Pressão no PSB

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O presidente do partido Socialista Brasileiro, Carlos Siqueira, afirmou ao blog que não resta saída ao presidente Michel Temer fora da renúncia. Siqueira defendeu ainda que o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, entregue o cargo ainda hoje. “Alguém de destaque no nosso partido não pode mais permanecer nesse governo que não tem mais condições de governar”, disse Siqueira, num movimento para colocar o partido de vez na oposição. A ideia é reunir a comissão executiva nacional do PSB ainda no fim do semana para fechar uma posição oficial a respeito.

Temer muda agenda e prepara pronunciamento

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O presidente Michel Temer era nessa madrugada um  homem arrasado. Chegou a se emocionar a conversar com alguns colaboradores, ao dizer que jamais teve a intenção de proteger Eduardo Cunha. Porém, ele agora tem plena consciência da gravidade da situação e, ao contrário do que fazia a antecessora, Dilma Rousseff, não pretende mais se encastelar numa postura de quem não tem nada com isso. Aguardemos o pronunciamento. As notícias pululam. E não chegamos sequer ao final da manhã.

Temer, Dilma e Aécio

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Nos dias que antecederam o impeachment, a presidente Dilma Rousseff procurava trabalhar como se nada estivesse acontecendo, dando um ar de normalidade. É exatamente o que Michel Temer faz nesse momento, enquanto os aliados buscam saídas paaa crise e a Polícia Federal faz busca e apreensão na casa e nos gabinetes de Aécio Neves e de Zezé Perrela. É a Operação Patmos, a ilha grega onde São João teve a visão do apocalipse.

Edson Fachin pediu o afastamento de Aécio do mandato. A situação do mundo político tucano é delicada. Os senadores do PSDB têm reunião daqui a pouco para discutir o afastamento de Aécio da presidência do partido. O dia será longo.

 

 

Em 17 de março, quando a PF deflagrou a Operação Carne Fraca, com foco na JBS, o empresário Joesley Batista já havia gravado Michel Temer. O empresário considerou que a lupa sobre a sua empresa nào foi mera coincidência. Queriam sim tirá-

Sem saída

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Dia desses, um interlocutor perguntava à presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Carmem Lúcia, como ela estava lidando com as coisas. A resposta: “E eu nem posso lhe dizer que coisas”.

 

Agora, as “coisas” começam a surgir. Carmem Lucia é apontada como quem autorizou todas as investigações que hoje põem o governo em xeque. Ontem à noite, ninguém dava um vintém pelo governo de Michel Temer. O problema é saber quanto tempo o governo conseguirá fazer soar as trombetas da resistência.

 

O presidente Michel Temer é um homem que viverá os próximos dias envolto em aflições sem soluções fáceis. Na Câmara, a oposição prepara uma avalanche de pedidos de impeachment. No Ministério Público, um pedido de investigação por atos praticados no mandato. Se, por acaso, o presidente renunciasse hoje para escapar de tudo __ algo que ele não dá sinais de que fará __ iria para a jurisdição de Sérgio Moro Isso se o Supremo Tribunal Federal não considerar que ele e o deputado Rodrigo Rocha Loures devam ficar na mesma instância, ou seja, no STF.

 

Para quem não acompanhou o noticiário, Rocha Loures é acusado pelos donos da JBS de receber R$ 500 mil em uma mala. É um dos mais fiéis aliados de Michel Temer. Passou o início do governo Temer em um cargo de assessor especial no Planalto. Com a ida de Osmar Serraglio para o Ministério da Justiça, abriu-se a vaga para Rocha Loures assumir o mandato. O fato de Rocha Loures, suplente, ter assumido lhe garante agora o foro privilegiado para responder criminalmente no STF.

 

Tudo isso foi conversado nesta madrugada entre aliados do presidente Temer. Já há quem especule inclusive sobre a eleição de um presidente para cumprimento de um mandato tampão até dezembro de 2018.

 

O PT fez uma reunião há pouco e concluiu que o melhor para o momento é acelerar a Proposta de emenda constitucional que fala em eleição direta em caso de afastamento do presidente da República. Falta combinar com a base aliada de Michel Temer, um grupo que ainda não disse nem que sim nem que não. Vejamos os capítulos desta manhã daqui há pouco.

