Ação & reação

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Mal saiu a notícia de que o Supremo Tribunal Federal decidira soltar o ex-ministro José Dirceu, o movimento Patriotas foi para a rua em Curitiba e Belo Horizonte protestar contra a decisão da segunda turma do STF. O slogan SOS STF, que marcava os atos públicos do grupo, foi substituído por uma faixa em que se lê #pqpSTF

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Ficou pior

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Brasília-DF

Publicação: 02/05/2017 04:00

Petistas que monitoram o período que falta para o ex-presidente Lula depor perante o juiz Sérgio Moro estão preocupados com o adiamento para 10 de maio. É que o ex-diretor da Petrobras Renato Duque será ouvido nesta sexta-feira e há, ainda no cardápio, uma possível delação do ex-ministro Antonio Palocci. Os depoimentos abrem espaço para o juiz tentar deixar o ex-presidente exposto a perguntas para as quais não terá respostas convincentes ou limitadas ao “por ordem dos advogados, não responderei”, o que, politicamente, é um estrago para quem pretende disputar
mandato eletivo.

Em tempo: Até aqui, todos os que estiveram perante Moro não têm intenção de concorrer a um novo mandato. Lula será o primeiro. Se não for bem, poderá enterrar uma candidatura presidencial, ainda que esteja em primeiro nas pesquisas de intenção de voto.

Exemplar, pero no mucho
O governo está convicto de que, se demitir todos os apadrinhados de quem votou contra a reforma trabalhista, pode deflagrar uma rebelião sem precedentes e perder de vez os 308 votos que precisa juntar — e ainda não tem — para aprovar a reforma da Previdência. Portanto, hoje saem alguns, mas nem todos.

Muito além das pesquisas I
Os tucanos olharam com alguma esperança para a pesquisa que apontou Lula em primeiro lugar e Jair Bolsonaro empatado com Marina Silva, na segunda posição na disputa à presidência. A esperança está nos 9% de João Doria, que, embora desconhecido, aparece no mesmo patamar de Aécio Neves e Geraldo Alckmin. Ou seja, com um pouquinho de campanha e conhecimento, o prefeito pode emplacar.

Muito além das pesquisas II
Apesar de uma maioria da população resistir às reformas da Previdência e da legislação trabalhista, o governo vai insistir com a base dentro da seguinte tese: a única saída para os governistas terem votos é a aprovação das reformas, que são capazes de melhorar o ambiente econômico.

Rodrigo, a ética e a memória
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), declarou ao Estadão que deputados só podem ser julgados no Conselho de Ética por crimes cometidos no exercício do mandato. Se fosse assim, o homem da motosserra Hildebrando Pascoal não teria sido cassado. Em 1999, a Câmara cassou o mandato do deputado pelo crime da motosserra cometido em 1997, quando ainda não era deputado federal.

Renan no comando // O líder do PMDB indicou o senador Hélio José (PMDB-DF) para relatar a CPI da Previdência. Uma das primeiras ações do senador será chamar o relator Arthur Maia, para esclarecer o parecer.

Santo de casa // O compliance de Furnas recusou, mas o da Eletrobras aceitou investigar a denúncia anônima envolvendo o diretor de novos negócios, Claudio Semprine. Uma das denúncias é usar empresas que têm negócios com a companhia para empregar familiares. Semprine é irmão do ex-superintendente da PF do Rio de Janeiro Mário Semprine.

Agora vai // O Supremo Tribunal Federal dirá esta semana se o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), pode ou não ser processado sem autorização da Assembleia Legislativa. Está cinco a quatro contra a autorização. Faltam os voos de Gilmar Mendes e de Alexandre Moraes.

Orações por Carlos Chagas // Aqueles que tiveram o privilégio de conhecer e conviver com o jornalista Carlos Chagas (foto) têm encontro marcado hoje, 18h30, na Paróquia São Pedro de Alcântara, no Lago Sul, onde será celebrada a missa de 7º dia pela morte do professor e exemplo de vida.

Eunício vai para casa hoje

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O presidente do Senado, Eunício Oliveira, acaba de receber alta do hospital Santa Lúcia. Ele vai logo para casa, porque a ressonância de crânio realizada hoje à tarde mostrou que está tudo normal.O diagnóstico final foi Acidente Isquêmico Transitório (AIT). Em casa, d. Mônica Paes de Andrade Oliveira ficará encarregada de barrar as conversas sobre problemas políticos.

