Categoria: Eleições 2018
O PP já dá como certo a senadora Ana Amélia na vice de Geraldo Alckmin. E tem as razões claras para isso. Ela é do Rio Grande do Sul, estado onde Jair Bolsonaro está ganhando terreno. Está longe de malfeitos, atrai o voto feminino e é muito respeitada no setor agropecuário. A vice-governadora do Piauí, Margarete Castro, que fez parceria com o PT de Wellington Dias em seu estado, seria um problema para Ciro Nogueira. O senador teria dificuldades de explicar em sua terra natal o fato de ter colocado a mesma Margarete em outra aliança.
Ana Amélia é jornalista, chefiou o jornal Zero Hora em Brasília, foi candidata ao governo do Rio Grande do Sul em 2014 e é vista como um dos melhores quadros do PP. Para Geraldo Alckmin é uma escolha que, avaliam seus aliados, não vai gerar problemas. Ela iria disputar a reeleição no Rio Grande do Sul. Ela agora prepara a sua saída da disputa gaúcha em busca de alguém que possa substituí-la na vaga ao Senado. H]a quem diga que só falta isso para fechar e Alckmin anunciá-la como vice.
Colaborou Antonio Temóteo
O pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, avalia, pelo menos, três nomes para compor a chapa a presidente da República. O da senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS), o da vice-governadora do
Piauí, Margarete de Castro Coelho, também do PP, e o ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo, que já foi do PCdoB e hoje está no Solidariedade.
As duas mulheres são consideradas mais agregadoras em termos de discurso. Uma é do Nordeste, onde Alckmin precisa reforçar a campanha e tira ainda uma
aliada do PT. A senadora Ana Amélia dá um suporte maior no Sul do País, onde Jair Bolsonaro começa a ganhar terreno.
Aldo, por sua vez, levaria um viés de esquerda à coligação, porém, faz política em São Paulo. A decisão deve sair até esta sexta-feira.
Fraga liga para Bolsonaro: “Meu candidato agora é Geraldo Alckmin”
O candidato do DEM ao governo do Disrito Federal, deputado Alberto Fraga, contou ao blog que ligou para o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, para Expo ar que, por questões partidárias, apoiará Geraldo Alckmin, do PSDB. O apoio de Fraga a Alckmin foi fechado numa reunião com o presidente do DEM, ACM Neto, ontem.
A pressão para que Fraga abandonasse Bolsonaro começou no momento em que o pré-candidato do PSDB, Izalci Lucas, largou a pré-campanha de governador para se aliar a Fraga. Tudo porque Rogério Rosso havia procurado a direção nacional
do PSDB para dizer que o PSD é quem daria palanque a Alckmin no DF e não o DEM
de Fraga. O presidenciável tucano, então, certo de que Fraga era Bolsonaro, tentou interceder em defesa de Rosso, mas ACM Neto deu praticamente um ultimato a Fraga, que, na hora mudou: “Tudo bem, eu apoio Alckmin”.
Fraga não deixa de ter uma certa mágoa em relação a Bolsonaro, porque, embora sejam amigos, o candidato do PSL perdeu a chance de declarar apoio explícito a Fraga quando começou às conversas com
O general Heleno. A um amigo do DEM, Fraga comentou: “Quando ele
Veio buscar apoio do general, esqueceu de mim. Agora, meu candidato é Geraldo Alckmin. Coisas da política”.
Gabriela Vinhal
Para tentar manter a unidade do partido em Pernambuco, a Executiva Nacional do PT quer enviar dois dirigentes a Pernambuco para conversar com Marília Arraes. Ela teve a candidatura cancelada após a sigla anunciar acordo com o PSB no estado.
O senador Humberto Costa (PT-PE) disse que, mesmo com a reação da ex-vereadora do Recife, a decisão já está tomada. Ele chegou à sede o partido para se reunir com dirigentes. “A Executiva quer mandar umas duas pessoas pra lá (Recife) para conversar com Marília”, disse. Questionado se a petista poderia tentar candidatura à deputada federal, o senador disse que não sabe do futuro, mas que “só depende dela”.
O acordo que o PT fecha com o PSB para garantir o apoio da maioria dos estados do Nordeste a um nome do PT à Presidência da República caiu como um balde de água fria sobre os planos do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, de levar os socialistas a fecharem o apoio a Ciro Gomes (PDT). A tendência agora é o PSB liberar o partido a apoiar candidatos com viés mais à esquerda, o que Rollemberg disse ao blog, com exclusividade, que considera um erro:
“Nesse momento delicado da vida política nacional, um partido com a história do PSB não se posicionar claramente por uma candidatura é um erro. Estamos contribuindo para manter a polarização PT-PSDB, que não fez bem ao Brasil. O PSB tinha uma oportunidade de ter uma posição que permitisse construir uma alternativa a essa polarização que colocou o Brasil nessa situação. O PSB poderia cumprir um papel decisivo nessa eleição e optou por um papel secundário. Eu vou continuar tentando construir uma aliança no campo progressista, com PSB, PV, REDE, PDT E PCdoB. Eu aqui farei a campanha de Ciro Gomes. A aliança com o PT jamais passaria (numa convenção nacional). Hoje, o PSB está entre duas alternativas: Ou apoiar Ciro Gomes, que no meu entendimento é a mais correta, ou liberar, o que no meu entendimento é um equívoco. O partido tinha que ter uma posição”.
