), vice-governadora eleita do Distrito Federal, e a senadora eleita Damares Alves foram a Belém do Pará, num encontro de “Mulheres por Bolsonaro”.

Elas por ele II

Marqueteiros e especialistas em campanha eleitoral acreditam que a primeira-dama é quem mais ajuda o presidente na busca de votos. É carismática, simpática e consegue se comunicar com simplicidade. No discurso, Michelle reforçou a promessa de mais projetos aprovados em defesa das mulheres e convocou todas a buscarem votos por seu marido.

Férias providenciais

O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, tirou uns dias de descanso neste segundo turno. É o tempo para refletir baixar a poeira do partido, a cada dia mais dividido em São Paulo.

Futuro duvidoso

O governador apoiou Jair Bolsonaro e os cardeiais do tucanato ficaram com Lula. Agora, depois de Fernando Henrique Cardoso, foi a vez de José Aníbal se reunir com o ex-presidente, ao lado de Pimenta da Veiga, ex-presidente nacional do PSDB. Não haverá espaço, tudo indica, para que todos os segmentos permaneçam no ninho tucano depois das eleições.

Não caia nessa!

Os golpistas não se emendam. Tem um número de telefone no WhatsApp tentando se passar por mim, dizendo que o meu aparelho de telefone quebrou, molhou e lá vai. Aí, passam-se mais alguns minutos, o/a golpista manda um pedido de dinheiro para pagar uma conta. Não pedi dinheiro a ninguém e meu número de telefone não mudou. Essas redes sociais deveriam encontrar meios de proteger mais seus usuários.

Apoios de Zema e Garcia a Bolsonaro preocupam o PT

Publicado em coluna Brasília-DF

Nada preocupa mais o PT hoje do que dois movimentos feitos em direção a Jair Bolsonaro: O primeiro foi o do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que planeja fazer campanha em favor de Jair Bolsonaro e virar o jogo para a reeleição do presidente da República. O outro é o do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, que declarou apoio a Bolsonaro. Garcia, porém, não tinha saída. Era aderir a Bolsonaro ou correr o risco de ficar sozinho, vendo seus prefeitos irem para o palanque do antipetismo. Bolsonaro já havia recebido o apoio de Cláudio Castro (PL) e, agora, tem os três governadores do Sudeste.

Esses apoios têm tudo para ampliar o percentual de votos de Jair Bolsonaro. Resta saber, porém, se serão suficientes para dar ao presidente Jair Bolsonaro o caminhão de votos necessários para superar Lula. Os petistas acreditam que não ultrapassará, mas, em Minas, há quem esteja com receio de que o apoio de Zema termine por tirar votos obtidos pelo ex-presidente no primeiro turno. Quanto a São Paulo, os petistas avaliam que será difícil a ampliação dos votos. É que, até agora, aqueles que declararam apoio a Lula não prometem arregaçar as mangas neste segundo turno. Haja visto o vídeo de Ciro Gomes, que cita apenas seguir a “decisão do PDT”, sem anunciar qual foi e muito menos o nome do candidato. Não por acaso, nos últimos dias, já tem muita gente fazendo piada, referindo-se ao vídeo de Ciro como apenas um sorriso enigmático para Lula. Tal e qual o da Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, muito bem instalada no Louvre, em Paris.

Sobrou para a turma de Haddad

Na reunião do PT em que os celulares tiveram que ficar de fora houve críticas à campanha de Fernando Haddad, por ter deixado o adversário Tarcísio de Freitas correr praticamente solto em São Paulo ao longo do primeiro turno. Ele andou tanto que, agora, muita gente considera que será difícil tirar a diferença.

O Cidadania apoia, mas…
O partido de Roberto Freire e Cristovam Buarque anunciou o apoio a Lula
, mas esse suporte não é unânime. “Todos os parlamentares eleitos foram contra esse apoio. Bolsonaro não é o que me representa, mas (entre ele e Lula), prefiro alguém que defende a família”, diz a deputada federal Paula Belmonte (Cidadania-DF), eleita para a Câmara Legislativa do DF, ao anunciar que não votará no ex-presidente.

Se for compensação…
Dos candidatos que se apresentaram para a vaga da Câmara dos Deputados ao Tribunal de Contas da União (TCU) o único que não se reelegeu foi o deputado Fábio Ramalho (MDB-MG). A aposta é a de que ele tem condições de obter os votos do colegas. A escolha deverá ser feita ainda este ano.

