A depender do humor de deputados e senadores, o governo terá dificuldades em conseguir o quorum para aprovação do projeto de suplementação orçamentária de R$ 1,3 bilhão para pagamento da dívida de Venezuela e Moçambique junto ao BNDES e bancos privados. O Brasil precisa efetuar esse pagamento até 8 de maio, uma vez que foi avalista dos empréstimos ao longo dos governos Lula e Dilma. E foi para tratar desse tema que o presidente Michel Temer reuniu hoje os líderes aliados no Palácio do Planalto.
Nos bastidores, há quem diga que o PT terá que ajudar a dar quórum-ara votar essa suplementação. Afinal, foi graças à ação do ex-presidente Lula que o país se vê obrigado a arcar com essa dívida.
A tendência, porém, é a de que não haja número suficiente de parlamentares para votar esse tema, na semana do feriado de 1 de maio. Os atuais governistas não se sentem responsáveis porque muitos eram oposição quando Lula decidiu ser avalista dos empréstimos. E os petistas consideram um problema do governo e estão ávidos para ver Michel Temer cometer algum desatino orçamentário para enquadrá-lo em “pedaladas fiscais”, da mesma forma que os aliados do atual governo enquadraram a então presidente Dilma Rousseff, levando-a ao impeachment.