Falta de aviões dificulta operações de emergência

Publicado em Covid-19, Governo Bolsonaro

Em fevereiro deste ano, a coluna Brasília DF trouxe com exclusividade a notícia de que o governo brasileiro demorou a fazer o resgate dos brasileiros em Wuhan, porque não tinha um avião de grande porte da Força Aérea disponível para a operação, nem Airbus, nem Boeing. A licitação de leasing está suspensa por ordem do Tribunal de Contas da União (TCU), que apura se houve irregularidades na operação. Enquanto a pendência não for resolvida, o país está sem uma aeronave destinada a resgate de brasileiros em situação de risco, como no caso do coronavírus. Num país deste tamanho, a situação é um fiasco aéreo.

Para quem não acompanhou, vale lembrar: Em 2019, a Comissão Aeronáutica Brasileira em Washington (CABW) do Comando da Aeronáutica cancelou uma licitação de US$ 30 milhões, do Grupamento de Apoio Logístico do Comando da Aeronáutica (GAL), feita ainda no governo Michel Temer, para a compra de um Boeing, vencida pelo consórcio Cloud Aria. Depois, abriu outra licitação para leasing do mesmo tipo de aeronave. Resultado, a Aria foi ao TCU e pediu que se abrisse uma investigação, alegando ato antieconômico, porque o leasing estava mais caro do que a compra do avião em US$ 10 milhões. O processo ainda está em fase de análise.

A aeronave que teve a compra cancelada pelo governo sem maiores explicações fez falta lá atrás, conforme registrou a coluna. E faz falta agora para o transporte de pacientes em Manaus.