Categoria: Sem categoria
Moral da história
Políticos que assistiram ontem à entrevista dos procuradores em Curitiba têm convicção de que tudo ali foi calculado para deixar claro que as instituições responsáveis pela investigação não estão brincando. Eles não só têm tudo detalhado sobre o desvio de recursos, como identificaram os donos das empresas intermediárias do esquema. Em outras palavras, foi algo do tipo “não adianta tentar anular a nossa investigação porque, desta vez, não vai colar”. A classe política entendeu o recado, mas não vai deixar de lutar pela própria sobrevivência. Ou seja, a guerra, no caso dos políticos, está apenas começando.
A conversa virá, mas…
Lula e Fernando Henrique Cardoso podem até conversar daqui a duas semanas, mas só se for em local público e sabido. Porém, há quem diga que esse papo cabeça será tarde demais, uma vez que, em 16 de agosto, haverá manifestações contra o governo e contra a corrupção. Há quem diga que Dilma só tem uma chance: mostrar ao eleitor que a Lava-Jato só tem prosseguimento porque é ela a presidente da República. Falta combinar com a população, com o PT e com os aliados e também conseguir arrefecer a crise econômica.
Orçamento & impeachment
O governo não vai liberar todas as emendas dos parlamentares ao Orçamento de uma só vez. A ideia é guardar algumas para a hora em que projetos de vida ou morte estiverem em votação. Esse recurso só não funcionará se essa votação for um pedido de impeachment. Geralmente, quando um processo desses chega ao plenário da Câmara, as ruas já decretaram o resultado.
Rede de intrigas
Em conversas com amigos, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atribui a Edinho Silva, ministro da Secretaria de Comunicação Social do governo, as notícias sobre o Planalto e o PMDB estarem tratando da sucessão no comando da Câmara. “Querem me intrigar com o Michel. Não vai colar”, disse Cunha.
Por falar em Cunha…
Ele não deixará na gaveta os pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Os pedidos que preencherem os requisitos constitucionais vão tramitar normalmente. Os que não estiverem dentro do que determina a Constituição serão arquivados. O pente-fino começa em agosto, no retorno dos trabalhos da Casa.
“Se a cúpula do PMDB vai ficar com Dilma, que a leve para casa. A base do partido não a quer”
Do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), sobre as declarações do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), que reforçou o apoio à presidente Dilma Rousseff neste momento de crise
Marcelo e Dilma/ Ontem, em Brasília, muitos relembravam, com a pulga atrás da orelha, aquela conversa de 20 minutos que a presidente Dilma teve com Marcelo Odebrecht no México, em maio.
Por falar em Odebrecht…/ Os aliados de Eduardo Cunha (foto) são unânimes em afirmar que o presidente da Câmara só terá problemas se as provas contra ele forem tão robustas e detalhadas quanto as apresentadas ontem contra a Odebrecht.
Bateu o medo…/ Com a transferência de presos da Lava-Jato da carceragem da Polícia Federal para uma penitenciária, a aposta é a de que estamos bem próximos da 16ª fase da operação, com novas prisões. Vai ter muita gente passando a noite em hotéis nos próximos dias.
…Mas não em todos/ A classe política, por enquanto, se julga fora desse perigo. Os políticos envolvidos no mensalão, por exemplo, só tiveram a prisão decretada depois de concluído o julgamento
Enchendo o paiol
A conversa de que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) baixou o tom não passa, por enquanto, de uma torcida de parte daqueles que o cercam. Na verdade, ele está se preparando para uma guerra a partir de agosto, quando terá um portfólio de armas a utilizar. Até a semana passada, tinha apenas os pedidos de impeachment de Dilma Rousseff e os de convocação de ministros e demais autoridades à CPI da Petrobras, um palco que anda meio apagado. A esse arsenal, juntou mais duas CPIs — a dos fundos de pensão e do BNDES — e ainda tem, de quebra, as contas governamentais. Em tempo: as duas novas CPIs serão presididas pelo PMDB. Cunha considera que é o cargo mais importante, porque é o comandante do colegiado quem marca depoimentos, conduz votações importantes e tem acesso em primeira mão a todos os documentos que chegam, ou seja, dita o ritmo dos trabalhos. Outros mísseis virão para se juntar a esses armamentos pesados.
Onde há fumaça…
Causou muito mal-estar no PT o fato de o vice-presidente Michel Temer ter dito numa palestra em Nova York que manteria Joaquim Levy no Ministério da Fazenda. A alguns soou como o primeiro passo para tentar acalmar o mercado, caso Dilma venha a perder o mandato. Isso, inclusive, teria motivado Lula a buscar os tucanos. Os petistas simplesmente não confiam no PMDB.