Só tem um probleminha
O presidente da Câmara, Arthur Lira, prometeu o cargo para várias pessoas. Vai esperar a volta dos parlamentares ao Congresso, o que ainda não ocorreu, para marcar a votação. A bancada feminina vai pleitear a vaga para Soraya Santos (PL-RJ). Os evangélicos preferem Jhonatas de Jesus (Republicanos-RR). Os dois foram reeleitos.

Antes de Damares/ Na fila para Presidência da Câmara, a bancada do agro planeja apostar na senadora eleita Tereza Cristina (PP-MS) e não Damares Alves (Republicanos-DF) Falta combinar com o União Brasil, que tem Davi Alcolumbre louco para voltar ao comando da Casa. E Renan Calheiros, que é citado para o cargo, caso Lula seja eleito presidente.

Veja bem/ A candidatura de Tereza, porém, corre o risco de não emplacar, porque o PP quer priorizar a reeleição de Arthur Lira na Câmara. O mesmo partido nas duas Casas, com o PL sendo a maior bancada, não dá.

A força de Michelle/ Estudiosa dos movimentos eleitorais desde 1989, a diretora de pesquisas qualitativas do instituto Opinião, Patrícia Reis, alerta para a frase de Jair Bolsonaro, “manda quem pode e obedece quem tem esposa”, como o fator principal que resume o papel da primeira-dama Michelle Bolsonaro neste segundo turno: “Ela é muito benquista. Nesta terra tupiniquim, conseguimos o impensável, que é ter uma Michelle Obama casada com um Trump. Ou, no dizer das entrevistadas nos grupos de pesquisa, o enredo da Bela e a Fera. A frase dele é a ressonância perfeita para o arquétipo em formação, o desejo latente que, depois de tanto esforço, a Bela consiga transformar a Fera em príncipe. Mas, mesmo que não consiga, o recado mais importante foi dado: A Fera tem quem mande nela”.

Xô, Satanás!/ As campanhas de Jair Bolsonaro e de Lula apelaram na busca de votos do eleitorado religioso. Numa das peças, a senadora eleita Damares Alves é citada como alguém que fez um pacto com o coisa ruim para reeleger o presidente. Noutra, que rendeu uma ação do PT no Tribunal Superior Eleitoral, são citados posts que se referem a um satanista fazendo campanha para Lula. Santo Deus, nos livrai desse tipo de campanha baixa, vulgar e sem propostas construtivas para o país. Amém!

 

Apoio do PSDB e do MDB a Lula não é fácil

Publicado em coluna Brasília-DF

O Cidadania e o PDT vão apoiar Lula, mas o MDB de Simone Tebet e o PSDB têm dificuldades em seguir nesse caminho sem rusgas. Os tucanos precisam de Luiz Inácio Lula da Silva e seus aliados para alavancar Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul, e Eduardo Riedel, no Mato Grosso do Sul. Mas querem os bolsonaristas para enfrentar os aliados de Lula na Paraíba e em Pernambuco, estado do presidente do PSDB, Bruno Araújo.

Nesse sentido, o PSDB não deve seguir em bloco no apoio ao PT e já vê seus filiados divididos. Em São Paulo, onde os tucanos perderam o governo do estado, os prefeitos do interior já seguiram para a candidatura de Jair Bolsonaro (PL). O senador Tasso Jereissati (CE) apoiou Lula. Com tantos problemas e divisões internas, os tucanos — que abriram a disputa eleitoral com uma prévia para escolher o candidato ao Planalto — terminam divididos, sem cara e sem personalidade, rumo à liberação de seus integrantes no segundo turno.

Seguro morreu de velho

Juntos, os partidos do Centrão terão poder para dar e vender a partir de 2023, com mais de 250 votos na Câmara. Só tem um probleminha: até acertar os espaços, ninguém confia em ninguém. Para fazer frente ao crescimento do PL, por exemplo, o PP pretende se unir ao União Brasil para garantir a presidência da Câmara para Arthur Lira (AL) e tentar emplacar Davi Alcolumbre (AP) no Senado.

Sobrou
Nesse acordo, quem deve “sobrar” é o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Seu partido apoiou Lula em Minas e, ao que tudo indica, não há muito espaço para recandidatura. Isso porque, se o petista vencer, o MDB vai novamente tentar retomar o poder de comando no Senado.