Denise Rothenburg e Gabriela Vinhal
Uma resolução da direção nacional do PT definiu o apoio ao PSB em Pernambuco, Paraíba, Amapá e Amazonas, e ainda, ao PCdoB, no Maranhão. O mais traumático para os petistas foi Pernambuco, porque significa que a vereadora Marília Arraes não será mais candidata ao governo do estado. O PT pretende ainda formalizar o convite ao PROS para integrar a coligação nacional. O objetivo da reunião e da resolução é dar prioridade absoluta à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Planalto (candidato que ninguém sabe sequer se conseguirá o registro, porque está condenado em segunda instância). Com esse gesto, porém, o PT atingiu um dos objetivos: Afastar o PSB do candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, e reforçar a liberação dos socialistas para apoiar presidenciáveis com viés de esquerda, o que, no fundo atende ao PT. Pelo menos, em sete dos nove estados do Nordeste, o PSB apoiará o candidato a presidente que o PT indicar. As exceções são Sergipe e Piauí. O governador do DF, Rodrigo Rollemberg, disse ao blog que continuará apoiando Ciro.
A retirada da candidatura de Marília foi jogo combinado entre PSB, PT e PCdoB, que lançou hoje oficialmente o nome de Manuela D’Ávila a presidente da República. O PSB, por sua vez, apoiará o PT em Minas Gerai, leia-se a reeleição de Fernando Pimentel, e retirará a candidatura de Márcio Lacerda ao governo mineiro. O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, acaba de convocar uma reunião para comunicar que a direção nacional petista aprovou o apoio à sua reeleição. Nacionalmente, entretanto, o PSB deverá indicar apoio aos candidatos do campo da esquerda, de forma a preservar aqueles que, como Rollemberg, desejam apoiar Ciro.
Resolução
O texto aprovado pela direção petista diz que pretende construir as condições políticas para que uma aliança progressista governe o país em 2019. “A direção do PT desenvolveu intenso diálogo com outros partidos, prioritariamente PSB e PCdoB, com os quais temos vínculos históricos”, diz o documento. Além do PSB e do PCdoB, mais três legendas assinaram um acordo com o PT, por meio de fundações partidárias, do manifesto programático Unidade para Reconstruir o Brasil. A candidatura de Marília Arraes, para o governo de Pernambuco, foi retirada para dar espaço a Paulo Câmara, um dos requisitos para firmar o apoio entre os dois partidos. Mais cedo, os socialistas que ainda estava indecisa sobre qual caminho seguir, decidiram manter a neutralidade. A ideia é que os diretórios estejam livres para fazer as próprias alianças. Ontem, Siqueira recebeu, na sede do partido em Brasília, Gleisi, o presidente do PDT, Carlos Lupi, e a presidente do PCdoB, Luciana Santos. Para negociar uma pauta única da esquerda em âmbito nacional nessas eleições. No entanto, o encontro não chegou a acordo algum.
Sem unidade sobre quem apoiar para presidente da República, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, não descarta que o partido decida pelo “campo das esquerdas”, o que alguns chamam de “neutralidade assistida”. Em vez de fechar apoio formal a um único candidato, o PSB soltaria um documento com o rol de candidatos que podem receber apoio de diretórios estaduais do partido. A ideia é evitar que alguém decida, por exemplo, seguir com o candidato do PSL, Jair Bolsonaro. “Não teremos neutralidade, porque se alguém quiser apoiar Bolsonaro, não autorizaremos. Bolsonaro, não”, disse Siqueira na saída da reunião com as presidentes do PT, Gleisi Hoffmann; do PCdoB, Luciana Santos; e do PDT, Carlos Lupi. Lupi, por sua vez, considera que o PSB tem tudo para apoiar Ciro Gomes: “Só se os diretórios estduais estiverem mentindo para mim, mas há uma maioria pró-Ciro”, diz Lupi.