…Há fogo
Nem só de possíveis encontros com os tucanos vive Lula. Quem tem acompanhado os atos do ex-presidente percebeu que ele tem sido incansável na busca dos movimentos sociais no sentido de segurar o mandato de Dilma. Esta semana, recebeu o movimento negro, a turma da União Nacional dos Estudantes (UNE) e também representantes do movimento sindical.
Bateu o medo
O governo diz que não, mas os deputados novos estão com receio de perder o direito de ter as emendas ao Orçamento liberadas este ano. É que, na visita às bases por esses dias de recesso, muitos estão sob pressão para liberar mais recursos. Porém, o aviso no Planalto é que só depois do recesso esse tema será tratado.
Depois da porta arrombada…
O governo está refazendo todas as contas do Orçamento de 2016, a ser enviado ao Congresso em 31 de agosto. A ordem é não dar margens para que se venha a acusar a presidente de contas fictícias ou “pedaladas”, como as que estão em análise no Tribunal de Contas da União.
Curtas
De saída…/ Prefeitos do interior de São Paulo filiados ao PT têm procurado o PSB. Só esperam a janela da reforma política para mudar de partido. O problema, dizem alguns, é que a má vontade com o partido chegou nas pequenas cidades
.…Para sobreviver/ Em alguns municípios, os administradores têm detectado uma queda de dois pontos percentuais por mês na avaliação dessas administrações. E não dá para esperar chegar no chão para tomar uma atitude. Ainda mais faltando um ano para a eleição municipal.
Haddad tristinho/ Aliados do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, têm dito que ele anda meio desanimado com a perspectiva de concorrer à reeleição diante do viés de baixa em que anda o PT. Mas não vai largar o partido nem a campanha reeleitoral.
Enquanto isso, em Itajubá…/ O ministro da Defesa, Jaques Wagner (foto), tem andado bastante. Depois do Rio de Janeiro ontem, estará hoje na cidade mineira para visitar as instalações da Helibras, a empresa responsável pelo projeto H-XBR, para dotar a indústria aeroespacial brasileira de tecnologia para a produção de helicópteros.
O JS de cada um/ Para os petistas, o JS nas anotações de Marcelo Odebrecht significa José Serra. Para os tucanos, é João Santana. E, para os mais crédulos, é Jesus Salva!!! Eu, hein…
Sobe!
A visita do vice-presidente Michel Temer ontem à sede da Fundação Ulysses Guimarães, no 26º andar do anexo da Câmara, fez com que a segurança reservasse dois elevadores a fim de conduzir os parlamentares de todos os partidos, que faziam fila para ir até lá cumprimentá-lo. A cena indica a saída que os partidos desejam, caso Dilma Rousseff perca o mandato, algo que, no momento, não está nos planos da maioria, mas todos discutem os cenários.
» » »
O DEM, por exemplo, já decidiu: na hipótese de Dilma ficar insustentável no Planalto, o partido, hoje oposição, ingressará num governo de união nacional ao lado de Temer. É o vice com perfume de poder, neste momento em que a crise atinge os congressistas enroscados na Lava-Jato.
Os recados de Cardozo
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, aproveitou a presença na CPI da Petrobras para mandar um recado claro ao PT: não controlará a investigação da Polícia Federal sobre os malfeitos que assolam o partido, os aliados, parte da oposição e que ainda corre o risco de respingar em outras figuras. Ontem, por exemplo, eram fortes os boatos de que José Dirceu e Antonio Palocci poderiam ser levados para a carceragem da PF.
Por falar em CPI…
Os papéis começam a ficar bastante definidos na CPI da Petrobras: o relator Luiz Sérgio (PT-RJ) trabalha para tentar melar a investigação da Polícia Federal e jogar o TCU na roda. Na terça-feira, o petista perguntou por três vezes a Stael Fernanda, viúva do ex-deputado José Janene, se ela conhecia Augusto Nardes, ministro da Corte e relator das contas do governo de 2014.
…Cada um tem um objetivo
O presidente da comissão, Hugo Motta (PMDB-PB), é acusado publicamente de escolher os alvos da Kroll, a empresa encarregada de buscar informações de dinheiro escondido lá fora. Ao escolher alguns, protege outros.
PDT no governo
A bancada de deputados do PDT foi ao titular da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disposta a fazer de um dos seus o novo ministro do Trabalho, no lugar de Manoel Dias. O indicado é Weverton Rocha, do Maranhão. O lema de Rocha é “Juntos somos fortes!”.
Sai daí rapidinho!/ Sem clima para votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o Congresso fará tradicional recesso branco, ou seja, tem sessão, mas sem grandes votações nas próximas duas semanas. A ordem é dar um tempo para ver se a poeira diminui. Sabe como é: desde a apreensão de carros de luxo do senador Fernando Collor na terça-feira, quem teve o nome citado na Lava-Jato está com medo de se ver na berlinda.