Eunício sai da UTI e deve ter alta amanhã

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O presidente do Senado, Eunício Oliveira, deixou hoje a Unidade de Terapia Intensiva do hospital Santa Lúcia e os médicos acreditam inclusive que, neste sábado, ele poderá voltar para casa, dado o quadro de melhora se seu estado de saúde. O senador desmaiou na madrugada de quinta-feira, em casa. Ele se encontra “consciente, orientado e caminhando bem”, diz o boletim divulgado há pouco.

Eunício na UTI II

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O presidente do Senado, Eunício Oliveira, deve ser transferido ainda hoje para São Paulo, onde fará exames complementares no Hospital Sírio Libanês. O último boletim médico divulgado pela equipe do hospital Santa Lúcia informa que ele permanece na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e se encontra “estável no momento, consciente e orientado”. Foram afastadas as suspeitas de acidente vascular cerebral (isquêmico ou hemorrágico) e encefalite viral.
Eunício desmaiou na madrugada de hoje, em casa, quando acompanhava a votação da reforma trabalhista na Câmara. A transferência para São Paulo ainda depende de liberação para a viagem. Desde a manhã de hoje, quando a notícia veio a público, vários senadores e o ex-presidente José Sarney foram ao hospital num gesto de solidariedade à família e ficaram mais tranquilos diante da boa notícia de não ter sido um AVC. A família, entretanto, segundo informações dos senadores, planeja a transferência para São Paulo para submeter o presidente Eunício a um check up completo.

A distante meta de 308

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O resultado da votação do texto base da reforma trabalhista, 296 a 177, indica que faltam apenas 11 votos para que o governo atinja os 308 votos necessários para fazer valer a reforma previdenciária, certo? Errado. A depender do resultado de hoje na ciência inexata que é a política, a reforma está a perigo. Isso porque nas conversas anteriores à votação há pouco no plenário da Câmara, muitos deputados governistas diziam que estavam dispostos a votar a trabalhista. Porém, na hora de mexer nas regras das aposentadorias e pensões, eles não se mostram dispostos a seguir na direção imposta pelo governo. O governo até aqui venceu uma batalha, mas a guerra continua. E, se na reforma trabalhista o governo enviou uma ideia e está prestes a sair com uma lei, na previdenciária, o caminho das mudanças é no sentido inverso __ amenizar o projeto do governo. O governo não quer mexer mais na reforma previdenciária. Os políticos querem mais mudanças. Essa é a queda de braço a ser travada em maio.

Francischini vai ao STF para barrar lei do abuso

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O deputado Fernando Fracischini (SD-PR) ingressa daqui a pouco com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar suspender a tramitação do projeto de lei que regula o abuso de autoridade, um texto que o Senado pretende votar amanhã. Na petição, o deputado cita o próprio serviço de consulta pública do site do Senado que registra 280 mil votos contra o projeto e apenas 4 mil a favor.

PMDB do Senado ganha mais uma

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Aberto o rol de inquéritos baseados na lista da Odebrecht, o governo acelera algumas nomeações de quem não está citado nesse enredo. O Diário Oficial da União traz hoje o nome do ex-senador Luiz Otávio Oliveira Campos para a Secretaria de Portos do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. O governo apenas esperou para saber se Luiz Otávio, que já frequentou outras listagens, estaria na relação. Liberado, seguiu ontem mesmo para o DOU. Além da ligação com o senador Jader Barbalho, o secretário é considerado muito próximo do líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros.

E lá se foi a “Paz-coa”…

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A lista liberada hoje pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin coloca sob os holofotes todos os ex-presidentes pós-democratização que ainda estão vivos. Sobrou apenas Itamar Franco, que governou o país depois do impeachment de Fernando Collor. Itamar até hoje é citado como um exemplo nessa seara de mal feitos. Ele afastou Henrique Hargreaves da Casa Civil em 1993 e o readmitiu quando Hargreaves foi inocentado no escândalo do Orçamento. Agora, nas próximas horas, veremos o conteúdo das delações. Jornalistas de plantão nesse feriado terão muito trabalho. De tédio, não morreremos jamais.