 

 

 

Oposição pede renúncia de Temer

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O deputado Silvio Costa (PTB_PE) acaba de pedir a renúncia do presidente Michel Temer. Na avaliação dele, o presidente “não tem mais condições de permanecer no cargo depois da divulgação das afirmações dos controladores da JBS, Joesley e Wesley Batista”. “Impeachment serão quatro meses. Ele precisa renunciar e convocar novas eleições”,defendeu o deputado.

O Jornal O Globo divulgou no início da noite em seu site que o presidente Michel Temer se reuniu com Joesley em março deste ano no Jaburu. O que Temer não sabia era que Joesley portava um gravador. Temer teria estimulado o empresário a continuar comprando o silêncio de Eduardo Cunha. “Tem que manter isso, viu?”

As afirmações não pararam por aí. O deputado Rodrigo Rocha Loures teria recebido uma mala de dinheiro. Aécio Neves teria pedido R$ 2 milhões. As afirmações e gravações feitas pelos do donos do frigoríficos fazem parte da tentativa de acordo de delação premiada por parte dos empresários. Eles são acusados de pagamento de propina a políticos e agora junta-se a essa denúncia o pagamento de mesada a Eduardo Cunha e ao doleiro Lúcio Funaro, ambos presos pela Lava Jato, para que eles permanecessem calados.

Na Câmara e no Senado as sessões terminaram mais cedo. A noite será longa.

As certezas do PT

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Os petistas estão convictos de que o juiz Sérgio Moro vai condenar Lula. Consideram que o magistrado deu essa dica durante exposição em Londres, onde mencionou a hipótese de condenação de um político de envergadura, que muitos podem considerar injusta, porém, cabe a um juiz julgar de acordo com as leis e as provas. Partindo dessa premissa, o partido não descarta inclusive a hipótese de o ex-presidente concorrer com uma liminar em mãos, caso seja condenado também em segunda instância. Muitos prefeitos fizeram isso em 2016. E Lula pode perfeitamente repetir em 2018.

Porém, enquanto o partido tiver energia, a ordem será manter o discurso de que Lula é inocente e perseguido. Falta combinar com o eleitorado, onde o petista, apesar de líder nas pesquisas, está mais perto do piso que sempre

Renan, o exemplo I
O líder do PMDB, Renan Calheiros, pode até ter refluído em sua cruzada contra as propostas das reformas trabalhista e previdenciária. Mas os aliados, não. O senador Omar Aziz (PSD-AM) é direto: “No PSD não tem posição fechada em relação às reformas. Se até o líder do PMDB gravou um vídeo criticando, quem sou eu para conseguir unidade na minha bancada?”
Renan, o exemplo II
Ainda que muitos digam que Renan refluiu em sua campanha contra as reformas e coisa e tal, o movimento que ele provocou está num crescente. É que, se ele conquistou algo para Alagoas, outros agora querem obter o mesmo batendo o pé contra a reforma.
Marcha providencial
Caiu como uma luva a marcha dos prefeitos justamente no período em que o governo busca votos para aprovar a reforma previdenciária na Câmara. É que, desde segunda-feira, prefeitos dos rincões mais distantes têm feito a festa no Planalto e no Congresso. Ministros e assessores estão todos mobilizados para atender muito bem os deputados que chegam acompanhados de seus cabos eleitorais. É a hora de conquistar algum antes de registrar o “sim” no painel eletrônico de votações.
PSB em litígio
Os governadores do DF, Rodrigo Rollemberg, de Pernambuco, Paulo Câmara, e o vice-governador de São Paulo, Márcio França, têm encontro marcado hoje com o presidente do partido, Carlos Siqueira, o presidente da Fundação João Mangabeira, Renato Casagrande, e o ex-deputado Beto Albuquerque. Vão discutir a reforma previdenciária. Será o duelo dos com mandato, a favor da reforma, e o dos sem-mandato, contra as propostas do governo Temer. O racha reflete exatamente

A queda de Lobão/ Os peemedebistas não estão numa fase muito boa. Primeiro, foi o ex-presidente José Sarney a sofrer uma queda. Depois, o presidente do Senado, Eunício Oliveira desmaiou. Agora, o senador Edison Lobão levou um tombo em casa e teve que se submeter a uma cirurgia na clavícula esquerda.

