Além de dizer que vai lutar até o fim pela posse da deputada Cristiane Brasil no Ministério do Trabalho, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, falou ao CB.Poder sobre outros temas, de reforma previdenciária a cenários para 2018. De antemão, ele avisa: “Não dá para o Meirelles fazer a reforma da Previdência pensando em ser candidato. Ele não tem o charme de Fernando Henrique Cardoso e, portanto, está longe de repetir o que o Fernando Henrique fez em 1994”, diz. Jefferson considera que o melhor nome do centro da politica é o do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que trem experiência administrativa. “É disso que o país precisa”, comenta, descartando todos os demais postulantes.
Jefferson, porém, avisa que não deixará de votar a reforma por causa do desfile pré-eleitoral do ministro. Apenas considera que Meirelles não deve ser candidato, porque precisa cuidar da economia. O petebista aposta inclusive que o comandante do PSD, Gilberto Kassab, não apoiará a candidatura de Meirelles por causa dos interesses que tem em São Paulo. “Ele não vai contar com o Kassab”, diz, com uma segurança de quem sabe exatamente a posição da cúpula do PSD sobre uma candidatura do ministro.
Quanto à filha Cristiane, Jefferson saiu do estúdio direto para a sede do PTB, onde trabalharia com os advogados em duas frentes: Uma no Rio de Janeiro, no sentido de derrubar por lá mesmo a liminar que impede a posse da ministra e, ainda no Supremo Tribunal Federal. A ideia é entrar com uma reclamação direta ao STF, uma vez que a nomeação e posse de qualquer ministro é privativa do presidente da República. Perguntado se o caso de sua filha poderia ser comparado ao de Lula em 2016, quando o petista nomeado ministro da Casa Civil de Dilma, Jefferson foi direto: “Achei uma injustiça não deixar o Lula assumir. Se a Dilma nomeou =, ele deveria ter assumido. É tarefa privativa do presidente da República”, disse. É essa a tese que o PTB pretende levar ao STF ainda hoje. Essa novela da posse ainda terá vários capítulos.