O melhor de dois mundos, o desafio

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Duas semanas antes de Michel Temer assumir, seus auxiliares mais diretos informavam que ele tentaria buscar unir o que houve de bom na administração petista, a maioria dos programas sociais, com aquilo que havia de melhor na gestão de Fernando Henrique Cardoso, a responsabilidade fiscal, o zelo pelas contas públicas, justamente para não comprometer os programas sociais que, nos tempos tucanos eram tocados de forma mais tímida.
Agora, a equipe que o presidente em exercício montou junto com Henrique Meirelles para o Ministério da Fazenda e a chegada de Ilan Goldfajn ao Banco Central, na verdade, um retorno, indicam que Michel Temer está nesse caminho. Goldfajn fez a transição entre o governo FHC e o de Lula. Trabalhou por um período com Meirelles. Meirelles integrou o governo Lula, saindo do PSDB e desistindo de um mandato de deputado federal para isso. Eis que nesse momento, Meirelles trabalha como a ponte para o que houve de bom nos dois governos.
Não será por falta de competência na área econômica ou parceria entre o ministro da Fazenda e o presidente do Banco Central que o Brasil correrá riscos. O problema é que a situação está tão grave, que talvez os resultados demorem além do previsto. Falta agora resolver a parte política, em especial na Câmara dos Deputados. Mas essa é outra história.

O placar favorece Michel Temer

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O resultado da votação pelo prosseguimento do processo de impeachment — 55 a 22 favorável ao afastamento da presidente Dilma –, deixou o vice presidente Michel Temer com a vantagem na largada do julgamento da presidente. Era tudo o que os aliados do vice queriam, uma vez que sinaliza a dificuldade do PT no colegiado que agora cuidará do julgamento, sob o comando dompresidentecdomSupremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski.
Para o PT, o resultado traz desesperança. O partido não conseguiu atingir sequer 28 votos que esperava obter para garantir um fôlego maior, não dando a Michel os 54 votos necessários ao afastamento definitivo.
Ocorre que esse placar, ao mesmo tempo, não deixa Michel deitado em berço esplêndido. Isso porque, se dois senadores que votaram pela abertura do processo mudarem o voto, Dilma retorna.
No entanto, não será fácil para o governo tirar votos desses 55. Para mudar o placar, só se Michel Temer tiver um desempenho pífio nos próximos meses, algo que seus aliados não acreditam. Michel Temer é considerado um conciliador, tem uma vasta experiência política e está cercado de auxiliares com esse perfil,de diálogo com o Parlamento. Michel só perderá se errar demais. A bola e os pontos de vantagem estão com ele.

Michel está chamando

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O futuro presidente em exercício, Michel Temer, pediu aos deputados que compareçam ao Planalto amanhã à tarde para o discurso de posse, 15h. A ordem é demonstrar apoio político. Afinal, ele vai precisar. Temer não pretende detalhar medidas econômicas nessa primeira fala. Apresentará apenas o receituário geral e aproveitará a presença da base aliada para mostrar força política em prol da recuperação econômica.

PP quer novo vice da Câmara

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O Partido Progressista joga nesse momento para tentar garantir sua permanência no comando da Casa, sem necessariamente cassar Eduardo Cunha, o presidente afastado. E como fazer isso? Uma comissão do partido vai pedir a Waldir Maranhão que ele renuncie ao cargo para preservar o mandato. Com a renúncia de Maranhão, o PP indicaria outro nome — há dois na roda, Aguinaldo Ribeiro e Esperidião Amin. Falta combinar com o próprio Maranhão e com o restante da Câmara.
Esse nome seria submetido ao plenário. Aprovado, ficaria no comando da Câmara pelo período que falta para a conclusão do mandato da atual Mesa Diretora. Vejamos as próximas horas.