As montanhas de Minas I
As primeiras declarações do governador reeleito Romeu Zema deixaram os políticos de Minas Gerais com a sensação de que Bolsonaro tem condições de virar o jogo no estado. Em 2014, Dilma Rousseff chegou na frente no primeiro turno e ampliou a vantagem sobre Aécio Neves depois de o PT eleger Fernando Pimentel governador no primeiro turno.

As montanhas de Minas II
Dessa vez, os petistas não terão por lá um governador para chamar de seu, capaz de alavancar a candidatura presidencial. E para completar, ainda tiveram Zema dizendo que sua missão neste segundo turno será combater o PT. Ele mobilizará os prefeitos, de forma a garantir o apoio dos deputados estaduais e federais eleitos pelo PL.

“Por ora, descanso”/ Antes de vir a Brasília fazer um reconhecimento de área do Senado e da Câmara, o senador eleito Sergio Moro (União Brasil-PR) e a deputada eleita Rosângela Moro (UB-SP) vão tirar uns dias de férias. Mas Moro já falou por telefone com Bolsonaro e ensaiam uma aproximação. Até ontem, não havia sido acionado para fazer campanha por ACM Neto (UB), na Bahia, ou Tarcísio de Freitas, seu antigo colega de ministério.

Agro paulista apoia Bolsonaro/ O Sistema de Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo e o Serviço de Aprendizagem Rural (Faesp/SEnar-SP) anunciou o apoio à reeleição de Bolsonaro, com alfinetadas em Lula. “O presidente sempre demonstrou entender nosso papel da garantia da segurança alimentar e a geração de emprego e renda, por meio de uma produção reconhecidamente sustentável. E o mais importante, diferentemente de seu concorrente, ele faz na prática o que diz em seu discurso, honrando seu comprometimento com o agro”, afirma a Faesp, em nota.

E vai mais além/ “Como produtores e trabalhadores rurais, não queremos viver no sobressalto da insegurança jurídica. Só o diálogo e o respeito mútuo colocarão a nação no rumo certo”, diz o texto assinado por Fábio Meirelles, presidente do Sistema Faesp/Senar-SP.

Patrícia Pillar apoia Lula/ Com Ciro Gomes fora do segundo turno, a atriz anunciou que votará em Lula no segundo turno.

E o Doria, hein?/ O ex-governador João Doria avisa que votará nulo para presidente da República neste segundo turno: “Minha posição é de neutralidade. Não voto nem no PT do Lula, nem no PL de Jair Bolsonaro”, afirmou à coluna.

Pregação do voto útil pode ser desrespeitosa

Publicado em coluna Brasília-DF

Uma olhada no resultado da eleição de 2018 indica que uma parcela do eleitorado já optou pelo voto útil antes mesmo de o PT entrar nesta campanha. A conclusão é da consultoria Vector, que comparou os 12,5% que Ciro Gomes (PDT) obteve na urna, naquele ano, e o total de hoje nas pesquisas (entre 6% e 8%). À direita, a percepção é idêntica em relação ao presidente Jair Bolsonaro (PL), uma vez que João Amoedo (Novo) obteve 2,5% dos votos e, hoje, Felipe D’Ávila tem 1%.

Os analistas da Vector alertam, ainda, que a pregação de voto útil agora corre o risco de atingir o eleitor cirista mais fiel. Esse universo pode acabar rejeitando Lula, uma vez que se trata do eleitorado mais fiel ao pedetista, que pode achar desrespeitosa essa pressão do PT.

Decreto das armas, próximo capítulo

Passadas as eleições, o governo vai investir contra a decisão do STF de limitar o decreto sobre armas e quantidade de munição que pode ser comprada mensalmente. “É privativo do Legislativo questionar decreto”, disse Bolsonaro em entrevista à Rede Vida, que foi ao ar ontem à noite. Ele avisou: “Depois das eleições, a gente resolve essa parada aí”.

O motivo da dúvida
No QG de Bolsonaro, a desconfiança permanece alta em relação às pesquisas. Isso porque, em 20 de setembro de 2018, o Datafolha apresentava o então candidato do antigo PSL com 28% das intenções de voto. Quando as urnas foram abertas, ele apresentou 46,03%. Agora, o Datafolha apresenta 33% para o presidente contra 45% de Lula.

