Coluna Brasília-DF
Líderes dos partidos do Centrão fizeram uma reunião, na semana passada, a fim de elencar os cargos passíveis de pedidos ao governo federal. A ideia de fazer uma lista conjunta foi para distribuir as solicitações, de forma a evitar disputas entre eles, que possam enfraquecer a força do grupo na hora de mostrar serviço ao Planalto.
De quebra, ainda selaram um compromisso de não se deixar manipular pelo ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, que revelou em recente entrevista à revista Veja que fazia testes com os políticos, exonerando apadrinhados, apenas para que o “padrinho” o procurasse reclamando. Os partidos não gostaram do tratamento e, até hoje, há muitos chateados com a fama de fisiológico.
Em tempo: a pacificação, porém, ainda não inclui a corrida pela Presidência da Câmara. Nessa seara, até o momento, vale o cada um por si.
As férias de Weintraub
O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub terá que sair dos Estados Unidos a fim de obter o visto que lhe permita trabalhar no Banco Mundial. Mas não precisará voltar ao Brasil. Basta providenciar a papelada em qualquer embaixada americana no mundo afora.
Saneamento em debate I
Os líderes do governo passam o fim de semana contando votos para tentar aprovar, nos próximos dias, o novo marco regulatório do saneamento. No momento, não há consenso. Uma parte dos congressistas deseja adiar a votação porque, nesse momento de retração econômica global, há o risco de venda abaixo do valor.
Saneamento em debate II
Porém, o argumento dos governistas é forte, uma vez que, se aprovado hoje, ainda vai demorar muito tempo para o governo poder realizar as concessões. E o Brasil tem pressa m resolver esse problema que se arrasta há anos.
A culpa…/ Bolsonaristas passaram a disseminar, ontem, no WhatsApp, que, se “rachadinha” (desvio de salário de servidores) é crime, o estatuto do PT é criminoso, porque obriga os filiados a destinarem uma parte do salário ao partido.
…dos outros/ Também circulou em vários grupos a lista daqueles deputados estaduais que tiveram os gabinetes na Alerj acusados de desvio de recursos dos servidores. Entre eles, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, André Ceciliano (PT), e o ambientalista Carlos Minc (PSB).
Visão do aliado/ O senador Major Olímpio (PSL-SP) saiu-se com esta no Twitter: “Que a vaca já foi para o brejo é certeza. Agora, falta saber a distância do brejo e a velocidade da vaca”.
Porta da esperança/ Além do setor agropecuário, é na área de infraestrutura que o presidente Jair Bolsonaro espera ter condições de recuperar prestígio e votos. Dali, virão a retomada e ampliação da malha ferroviária, além de empregos. Tudo coordenado pelo ministro Tarcísio de Freitas. Aliás, a ordem entre os ministros é tratar de manter o foco no trabalho e todos repetem, com razão, que o caso Fabrício Queiroz nada tem a ver a administração do governo federal.