Bolsonaro base política
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Militares querem que Bolsonaro faça as pazes com o Congresso

Publicado em coluna Brasília-DF
Coluna Brasília-DF

Em conversas reservadas, militares têm dito que caberá ao presidente Jair Bolsonaro buscar os políticos e arrefecer os ânimos em torno da manifestação convocada para 15 de março. Afinal, os problemas decorrentes do coronavírus, seus reflexos na economia, indicam que a tensão já estará alta demais para que a política venha a balançar ainda mais a árvore chamada Brasil.

Alguns militares de alta patente e próximos ao presidente consideram, inclusive, que o melhor para Bolsonaro seria resolver as questões do Orçamento na base da conversa e não levando seu pessoal às ruas em manifestações contra as instituições. Que saiam às ruas, mas em apoio ao presidente e não contra as instituições.

Hoje, no próprio Congresso, tem crescido o entendimento de que não dá para o relator da proposta orçamentária ter o poder de decidir a destinação de quase R$ 30 bilhões e que as emendas impositivas já estão de bom tamanho. Porém, se o presidente insuflar manifestações contra o parlamento, esse apoio, em vez de crescer, pode minguar. O momento é de muito calma nessa hora.

O papa está chamando

O papa Francisco convocou dois mil economistas, a maioria até 35 anos e de várias partes do mundo, para discutir um projeto econômico capaz de reduzir as desigualdades sociais. No convite aos profissionais para um encontro em Assis, no fim de março, ele diz que “não há razão para haver tanta miséria”. “Precisamos construir caminhos.”

Tutti buona genti

Entre os convidados especiais, o indiano Amartya Sen, 86 anos, ganhador do prêmio Nobel em 1998 e um dos criadores do IDH, e Jeffrey Sachs, 65, autor de O Fim da Pobreza. Dos jovens brasileiros, um dos convidados é Henrique Delgado, doutorando na Universidade de Denver, nos Estados Unidos.

Paz, porém…

… não com todos. O presidente Bolsonaro tem dito a seus aliados que não quer briga com os governadores de um modo geral. A principal exceção dessa lista é Wilson Witzel, do Rio de Janeiro, onde o presidente faz política.

Versões

O chefe do Executivo recebe hoje de manhã, em audiências separadas, os ministros da Defesa, Fernando Azevedo, e, logo depois, o ministro da Justiça, Sérgio Moro. Ambos foram a Fortaleza conferir a paralisação dos policiais e tentar acabar com a greve. Ele quer ouvir o que cada um tem a dizer sem que combinem as impressões sobre o conflito.

Presidente na lida/ Bolsonaro avalia apoiar alguns candidatos a governos municipais, ainda que o Aliança pelo Brasil não tenha saído do papel. É coisa para a partir de julho, quando a campanha começar a esquentar.

Agora, vai!/ Brasileiro faz piada com tudo. Ontem, um gaiato num restaurante de Brasília falava alto. “Quem vai conseguir que a turma não gaste dinheiro no exterior é o ministro da Saúde (Luiz Henrique Mandetta). E só precisou citar um vírus”. É, pois é.

Novo escritor na área/ Felipe Dantas, um jovem brasiliense de 14 anos, lança, neste sábado, seu primeiro livro, A Vila dos Magos, com sessão de autógrafos na Leitura do Terraço Shopping, a partir das 16h.

Novo escritor na área II/ Desde pequeno, Felipe sempre dizia que sua profissão seria “escritor de livro grosso”. O primeiro chega às livrarias com 204 páginas e conta a história de quatro amigos que caem numa cilada ao entrar numa casa velha, embarcando num mundo mágico. Brasília chega aos 60 anos com seus jovens filhos em franca produção. Que venham outros!