Efeito Zema
Nos comandos de campanha de Simone Tebet (MDB) e Ciro, há a esperança de que a eleição, na semana que vem, para presidente da República, repita o que houve em Minas Gerais no pleito de 2018: Antonio Anastasia (PSDB) e Fernando Pimentel (PT) se atacaram tanto que o eleitor migrou para a “novidade” Romeu Zema.

Enquanto isso, no QG de Lula…
As apostas são de que a vitória no primeiro turno não pode ser descartada. Afinal, o ex-presidente conseguiu tirar de cena dois de seus antigos adversários na última eleição: Geraldo Alckmin, que virou vice, e Marina Silva, candidata a deputada federal por São Paulo.

Drogas na campanha I/ O discurso do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, na ONU, no qual defendeu que os países latino-americanos se unam para acabar com a guerra às drogas, vai ecoar nesses últimos dias de caça aos votos no Brasil.

Drogas na campanha II/ A ideia é dizer que Petro, por vias indiretas, defendeu que não se combata mais produção da cocaína, um negócio lucrativo na Colômbia. E nesse embalo, associar o PT de Lula ao presidente colombiano, que é de esquerda.

Os democráticos/ Enquanto Lula já avisou que não irá ao debate do SBT, neste sábado, Bolsonaro comunicou que irá a todos os encontros entre os candidatos. Além da defesa de seu governo, quer aproveitar para tentar se mostrar mais democrático do que quem falta a esses eventos.

“Toquei mesmo”/ Perguntado por um amigo por que tocou no rei Charles III, e se o cerimonial não orientou para que não o fizesse, Bolsonaro foi direto: “Ah, ele não tem muita frescura e é pavio curto”.

Congressistas não querem abrir mão das emendas de relator para o piso da enfermagem

Publicado em coluna Brasília-DF

Resistentes a tirar recursos das emendas de relator para pagar o novo piso da enfermagem, alguns senadores chegam hoje para a reunião com presidente em exercício, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), certos de que não há meios de conceder ainda este ano o valor previsto. Ainda que estejam dispostos a votar projetos que garantam esse pagamento no ano que vem, 2022 já era. O argumento principal é o de que as emendas já estão em grande parte empenhadas. Mas o fato é que, em ano eleitoral, ninguém quer anular o que já se comprometeu.

Para completar, eles querem é levar mais recursos para a saúde e não tirar o pagamento de enfermeiros do bolo de R$ 10 bilhões dessa área que os políticos indicam para as suas bases eleitorais.

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Moral da história: a dificuldade em tirar recursos de emendas de relator para o piso da enfermagem mostra o tamanho da encrenca que vem por aí, caso Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja eleito e tente acabar com esse recurso dos parlamentares. Se os congressistas não querem abrir mão desse dinheiro a fim de custear os novos valores para a categoria da saúde, imagine deixar recursos para o Poder Executivo dizer onde aplicar.

Morde-assopra

Ao dizer que a perspectiva de Lula colocar alguém liberal no Ministério da Fazenda é zero, o ex-ministro Luiz Dulci assustou o mercado. A presença do ex-presidente do Banco Central no governo petista, Henrique Meirelles, no encontro com os ex-candidatos a presidente simpáticos ao PT ajudou a amenizar a fala de Dulci. A economia de Lula ainda é uma incógnita.

A pressão de Lula
Os petistas ampliam a pressão sobre os partidos. Nos bastidores, eles têm feito pontes com dirigentes e líderes partidários em busca de movimento para vencer no primeiro turno. O próprio Lula, no encontro com os ex-presidenciáveis, foi direto: “Eu sempre quis vencer no primeiro turno, mas não deixaram”.

Enquanto isso, em Londres e Nova York…
A passagem de Jair Bolsonaro (PL) pela Inglaterra para os funerais da rainha Elizabeth II poderia ter sido menos tumultuada, avaliam aliados do presidente. O discurso de hoje, na abertura da ONU, esperam alguns ministros, poderá compensar. Quanto ao embate entre apoiadores e adversários, em Londres, o problema, dizem alguns, é de quem fez algazarra. E, nesse caso, afirmam, não dá para responsabilizar Bolsonaro.

Oposição no Planalto/ O fato de Rodrigo Pacheco estar no exercício da Presidência da República levará o PT para o Planalto hoje. É que o presidente do Senado reunirá seus pares para debater o que precisa ser feito para garantir o pagamento do novo piso da enfermagem.