E Renan manda seguir

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A decisão de Maranhão não durou 24 horas. O presidente do Senado, Renan Calheiros,deu prosseguimento à análise da abertura do processo de impeachment. Ao anunciar sua posição, classificou a decisão de anular a votação do impeachment na Câmara de “intempestiva, extemporânea e, ainda, brincadeira com a democracia”.
Renan, entretanto, estava uma fúria agora há pouco, porque a Comissão de Constituição e Justiça deixou a votação sobre o mandato de Delcídio Amaral para quinta-feira. Assim, Amaral poderá votar o processo de impeachment de Dilma Rousseff.
Para não permitir que um senador sob processo de cassação vote o impeachment, Romero Jucá sugeriu ao presidente da Casa que leve o caso direto para o plenário amanhã. É o Senado dando mais um recado: Que não irá procrastinar um pedido de cassação, como faz a Câmara em relação a Eduardo Cunha.

Dilma ganha tempo

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Diante da anulação da votação do impeachment pelo presidente em exercício da Câmara, Waldir Maranhão, para uma nova votação do pedido no plenário da Casa em cinco sessões, a presidente Dilma Rousseff pode ganhar tempo. O assunto agora, provavelmente, voltará ao Supremo Tribunal Federal (STF), com um pedido da oposição para rever a decisão de Maranhão. O pleno da Suprema Corte tem sessão marcada para quarta-feira, mas nada impede que faça uma sessão de emergência para avaliar esse caso.Mas, ainda assim, Dilma pode ganhar tempo. Maranhão pediu ao Senado que lhe devolva o pedido de impeachment para nova apreciação. Portanto, o presidente do Senado, Renan Calheiros, não poderá ler o pedido em plenário. Sem a leitura, não começa a contar o prazo de duas sessões, ou 48 horas, para votação na quarta-feira, ou seja, fatalmente sofrerá atrasos. Talvez, até o início da noite, tenhamos uma luz. Daqui a pouco, os líderes partidários farão uma reunião de emergência para avaliar a decisão de Maranhão. Para quem imaginava o mar da política agitado por causa da votação do impeachment no Senado, o que temos agora é um ciclone na política tropical.

Um alívio para Michel? Nem tanto

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A liminar que determina o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, não só do cargo, mas do mandato, é vista como uma faca de dois gumes para o vice-presidente Michel Temer. Ao mesmo tempo em que representa uma folga nas pressões que Eduardo Cunha tem feito para nomeações no governo, gera insegurança quanto às votações de temas importantes para o futuro presidente quanto ao prazo para apreciação desses projetos.
Temer queria chegar apresentando proposta para votação ainda no mês de maio. A depender dos desdobramentos envolvendo Eduardo Cunha, o plenário pode entrar num período de paralisia, até que haja um desfecho final do comando da Casa, ou seja, a escolha de um novo presidente.
A ascensão do primeiro vice-presidente, Waldir Maranhão, ao comando da Câmara não é vista com bons olhos por nenhuma das forças. Nem os temeristas, nem os dilmistas, tampouco a oposição de um modo geral. Maranhão só chegou ao cargo por causa dos acordos fechados por Cunha para a eleição de presidente da Casa no ano passado, quando o PT, ao lançar candidato, terminou fora da Mesa Diretora. Diante dessa realidade, e na hipótese de o Supremo Tribunal Federal confirmar o afastamento de Eduardo Cunha, a Câmara buscará eleger um novo presidente.

Uma eleição tensa
Essa etapa eleitoral, entretanto, não se mostrará pacífica. São vários os partidos que desejam o cargo, em especial, o PMDB e o PSDB. Os tucanos chegaram a cogitar essa vaga quando das primeiras conversas com Michel Temer. O PMDB da Câmara estrilou. A bancada peemedebista na Casa está se sentindo preterida na formação do Ministério e, para compensar isso, lutará como uma leoa para garantir o espaço de comando no Parlamento, se vier uma decisão do STF que confirme a liminar pelo afastamento de Cunha. Certamente, não haverá tranqüilidade para votação de pacotes econômicos.

Outros problemas
Um receio dos aliados de Michel Temer é que Eduardo Cunha tente boicotar o novo governo, caso se sinta acuado demais. Por enquanto, o deputado está apenas buscando espaços. Deseja indicar um técnico para a Receita Federal, e também quer alguém da sua estrita confiança para líder do governo na Câmara. Diante das circunstâncias, não conseguirá nem um nem outro. Esse é o alívio para Michel. E, por enquanto, o único.