Balanço e contrabalanço/ Ao saber que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), faria um pronunciamento para prestar contas do trabalho da Casa no primeiro semestre, seus adversários marcaram uma entrevista para apresentar outra versão desse tema: “Certamente, faremos um balanço bem diferente do que aquele a ser apresentado por Eduardo Cunha em cadeia nacional”, comentou o deputado Chico Alencar (foto), do PSol-RJ.
Enquanto isso, no Senado…/ Embora os senadores tenham classificado como “teatral” a operação de busca e apreensão na casa de Fernando Collor, houve quem ficasse constrangido pelo fato de o senador ter residência própria em Brasília, a Casa da Dinda, e ainda assim ocupar um apartamento funcional. Para completar, eles não escondiam o desconforto ao saber que o IPVA da frota está em atraso. Ontem, começou a diminuir a solidariedade aos políticos-alvos da Lava-Jato. Pelo que se ouve, está em curso o ditado “virou terra de Murici, é cada um por si”.
E está só começando…/ Frase ouvida ontem na sala de café do Senado: “Se julho está assim, imagine o que será agosto, o mês da bruxa solta na política”.
O diabo veste saias
A presidente da Caixa Econômica, Miriam Belchior, virou a nova pedra no sapato da coordenação política, leia-se do vice-presidente da República, Michel Temer. Dia desses, numa conversa no Palácio do Jaburu, comentou-se que as vice-presidências da CEF negociadas com os partidos simplesmente emperraram porque Miriam não deseja liberar os cargos para quem ela não conhece. Foi o suficiente para que um interlocutor do vice comentasse: “Então, ela (Miriam) que vá negociar com o Congresso”. Temer nada comentou. Ficou na linha do “quem cala consente”.
» » »
Embora as declarações hoje sejam que Michel Temer não deixará a coordenação política do governo, a tendência é que ele vá pouco a pouco se afastando das nomeações. Afinal, pior do que o constrangimento de negociar cargos é acertar e não ser atendido.
E Renan estica a corda…
Enquanto Dilma Rousseff faz as contas, o presidente do Senado, Renan Calheiros, chama a presidente da Comissão Mista de Orçamento, Rose de Freitas, disposto a colocar em votação vários projetos que ampliam o crédito às empresas. Para completar, reúne-se com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e informa que o projeto que reduz a desoneração da folha será votado apenas em agosto e se for. Renan quer fechar o semestre com o apelido de “protetor dos empregos”. E fará o que puder nesse sentido.
Tem motivo
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, decidiu deixar a votação da maioridade penal para agosto porque não tinha meios de garantir todos os votos agora, nesta temporada em que muitos deputados se preparam para tirar uns dias de férias. Simples assim.
Ruas só em agosto
Os partidos vão esperar os movimentos convocados para 16 de agosto, um domingo, para só depois fazer investidas mais pesadas contra a presidente Dilma Rousseff. Até lá, avaliam aqueles que entendem das coisas, é mais espuma do que fatos capazes de afastar Dilma do poder.
Um pouco de história
Os políticos têm passado os últimos tempos estudando os caminhos trilhados no passado em governos que sofreram grandes abalos. Nos últimos dias, têm se fixado em Getúlio Vargas. Lembram que a UDN tentou, em junho de 1954, o impeachment. Não conseguiu, mas, ainda assim, a crise não estancou. Quem estudou essa época garante que Dilma ainda não chegou ao junho de 54, tampouco ao ápice da crise.
Levy, o discreto/ Depois das vaias e xingamentos que ministros e ex-ministros têm recebido por aí, alguns estão tomando cuidado. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy (foto), por exemplo, fez questão de entrar logo no avião da TAM que o trouxe de São Paulo no último domingo. Embarcou antes de todas as prioridades, sentou-se na poltrona 1A e virou uma estátua. Em Brasília, saiu logo, sem sequer dar aquela olhadinha para trás.
Levy, o econômico/ Bem, fato é que uma passagem aérea, a depender do destino e da data da compra, sai bem mais barata do que um jatinho da FAB de São Paulo para Brasília apenas para trazê-lo.
Delivery/ Alguns outros ministros têm evitado sair para jantar em pontos de badalação. Preferem locais discretos, como o próprio lar ou a casa de amigos.
Recesso a perigo/ As apostas dos políticos ontem eram as de que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) não será votada antes de sexta-feira. Assim, o Congresso, pela primeira vez em muito tempo, terá um recesso branco sem ser num ano eleitoral, quando a casa vazia nesta época é de praxe.
