Senado deve “fatiar” PEC do Orçamento da Guerra

Publicado em Congresso, Covid-19

Em duvida sobre o cheque em branco para o Banco Central, os senadores planejam aprovar já apenas a parte da emenda constitucional que trata do Orçamento da Guerra, ou seja, a que permite a ampliação de gastos em desprezo à chamada regra de ouro. As modificações no que tange às ações do Banco Central para colocar dinheiro no mercado e a parte de compra de títulos privados, que não fazem parte das ações de politica monetária, devem voltar à Câmara, uma vez que os senadores planejam não conceder imunidade a diretores do Banco Central.

“O Banco Central quer um cheque em branco para colocar dinheiro no mercado. Entendemos a preocupação e proteger os pequenos e médios, mas comprar debêntures que não são nem A, nem B, sem transparência e sem segurança, é preciso cuidado. A parte de títulos privados não está na politica monetária e, ao que nos foi informado, incluirá aí dinheiro do Tesouro. É preciso cuidado. Será publicado? Será por grupos ou total? O Senado está fazendo o papel dele, de tirar o excessos e jogar luz sobre as propostas”, diz ao blog a presidente da Comissão e Constituição e Justiça do Senado, Simone Tebet (MDB-MS), que manifesta preocupação com essas operações.

Ela considera positivo votar na quarta-feira. “É melhor ganhar tempo construindo um texto de consenso. A parte do Orçamento poderá ser promulgada sem problemas, a parte do Banco Central, que é a mais polêmica, deve voltar para a Câmara”. afirma. A senadora também manifesta preocupação quanto à aprovação de PECs por votações virtuais e pouco debate.”Que essa seja filha única de mãe solteira. Afinal, a garantia que se tem em tempos de calamidades é a Constituição”, afirma.