Dos quatro partidos, apenas o PSB não tem candidato a presidente. Logo, a reunião pode ser traduzida numa tentativa de os três partidos com pré-candidatos tentarem conquistar o apoio explícito dos socialistas. No caso do PT, embora o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), defenda o apoio ao partido de Lula, Gleisi Hoffmann avisou que não vai retirar a candidatura de Marília Arraes ao governo de Pernambuco em prol da reeleição de Câmara. Se for assim, o PSB não retirará a candidatura de Márcio Lacerda em Minas Gerais. Essa é a queda de braço do PSB e do PT no momento. Até aqui, eles só têm um consenso: Estarão todos juntos no segundo turno. “Essa eleição está cada vez mais parecida com a de 1989. Vamos lançar candidatos e nos unir lá na frente”, comentou Lupi.
Comentário do blog: Em 1989, o país elegeu Fernando Collor, afastado em 1992, acusado de corrupção e com um operador, PCFarias, detentor de um mar de contas de fantasmas. Que Deus nos livre desse desfecho.
A advogada Janaína Paschoal (PSL) vai acompanhar o candidato do seu partido, Jair Bolsonaro, hoje à noite, ao programa Roda Viva. Para muitos, a leitura é a de que ela será candidata a vice-presidente da chapa encabeçada pelo ex-capitão. A escolha, entretanto, se dá mais pela ausência de um nome de outro partido do que propriamente pelas qualidades de Janaína.
Até aqui, todos os partidos que Bolsonaro procurou rejeitaram aliança. Quem entende de política não tem dúvidas de que esse movimento é sinal de que a maioria não acredita na vitória do deputado.
A deputada Tereza Cristina (DEM-MS) está a um passo de ser indicada vice na chapa de Geraldo Alckmin. Ela preside a Frente Parlamentar da Agricultura (FPA)e reforça a campanha de Alckmin num setor em que Jair Bolsonaro vem crescendo. Ela foi sondada ainda no caminho entre o hotel Windsor, no Setor Hoteleiro Norte, e a casa do senador Ciro Nogueira, o anfitrião da reunião de hoje dos cinco partidos do blocão.
Faltava àquela altura vencer as resistências do PP de Ciro Nogueira. Na noite de quarta-feira, Ciro deu uma entrevista em seu estado ecitou três mulheres de seu partido para a vaga, a senadora Ana Amélia (RS), a vice-governadora do Piauí, Margarete Coelho, a mulher do ministro Alexandre Baldy, Luana.
Das três, Ana Amélia é a que teria mais condições de ser aceita por todos os cinco partidos. Se não for Amélia, o nome é o de Tereza mesmo, a deputada do DEM.
Numa reunião dos partidos de Centrão que quase vara a madrugada de hoje, o empresário Josué Gomes avisou ao grupo que “infelizmente” não tem condições de aceitar a vaga de candidato a vice-presidente da República na chapa de Geraldo Alckmin. Sem ele, o Centrão fará na manhã de hoje o anúncio do apoio a Alckmin sem apresentar o nome para compor a chapa. É que, sem Josué, não há consenso entre os partidos até o momento. Por isso, tão logo termine a reunião no hotel Windsor, marcada para as 10h, os partidos voltam a se reunir para conversar sobre o assunto, mas não esta previsto o anúncio do nome ainda hoje.
O Centrão agora está entre duas vertentes: Uma é tentar dar ao partido um viés mais à esquerda, indicando o nome do ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo. Aldo já foi do PCdoB, passou uma brevíssima temporada no PSB e, por ironia do destino, saiu de lá porque não tinha a certeza de que seria indicado candidato a presidente da Republica. Se tivesse ficado por lá, hoje seria o nome para concorrer como cabeça de chapa. Naquela época, em meados de abril, o PSB ainda tinha esperanças de fazer de Joaquim Barbosa seu candidato.
Além de Aldo Rebelo, o Centrão avalia também a hipótese de colocar um nome do Nordeste. o problema é que o PRB, por exemplo, não tem tanta “afinidade” com o EM para aceitar um nome indicado pelo partido de Rodrigo Maia. Nessa reunião de hoje, eles deem afunilar a escolha e tentar resolver diferenças. Alckmin, por sua vez, ja disse que não tem pressa em escolher o candidato a vice. Para ele, vale mais o anúncio hoje do apoio dos partidos. Feito isso, os tucanos acreditam que, até a próxima semana, tudo se resolve no quesito candidato a vice-presidente.
Josué estava com problemas em aceitar a vice por duas razões, conhecidas desde o momento em que seu nome foi indicado. A primeira delas é familiar. Há uma convivência boa e fraterna entre a família dele, em especial, a mãe, d. Mariza, de 83 anos, e a família do ex-presidente Lula, de que o pai do empresário foi parceiro de chapa por oito anos. Além disso, politicamente, houve primeiro o convite do PT para que Josué integrasse a chapa. E o PR, no fundo, só não seguirá com Lula porque tem a certeza que o ex-presidente não será candidato e, sem Lula, o PR não deseja aliança com os petistas. Agora, sem Josué, o partido espera, ao menos conseguir influenciar na escolha do vice de Alckmin. É o que será debatido depois do anúncio de apoio ao tucano.