Essa é a forma que os parlamentares com assento na CPI pretendem adotar para escapar da pecha de ter trocado as convocações do ex-ministro José Dirceu e do ex-tesoureiro da campanha de Dilma, ministro Edinho Silva, pela presença de Cardozo. Para alguns, ficou a sensação de que a CPI não é para investigar.
TSE, o foco
Em 2005, Lula não respondeu por crime eleitoral no mensalão porque o prazo para ingresso de ações relativas ao caixa dois da campanha de 2002 estava vencido. Agora, entretanto, com Dilma, ainda que as doações tenham sido por dentro, a Justiça Eleitoral está com a corda toda colhendo informações detalhadas sobre as contribuições e notas fiscais. Ainda que Ricardo Pessoa, da UTC, fique em silêncio na semana que vem, a situação de Dilma não ficará tranquila.
Quando a farinha é pouca…
… Meu pirão primeiro.
Foi essa a leitura que os próprios peemedebistas fizeram da fala do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, durante o evento no Rio com Eduardo Paes na sexta-feira. Cunha disse com todas as letras que havia colocado (Leonardo) Picciani como relator da desoneração para resolver os problemas do Rio de Janeiro.
Por falar em relator…
O outro Leonardo, o Quintão, do PMDB de Minas Gerais, não abre mão de relatar a medida provisória que amplia de 30% para 35% o comprometimento da renda do trabalhador com o empréstimo consignado. Há menos de dois meses, ele havia relatado uma proposta que ampliava esse limite de 30% para 40%. O governo não negociou, apenas vetou. Houve gente no governo certa de que Quintão havia feito essa sugestão apenas para agradar os bancos.
Sem estrutura
As dificuldades do governo chegaram à Casa Civil, do ministro Aloizio Mercadante. Além de Ivo Correia, da área jurídica, que foi fazer um curso fora do país, saíram as pessoas que faziam análise dos currículos e checagem de informações sobre antecedentes dos indicados a cargos. Mais um motivo para atraso nas nomeações.
A fórceps
A oposição terá dificuldades em manter o Congresso na ativa durante o período de recesso regulamentar. Há o consenso entre os partidos aliados do governo de que é melhor desmobilizar agora, ainda que seja um recesso branco, ou seja, sem a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Curtas
Citada/ Ao passar a palavra para o ministro Henrique Eduardo Alves no evento de sexta-feira, o prefeito Eduardo Paes brincou: “Agora, para falar em nome do governo, o ministro Henrique. Manda um beijo da Dilma pra gente, Henrique!”. O ministro, constrangido, apenas respondeu: “Sem comentários”.
Presentinho, ainda que tardio/ O rapaz pode até ser competente, mas por muito tempo vai ouvir gracinha pelas costas. As rodinhas de parlamentares no Congresso só mencionam a nomeação do advogado Ricardo Fenelon Júnior para a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) como um presente de casamento da presidente Dilma Rousseff ao genro do líder do PMDB, Eunício Oliveira (foto).
Brasília no cinema/ “A senadora Maria Pilar elabora um esquema com a ministra Ivone Feitosa para fraudar o resultado de uma licitação, mas tudo se complica quando suas assessoras resolvem montar seu próprio esquema.” Essa é a história central do filme Mulheres no poder, com as atrizes Dira Paes e Stella Miranda, no elenco principal da trama que se passa nos corredores do Congresso Nacional e em Brasília, onde foram rodadas várias cenas.
Na vida e na arte/ O roteiro e a direção de Mulheres no poder são de Gustavo Acioli. Em tempos de Operação Lava-Jato, vai ter muita gente confundindo o que é real com ficção.
O desfile de peemedebistas no Rio de Janeiro ontem foi visto por muitos aliados do presidente em exercício, Michel Temer, como inapropriado para esse momento, em que o vice declara quase que diariamente que está do lado de Dilma Rousseff e que ela não vai cair. É que o movimento do Rio, avaliam os próprios peemedebistas, permite várias leituras, que vão além da obviedade de o partido querer apresentar Eduardo Paes como um dos nomes para 2018 por causa de sua capacidade de preparar a cidade para uma Olimpíada, o que ainda carece de comprovação. Depois da visita às obras do parque olímpico, o jantar, onde todos se reuniram em torno de Michel Temer, dá a entender que o partido se diz pronto para, se necessário, assumir a gestão de projetos, leia-se do Brasil. E é aí que mora o perigo: o PT, que já anda pra lá de desconfiado do PMDB, agora é que vai achar que onde há fumaça, há fogo.