O recado de Dallagnol

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A entrevista da força-tarefa responsável pela operação Lava Jato afundou ainda mais o PT ao apresentar novas denúncias contra João Vaccari Neto e os marqueteiros João Santana e Mônica Moura. Mas não ficou só aí. As declarações do procurador Deltan Dallagnol, que intercalaram a apresentação dos dados das acusações que pesam contra JOão Santana, Mônica e Vaccari Neto, representam um recado claro ao PMDB e seus aliados. “Mudança de governo não é caminho andado contra a corrupção”, afirmou Dallagnol. Ele reforçou ainda que “se não aproveitarmos esse momento, talvez passemos o resto das nossas vidas reclamando que o Brasil é um país corrupto”.
Dallagnol lembrou ainda que atualmente tanto as “pessoas vinculadas a partidos que querem o impeachment, quanto aquelas que não querem alegam perseguição política”. Para bons entendedores, o recado está dado: a Lava Jato permanecerá como um grande imponderável sobre o governo, seja Dilma, seja Temer. O contribuinte agradece.

Os sonhos do PP

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Enquanto Michel Temer se dedica a escolher o futuro ministro da Fazenda e afunila para o nome de Henrique Meirelles, os deputados do PP sonham em ver o partido como o segundo aliado na hora de ocupar espaços no futuro governo. Ocorre que, para realizar o sonho dos pepistas, Temer terá que manter a lógica do toma-lá-dá-cá que terminou responsável por parte da derrocada do governo Dilma Rousseff. Até aqui, a situação recomenda que não siga por esse caminho.

Os pepistas, entretanto, recorrem ao pragmatismo: Embora uma parte esteja enroscada na Lava Jato, eles lembram que Temer precisará é de votos no plenário. Pelo andar da carruagem, será difícil Temer se livrar de ter que oferecer cargos em troca de apoio no Congresso.

O “arriar das malas” I
Em 1992, o vice-presidente Itamar Franco teve três ministros da Fazenda, antes de chegar a Fernando Henrique Cardoso, uma espécie de pai do Plano Real. FHC foi nomeado em maio de 1993, cinco meses depois de Itamar assumir o poder. Michel Temer, comentam deputados e senadores, não poderá dispor desse período, porque terá oposição. Itamar praticamente não tinha oposicionistas no início de seu governo.

O “arriar das malas” II
Michel Temer já foi aconselhado a tomar cuidado com o espaço a designar aos amigos que sempre estiveram ao seu lado. Não pode, daqui a alguns dias, “queimar a largada” com um governo que seja como um jantar no clube com os mais próximos. O momento é de ampliar.

PMDB e PSDB têm a força
Seja na comissão especial, seja no plenário, o governo Dilma já jogou o a tolha em relação a essa análise preliminar no Senado. A esperança é o processo em si. Nem a escolha do relator os petistas vislumbram alguma chance de alterar.

Manobra à frente
O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) vai jogar nos próximos dias para tentar transformar o pedido de cassação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, numa pena mais branda. Se conseguir, terá cumprido o objetivo de fazer com que o plenário só tenha a opção intermediária na hora de julgar o presidente da Casa.

CURTIDAS
Atração turística/ Fez sucesso nas redes sociais as fotos de Milena Teixeira, mulher do novo ministro do Turismo, Alessandro Teixeira. Miss bumbum Estados Unidos em 2013, ela posou no gabinete do marido e comentou: “Meu primeiro dia como primeira dama do Turismo do Brasil”. É… Aproveita, porque serão poucos, Milena..

Castigo/ Assim como Waldir Maranhão, o deputado Beto Salame, do PP do Pará, perdeu o comando do partido em seu estado. O único que sobreviveu nessa história entre aqueles que prometeram dar um voto em favor da presidente Dilma Rousseff foi o deputado Dudu da Fonte, de Pernambuco.

Salvo pelo alfabeto/ Dudu teve a sorte do 342º voto ter caído para um deputado Bruno Araújo, do PSDB, dois antes dele na lista de chamada. Assim, com o resultado definido, voltou a favor do impeachment.

Hoje tem/ O Poder Judiciário tem encontro marcado hoje no Supremo Tribunal Federal (STF), no lançamento do Anuário da Justiça de 2016, as 18h30.