Ela faltou/ A ex-candidata a presidente Heloísa Helena (Rede) recusou o convite para o encontro com Lula. Ela está cuidando da própria campanha para deputada federal, no Rio de Janeiro.

O clube dos sem voto/ É assim que os aliados de Ciro Gomes se referem aos pedetistas que lideram o movimento para que o partido apoie Lula no primeiro turno.

Regina na campanha/ Em suas redes sociais, a atriz Regina Duarte tem pregado o voto em “senadores de Bolsonaro” e diz que “para limpar o STF é preciso primeiro limpar o Senado”. Ao listar os nomes dos candidatos, ela incluiu apenas Damares Alves (Republicanos), no DF, sem mencionar a ex-ministra Flávia Arruda (PL).

Zema repete 2018 e retoma a artilharia contra o PT em Minas

Publicado em coluna Brasília-DF

Coluna Brasília/DF, por Denise Rothenburg

Disposto a vencer no primeiro turno, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), retomou a estratégia de 2018 — de bater no PT, aliado do ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD), principal adversário ao governo estadual. Para os bolsonaristas, essa estratégia de Zema ajudará o presidente da República. Minas, aliás, é considerado um estado fundamental para todos os candidatos. Tanto é que, ali, há uma pressão dos petistas para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vá ao estado mais vezes ainda neste primeiro turno.

 

Por falar em pressão…

Da mesma forma que os mineiros querem Lula mais presente, de forma a tentar conquistar os indecisos, os petistas paulistas pregam mais andanças do ex-presidente pelo estado. O receio deles é que se deixar São Paulo para Geraldo Alckmin nessa reta final, os militantes podem perder espaço nas eleições proporcionais — e quem vai subir é o PSB, não o PT. Isso se Alckmin não terminar ajudando algum tucano, uma vez que o ex-governador ainda é muito identificado com o PSDB.

 

Paciência esgotada

Alguns institutos de pesquisa estão com problemas para conseguir realizar suas consultas. É que o eleitor está cansado de ter que responder todas as semanas aos levantamentos das mais diversas empresas. E para os próximos 15 dias, vai ficar pior.

 

Discrição é a palavra

 

As qualitativas de diversas campanhas detectaram que, hoje, o eleitor está mais quieto do que de costume. E num cenário assim, o 2 de outubro ficará muito mais difícil de captar.

 

Sem retorno

O interesse de uma parcela do PDT em apoiar Lula levou Ciro Gomes a aumentar o tom contra o candidato do PT. A cada dia ele amplia o fosso que o separa do ex-presidente. Se não estiver no segundo turno, o candidato do pedetista dificilmente apoiará um dos finalistas abertamente.

 

Desgaste à vista

Tão logo soube da reportagem do jornal O Estado de S.Paulo com os cortes no programa Farmácia Popular, o governo e a campanha de Bolsonaro se mobilizaram para tentar reverter a redução no Orçamento desse setor. Nas demais campanhas, estão todos prontos para adotar dois discursos: o primeiro é dizer que o governo não se preocupa com as pessoas e o segundo é colocar a culpa no Congresso, caso o valor de R$ 2 bilhões não seja recomposto.

 

Heleno em campanha

Não é só a turma de Lula que entra de cabeça na campanha pelo voto útil. Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), postou em suas redes sociais pedidos de voto útil para Bolsonaro. E escreveu com todas as letras que Ciro e Simone Tebet (MDB) não irão para o segundo turno. Afirma, ainda, que “votar neles é ajudar Lula”.

 

Sinais trocados, mesmo discurso

A campanha de Heleno não difere em quase nada daquela que o PT faz em seus grupos de WhatsApp em prol do voto útil. Os petistas têm dito que voto em Ciro ou Simone ajuda Bolsonaro.

 

Enquanto isso, no Senado…

Hoje tem sessão especial do Senado para homenagear a “constelação familiar”, conforme pedido do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), aprovado no final de agosto. Em tempos de tanta polarização e violência eleitoral, será também a oportunidade de refletir sobre a constelação política.

 

Santinhos trocados

O desembargador aposentado Carlos Rodrigues, que concorre ao Senado pelo PSD, informa que sua “colinha” eleitoral sem o nome do candidato ao GDF pelo PSD, Paulo Octávio, foi “um erro da produção vinculada ao comitê”. Depois que a coluna publicou, ele disse que o novo material, com o nome e número do candidato ao governo, e de quebra o do candidato a deputado federal André Kubitschek, foi impresso no mesmo dia.