Aposta geral
A aparente calmaria da sexta-feira não significa que a situação do governo melhorou. Do ponto de vista do PT, Dilma saiu da toca ao dar entrevista e não se furtar a falar dos problemas. Mas isso não basta. Precisa atrair a simpatia popular. Da ótica da oposição, não houve nem haverá refresco. E, se comprovado que alguma despesa de campanha foi paga diretamente pela UTC, a situação ficará pior. É atrás dessa suspeita que os oposicionistas estão há dias. Acreditam que o efeito de algo assim pode ser semelhante ao Fiat Elba que colocou Fernando Collor fora do Planalto em 1992.
Palpite peemedebista
Aliados de Renan Calheiros suspeitam que a abertura de ação de improbidade contra o presidente do Senado pelo escândalo que veio a público em 2007 tem o objetivo de tentar colocar o congressista alagoano na defensiva e baixar a bola das críticas que ele invariavelmente tem feito ao governo. A aposta de muitos é a de que não vai colar. A expectativa é a de que Renan jogue pesado a partir de agora contra o Poder Executivo.
Dirceu, o imponderável
Os amigos do ex-ministro são praticamente unânimes em afirmar que ele anda meio cansado de carregar a culpa do partido nas costas. Novidades virão em breve, especialmente, agora em que fracassaram todas as tentativas dele de obter uma distância segura de um novo pedido prisão.
Cid & Ciro
Antes de fechar a saída do Pros, os irmãos Cid e Ciro Gomes pediram ao presidente do Pros, Eurípedes Júnior, o poder de indicar, pelo menos, metade da Executiva Nacional do partido para influir diretamente em todas as decisões sobre o futuro da sigla. Júnior recusou. Difícil será obter algo semelhante no PDT, onde Carlos Lupi comanda com mão de ferro.
Por falar em Lupi…
Os senadores pedetistas Cristovam Buarque (DF), José Reguffe (DF) e Lasier Martins (RS) têm pronta uma carta pedindo o afastamento do partido do governo Dilma Rousseff. A hora é de apostar num caminho próprio, diz Cristovam.
Temer, o discreto/ Explica-se a ausência de Michel Temer na visita que os peemedebistas fizeram às obras do parque Olímpico: manter o jeito discreto. Se ele fosse participar da visita, ruas seriam fechadas, trânsito desviado ao longo do dia. Enfim, aquelas coisas que só serviriam para deixar os cariocas e turistas irritadíssimos numa sexta-feira, quando circular pela cidade maravilhosa é sempre complicado.
Perguntinha indigesta/ É bom essas pessoas acostumadas a encontrar os amigos e perguntar automaticamente “E aí, tudo tranquilo?” reformularem o cumprimento quando o interlocutor for integrante da base do governo Dilma. Dia desses, o senador Jorge Viana (foto), respondeu: “Tranquilo para quem? Até aqui, na Comissão de Relações Exteriores, está tranquilo só hoje!”, afirmou.
À deriva/ O deputado Wellington Prado (PT-MG) foi excluído do WhatsApp da bancada petista desde que votou contra o ajuste fiscal. Agora, não é chamado nem para reuniões nem informado do que foi decidido.
Escala/ Se for cumprir a programação prevista, a presidente Dima Rousseff mal fará uma escala em Brasília hoje e, amanhã de manhã estará no Paraguai para a missa do papa Francisco. Realmente, dizem seus amigos, ela precisa de reza forte.
O presidente da CPI da Petrobras, deputdo Hugo Motta, acaba de marcar para a próxima quarta-feira o depoimento do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Assim, o governo continuará na berlinda na última semana do período regulmentar do Congresso Nacional. A oposição tentará colocar o ministro contra parede em relação aos recursos doados pela UTC à campanha presidencial. Os governistas tentarão arrancar de Cardozo declarações para reforçar a ideia de que o juiz Sérgio Moro está avançando o sinal ao prender tanta gente.
Enquanto dois brigam…
…Um terceiro se movimenta. Neste momento em que a presidente Dilma Rousseff e o senador Aécio Neves trocam farpas e acusações, emissários peemedebistas, ainda que sem autorização do presidente em exercício, Michel Temer, têm procurado integrantes do PSDB, numa tentativa de atrair os tucanos para um hipotético governo do PMDB. Ocorre que não está nos planos dos tucanos tirar Dilma para se integrar ao projeto peemedebista. Se for para uma mudança de governo, o partido jogará as fichas em novas eleições, conforme dito aqui há vários dias. Ocorre que, até o momento, nada aponta nessa direção.