Tá explicado/ O plenário da Câmara fervilhava ontem à tarde. O quorum tinha sua razão: são os deputados querendo votar tudo de acordo com aquilo que o governo deseja para que seus prefeitos sejam bem atendidos nos ministérios.
O recado de Geraldo/ A entrevista do prefeito de Santos, Paulo Barbosa, uma espécie de porta-voz de Geraldo Alckmin, foi lida no mundo político como um recado do governador no sentido de que é candidato a presidente da República e não abre mão. Com ou sem Lava-Jato. À Folha de S.Paulo, Barbosa disse com todas as letras que o candidato tem que ser Geraldo.

CB.Poder/ O programa que sela a parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília recebe hoje, ao vivo, às 13h30, os deputados Evandro Gussi
(PV-SP) e Áureo Ribeiro (SD-RJ) para um debate sobre a reforma previdenciária.como está a bancada da Câmara em relação a esse tema, meio a meio.obteve do que do teto que um dia conquistou.

TEmer com tucanos

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Em seu esforço pró-reformas, o presidente Michel Temer recebe agora os senadores do PSDB.  Há quem diga que a reunião abodará o fim do imposto sindical, uma forma de evitar que as centrais, em especial a CUT, sirvam de sustentáculo a movimentos políticos  do PT.

A ajuda do informante

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Policiais federais estão convictos de que alguém avisou os irmãos Joesley e Wesley Batista sobre a operação Bullish, que investiga os empréstimos do BNDES. Assim, eles puderam se organizar. Wesley, que ficou no Brasil, prestou depoimento. Agora, poderá preparar Joesley, que está em Nova York, sobre o tipo de perguntas que os investigadores farão e, ainda, orientar o depoimento, a fim de evitar contradições entre os dois.

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Em tempo: não foi a primeira vez que um alvo de operações da PF saiu de fininho às vésperas de ser fisgado. Um caso recente foi o de Eike Batista. A partir de agora, as operações ficarão ainda mais restritas para evitar que se levantem suspeitas de vazamentos.

Pressão sobre Palocci

Depois que os depoimentos dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura jogaram novamente o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci no centro do ringue, como “o homem do caixa dois”, não restou saída: ou Palocci colaborava logo com as investigações ou não sobraria muita coisa que levasse os investigadores a aceitar uma colaboração da parte do ex-ministro. Agora, ele falará sobre Lula e sobre os bancos.

Emprego garantido I

Deflagrada a operação Bullish sobre os empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), o governo fez refluir todos os movimentos políticos para tentar trocar a presidente do Banco, Maria Sílvia Bastos. Agora é que ninguém mais vai mexer por ali.

Emprego garantido II

Outro que também está com carteirinha de permanência no governo, apesar da pressão de setores do PTB, é o ministro do Trabalho, Ronaldo Pereira. O trabalho dele foi visto como fundamental para aprovação da reforma trabalhista, apesar das críticas partidárias.

Ocupa Congresso

A perspectiva de o presidente Michel Temer apresentar propostas para simplificação da gama de impostos cobrada no país é vista por setores do Parlamento como uma forma de manter os deputados e senadores ocupados com uma agenda governamental forte e, assim, evitar as chamadas pautas-bombas que imperaram nos tempos de
curto-circuito entre o governo
Dilma e o Legislativo.

Disputado/ O ministro de Minas e Energia, Fernando Filho (foto), conversava com os ministros das Cidades, Bruno Araújo, e da Educação, Mendonça Filho, próximo à rampa que leva ao terceiro andar do Palácio do Planalto, quando, de repente, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, grita do alto da rampa:
“Vou te dar uma gravata verde!
Prepare-se: O DEM é a sua casa”.

Decidido/ O ministro Fernando Filho apenas sorriu e, depois, comentou com a coluna: “Não existe isso de trocar de partido”, diz ele, hoje filiado ao PSB, onde também está o pai do ministro, o senador Fernando Bezerra Coelho.

1 X 1/ Advogados que analisaram com uma lupa o depoimento do ex-presidente Lula ao juiz Sérgio Moro consideraram que o ponto mais frágil do ex-presidente foi o encontro com o ex-diretor da Petrobras Renato Duque. Quanto ao juiz Sérgio Moro, o ponto que “pegou” foi a apresentação de um documento apócrifo ao réu.

Acordo à frente/ Quem acompanha a disputa pela presidência do PT aposta todas as fichas na senadora Gleisi Hoffmann e ainda aposta num entendimento com o senador Lindbergh Farias.