» » »
Para uma cassação via eleitoral, que tirasse de cena tanto Dilma quanto Temer, a principal aposta dos tucanos era, até o início da semana, o depoimento de Ricardo Pessoa, da UTC, que jogou a campanha da presidente Dilma Rousseff no meio da Lava-Jato. Ontem, entretanto, a notícia era a de que Pessoa está disposto a ficar calado em seu depoimento à Justiça Eleitoral. Se isso ocorrer, enfraquecerá o processo eleitoral. Restará, portanto, as pedaladas, que podem levar a presidente a responder por crime de responsabilidade, se suas explicações não forem acolhidas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e ainda pelo Congresso Nacional. Pelo jeitão da base aliada, a tendência hoje é Temer — o único que até agora tem dado declarações ponderadas — pregando a união e por aí vai.
Hora de afunilar
A decisão da CPI da Petrobras de convocar o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e a tentativa de chamar José Dirceu e outros ministros foram lidas como mais um capítulo em que Eduardo Cunha age nos bastidores para mostrar aos petistas que eles não vão controlar o colegiado.
PR em litígio I
A bancada do Partido da República entrou em pé de guerra depois que o assessor especial do Ministério dos Transportes e ex-deputado Edson Giroto foi alvo de uma operação de busca e apreensão da Receita Federal. A ação fez crescer as pressões para que ele seja afastado de suas funções no ministério. O ministro da área, Antônio Carlos Rodrigues, foi chamado ao Planalto, mas quer dar tempo para que o ex-parlamentar possa se defender.
PR em litígio II
Giroto não é um assessor especial qualquer. Desde o início do ano, ele aguardava a nomeação para secretário executivo do Ministério dos Transportes. Não conseguiu por causa dos processos no estado. Aí, veio o “jeitinho nos transportes”, título da nota que a coluna publicou em 22 de março. O Diário Oficial da União trouxe naquele período a nomeação do ex-deputado no cargo de assessor especial, e, no dia seguinte, Giroto foi designado pelo ministro o substituto oficial do secretário executivo, quando o titular do cargo se ausentasse. E assim, Giroto praticamente passou a responder como vice-ministro da área. Agora, a bancada na Câmara pressiona para ficar com o cargo.
Agora vai
Eduardo Cunha pretende colocar em votação na semana que vem o segundo turno da emenda que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos em vários crimes. A pressa é para entregar a matéria aprovada antes do recesso, que até agora ninguém sabe se terá.
Nem…/ Os funcionários da Câmara que se preparem: a ideia do presidente da Casa, Eduardo Cunha, é não permitir a festa de todo mundo sair no recesso e ficar por isso mesmo. Quem quiser aproveitar o recesso fora do período regulamentar de férias terá que usar uma parte do chamado banco de horas.
…Para avisar?!/ Já tem servidor irritado porque não houve sequer um aviso para evitar que aqueles que compraram pacotes de viagem pudessem renegociar os dias.
PT e PMDB/ Enquanto os peemedebistas viajam ao Rio para bater bumbo na proposta de parceria público-privada que o prefeito Eduardo Paes (foto) montou para as Olimpíadas de 2016, os petistas vão a Belo Horizonte prestar solidariedade ao governador Fernando Pimentel.
PT e Dilma/ A mesma bancada que vai se encontrar com Pimentel, até aqui, não fez o mesmo gesto em relação à presidente Dilma Rousseff. Os senadores, por exemplo, soltaram no fim de junho uma nota de apoio a Luiz Inácio Lula da Silva, onde nem sequer mencionaram a presidente.
Emendas & jeitinho
O acordo entre o presidente em exercício, Michel Temer, e os parlamentares para acalmar a base aliada e tentar melhorar o clima político no Congresso corre sério risco de terminar na “bacia das almas”. Ontem, enquanto o comando do Planalto, leia-se Temer, e o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, se comprometiam a aprovar um projeto de lei com mudanças no Orçamento deste ano para atender os deputados novos, o líder do governo, José Pimentel (PT-CE) tirava o quórum do plenário, com medo da votação dos vetos que incomodam o governo. Resultado: base revoltada e indisposta com o Planalto.
» » »
Agora, a uma semana do recesso parlamentar, dificilmente o Congresso conseguirá quórum para aprovar a proposta e liberar os restos a pagar de anos anteriores e, ainda, permitir a liberação de emendas dos novos parlamentares, ou seja, o governo queria aproveitar as férias dos parlamentares para baixar a poeira, agora corre o risco de sequer conseguir o recesso.
» » »
A forma que os congressistas encontraram para levar o Planalto a aceitar votar o projeto, que atende pelo código de
PLN nº 4/2015, foi incluir no mesmo texto a redução da economia que o governo é obrigado a fazer para pagar os juros da dívida, o tal superavit primário, baixando o percentual de 1,1% para 0,4%. Agora, é tentar arrumar uma sessão do Congresso que aprove o projeto e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), sem precisar passar pela apreciação dos vetos, que trancam a pauta.Tarefa difícil.
O PMDB e a crise
O encontro dos peemedebistas amanhã no Rio de Janeiro servirá para a cúpula do partido desenhar os cenários e os planos para tentar sobreviver à crise que assola o governo e o PT. Eles não estão na linha de empurrar Dilma para o precipício, mas asseguram que não vão cair com ela.
Cabos eleitorais no telhado
A comissão de senadores encarregada de votar uma proposta de reforma política aprovou um dispositivo proibindo o uso de cabos eleitorais contratados pelas campanhas. Por incrível que pareça, a proposta, que foi a voto por insistência do senador Reguffe (PDT-DF) deixou Gleisi Hoffmann, do PT, e Aécio Neves do PSDB, no mesmo lado. Coisa rara. A maioria concordou com a tese de que cabo eleitoral é compra de voto institucionalizada.
TCU, a pedra
Os deputados e senadores petistas começam a estudar formas de mudar as regras para escolha dos ministros do Tribunal de Contas da União a fim de acabar com o que o líder do governo, José Guimarães, chamou de casa de “aposentadoria” de parlamentares. Falta, entretanto, combinar com os demais partidos, que não desejam rever a forma atual.
Efeito prático, zero
A entrevista da presidente Dilma Rousseff só conseguiu levar os congressistas a adiarem para agosto a proposta que reduz a desoneração da folha de pagamentos. Mais uma prova de que a base não atende ao comando do Planalto de aprovar logo essa fonte de receita.
Papel em desuso/ O banco Itaú cortou o envio de extrato mensal de seus financiamentos imobiliários pelos Correios. Quem quiser um documento, tem que pedir. E vai receber por e-mail. A ordem é economizar papel.
Marco Aurélio e Eduardo Cunha/ O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ficou todo cheio de si quando leu que o ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello tinha dito, em entrevista ao Correio, que o deputado era um “craque” e que, se fosse mais jovem, poderia jogar no Flamengo. É que, muita gente não sabe, mas ambos nutrem a mesma paixão pelo rubro-negro. Quem diria que os dois tinham algo em comum…
Marta, o pêndulo/ A senadora Marta Suplicy (foto) passou o fim de semana no Recife, onde se reuniu com o PSB, e ontem se encontrou com o presidente em exercício, Michel Temer. Ela vai para o partido, mas quer abrir mais portas para o seu grupo do PT.
Por falar em Michel…/ Começa a crescer no Congresso a sensação de que o presidente em exercício é “o cara” para conduzir uma transição, caso Dilma Rousseff não consiga se segurar no cargo.
Nuances de uma crise
A crise política que põe em perigo o mandato da presidente Dilma Rousseff tem diversos detalhes, que regem os bastidores da política e muitos movimentos, seja na oposição, seja na base governo. Vejamos:
1) Alckmin versus Aécio
Dentro da oposição, há quem diga que os aecistas veem a interrupção do mandato da presidente, via Justiça Eleitoral, como a senha para que Aécio possa concorrer à eleição com Geraldo Alckmin fora da disputa por ser governador de São Paulo. Em 2018, embora ninguém possa dizer como estará a conjuntura, o desenho hoje indica Alckmin no páreo, apesar de Aécio, na avaliação de setores do partido, ter a primazia de ser o candidato por causa do desempenho em 2014.
2) PMDB
A vida dos peemedebistas de tranquila não tem nada. Desenha-se internamente uma disputa pelo comando do partido. Eduardo Cunha, apontado como um dos grandes beneficiários da saída de Dilma pela via eleitoral porque tiraria também Michel Temer, ficaria três meses como presidente da República. Perspicaz e habilidoso politicamente, seria tempo suficiente para adquirir o controle do partido. A ala de Michel Temer lutará com todas as forças contra essa saída.
3) Poder econômico versus movimentos sociais
O empresariado anda de mal com o governo da presidente Dilma, mas o PT acredita que tem fôlego para mobilizar setores da sociedade, como o “exército de Stédile” mencionado por Lula no passado. Ontem mesmo, além das movimentações palacianas fartamente explorada hoje nos jornais e ontem na internet, o PT buscava manifestos dos movimentos sociais em favor da presidente Dilma.
Quem não se comportar…
A reunião de Joaquim Levy ontem no Planalto serviu para mostrar que o governo vai liberar as emendas dos deputados e senadores ao Orçamento. Mas quem leva a notícia a cada um põe na bagagem o aviso de que o “cobertor” está curto e, se a “pauta-bomba” vingar no Congresso, vai ser difícil ter recursos para atender o que está acordado.
Enquanto isso, na Receita Federal…
Os auditores aumentam o tom em busca do reajuste salarial maior que os 21,3% parcelados em quatro vezes proposto pelo governo. Além de uma carta enviada aos governadores, alertando para o risco de redução dos repasses do Fundo de Participação dos Estados por causa da insatisfação da categoria, eles agora nem participam mais de reuniões para tratar do reajuste no Ministério do Trabalho.
Marco Aurélio/ A entrevista do ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello ao Correio Braziliense, no último domingo, deu o que falar. Nos bastidores do Planalto, houve quem desconfiasse que o ministro está pronto para ingressar na política. Mas, aos amigos, ele sempre lembrou que se diverte mesmo é no colegiado do STF.
Levy no Planalto/ O PT olha meio de lado para o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, mas os peemedebistas adoram o jeito afável do economista. Ontem, ele passou a tarde reunido com o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha (foto). Cuidavam da liberação das emendas ao Orçamento da União.
No Senado…/ A Fiesp, de Paulo Skaf, lidera uma romaria hoje pelos gabinetes dos senadores a fim de repetir o movimento feito há algumas semanas na Câmara contra a proposta que reduz a desoneração da folha de pagamento de diversos setores.
War/ Ao sair do Planalto ontem à tarde, a senadora Fátima Bezerra, do PT do Rio Grande do Norte, foi incisiva: “Sabe quantas vezes vingará esta tese de impeachment? Nenhuma! A oposição pensa que nós e os movimentos populares vamos assistir deitados em berço esplêndido? Os tucanos que preparem um projeto para as eleições municipais e outro para 2018 e nos derrotem na urna!”, afirmou, pintada para a guerra. Coluna do dia 08/07 O fator Lula
Em conversas reservadas, os peemedebistas têm o seguinte alerta ao PT: o ex-presidente Lula, embora tenha andado por Brasília há uma semana jurando amor e lealdade à presidente Dilma Rousseff, tem que continuar mobilizando o partido e os movimentos sociais em prol do governo. Caso contrário, todo o trabalho de segurar a tropa de aliados irá por água abaixo.
» » »
Na oposição, já existe um consenso de que Lula foi o estopim para que a pauta da classe política e empresarial migrasse das previsões de tempo do fim da crise econômica para quando e qual será o processo a encurtar o mandato de Dilma.
» » »
Ambos, oposição e PMDB, concordam numa avaliação: Lula, ao vir a Brasília tentar consertar suas declarações contra Dilma, deu sinais de que errou lá atrás, ao criticá-la, mas não desfez completamente o mal-estar. E, problema, quando chega em casa, termina ampliado. Há, no governo e fora dele, quem esteja desconfiado de que Lula joga para entregar a cabeça de Dilma e, assim, tentar transformar a si próprio e ao PT em vítima, a fim de preparar o retorno em 2018.
Apostas em alta
Quem tem auscultado o Tribunal de Contas da União (TCU) assegura que a situação do governo lá, hoje, é pior do que há um mês, quando o relator das contas de 2014, ministro Augusto Nardes, concedeu o prazo de 30 dias para o Executivo responder sobre as pedaladas fiscais e outras operações contábeis.
Pauta bomba
Os senadores estão convencidos de que será difícil segurar a MP que institui a política do salário mínimo, incluindo aí as aposentadorias e as pensões, conforme votado na Câmara. Para completar, o Ministério Público baixou na Casa pedindo isonomia de tratamento, depois do reajuste aprovado para o Poder Judiciário. Se for a votação, passa. E será mais um texto para Dilma vetar.
Cunha presidente?
A visita do papa Francisco a países latino-americanos esta semana levou autoridades do governo a bolar um meio de permitir que Michel Temer saia do posto de presidente em exercício para permitir que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) assuma o comando do país, nem que seja por algumas horas.
CURTIDAS
Collor e Dilma/ Há, no meio político, quem veja muita semelhança entre o comportamento do então presidente, Fernando Collor, em 1992, e o de agora de Dilma Rousseff. Ele corria para mostrar que estava bem. Dilma pedala. Ele também dizia que não cairia e prometeu acabar com a inflação com um ippon (o golpe perfeito em judô, equivalente ao nocaute). Dilma mencionou “um tiro só” na entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.
Nem vem/ O líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), assegura que o novo diretor da Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep), Celso Cunha, que era do planetário e do governo de Eduardo Paes (PMDB), no Rio de Janeiro, não foi indicação do partido. “Não sei nem quem é.”Olho nos aliados, Dilma!/ Tancredo Neves, avô de Aécio Neves, dizia: “Peçam a um político qualquer coisa, menos o suicídio”.
Presença de Aldo/ A participação do ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo (foto), na reunião das segundas-feiras tem um significado especial. Ele foi um dos principais pilares de Lula quando da crise do mensalão, com o então líder do PMDB na Câmara, Eunício Oliveira, hoje líder no Senado, e Eduardo Campos, do PSB, que morreu no ano passado.