ACM Neto comunica o “sim” do DEM a Alckmin

Publicado em Eleições 2018

Terminou há pouco a reunião do Democratas que deu sinal verde para que o presidente do partido, ACM Neto, comunique oficialmente o apoio da legenda a Geraldo Alckmin, candidato do PSDB a presidente da República. Neto saiu da reunião do partido para uma conversa a sós com Alckmin. O comandante do DEM foi inclusive liberado para compor a coordenação da campanha. O encontro do blocão dos partidos de Centro __ DEM, PP, PR, PRB e SD _ com o candidato do PSDB está marcado para hoje, as 10h, no hotel Windsor, na área central de Brasília. Não está previsto, no entanto, o anúncio do nome do candidato a vice na chapa. Hoje à noite, os partidos de centro terão um novo encontro. O PR exige que o empresário Josué Gomes responda logo se aceita ou não compor a chapa de Geraldo Alckmin ao Planalto.

Os partidos querem logo uma resposta para que possam tratar abertamente de outros nomes. São cogitados Aldo Rebelo, do Solidariedade; Mendonça Filho, do DEM, e a senadora Ana Amélia Lemos, do PP. Entretanto, ninguém moverá uma peça, enquanto o nome de Josué estiver na roda. É que não dá para apresentar um nome e a pessoa terminar no papel de preterida, na hipótese de Josué decidir aceitar a missão. A reunião de hoje dos caciques do Centrão promete ser longa e avaliar todas as hipóteses, além do quadro das alianças estaduais.

E Toffoli não solta Lula

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Se o PT tinha alguma esperança de que o presidente em exercício do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, iria soltar Lula, agora não tem mais. Toffoli enviou o pedido de habeas corpus ao relator da Lava Jato no STF, ministro Edson Fachin. O pedido foi feito por um advogado que não integra a equipe encarregada da defesa do ex-presidente. “O caso não se enquadra na previsão do art. 13, inciso VIII, do Regimento Interno deste Supremo Tribunal (aquele que trata das questões urgentes a serem decididas pelo presidente da Suprema Corte), em especial ante a possibilidade de incidência do entendimento da Corte segundo o qual é inadmissível o habeas corpus que se volta contra decisão monocrática do relator da causa no Superior Tribunal de Justiça não submetida ao crivo do colegiado por intermédio do agravo interno, por falta de exaurimento da instância antecedente”, justificou o ministro.

Conforme anteciparam a coluna Brasília-DF e o blog há algumas semanas, Toffoli não tomará qualquer decisão nesse período de recesso que possa a ser revista pela presidente do STF, ministra Cármen Lúcia. A ministra está no exercício da Presidência da República. Cármen Lúcia reassume o comando do STF no Sábado, quando o presidente Michel Temer volta da reunião dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) em Johannesburg.

Indeciso, PSB adia reunião que definirá alianças

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Gabriela Vinhal

Na noite de terça-feira (24/7), o presidente do PSB, Carlos Siqueira, decidiu remarcar a reunião do Diretório Nacional que ocorreria na próxima segunda (30/7), em Brasília, para o final da semana que vem.

Para ganhar tempo antes de bater o martelo quanto às alianças, Siqueira e caciques da sigla decidiram adiar o encontro para uma data mais próxima da convenção partidária da legenda, em 5 de agosto. A ideia é dar um pouco mais de tempo para as negociações.

Tendências

O PSB está rachado, ainda sem conseguir chegar a um consenso sobre as coligações nacionais. Forte, a bancada de Pernambuco quer apoiar o PT, enquanto outros dirigentes querem marchar ao lado de Ciro Gomes (PDT), como o Rio de Janeiro, Espírito Santo e o próprio Distrito Federal, com o governador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).

A neutralidade é o terceiro caminho possível para a sigla. Diretórios que, para evitar o mal estar entre os colegas, preferem deixar os estados livres para fazer as próprias coalizões. A exemplo de São Paulo, com o governador Márcio França (PSB-SP), que prefere que os diretórios sigam com as próprias pernas.

Neste ano, França não escondia as aproximações com o pré-candidato Geraldo Alckmin (PSDB). Ele argumentava em favor do tucano, mas por ser uma decisão impopular na legenda, prefere que o partido fique neutro.

Josué ganha tempo

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A nota que o PR soltou há pouco para esclarecer que o empresário Josué Gomes não recusou a vaga de vice na chapa de Geraldo Alckmin foi considerada um sinal de que o partido ainda vai insistir nessa construção. Tanto é que, no PSDB, o candidato Geraldo Alckmin vai esperar mais um pouco antes de se voltar a outros nomes para candidato a vice na sua chapa. Diz o texto do PR: “A Executiva Nacional do PR esclarece que ainda não há registro de qualquer decisão do republicano Josué Gomes, convidado para ser o vice da chapa encabeçada por Geraldo Alckmin”.

Desde ontem à noite circula a notícia de que Josué Gomes teria recusado o convite, por causa da ligação da família com o ex-presidente Lula. O pai dele, José de Alencar, foi vice-presidente da República no governo Lula. Daí, a resistência do empresário em aceitar a vaga na chapa encabeçada pelo tucano. Josué tem ainda um convite do governador de Minas, Fernando Pimentel, para integrar a chapa, mas Josué adiou a conversa com Pimentel. A tendência é a de que termine fora da disputa eleitoral. Porém, qualquer anúncio oficial só virá depois que o PR e o grupo de Alckmin encontrarem um outro nome. E segue o baile.

Tensão no MDB

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O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, está com um problemão para resolver no MDB desde a manhã de hoje, quando uma operação da Policia Federal levou para a cadeia o ex-governdaor André Puccinelli e o filho. Eles são acusados de desvio de recursos nos tempos em que Puccinelli governava o estado. Puccinelli seria aclamado amanhã candidato a governador numa convenção do partido. A situação é semelhante a de Lula, que está preso e será candidato. Agora, caberá aos filiados e a Marun decidirem se o partido lança outro nome ou espera Puccinelli. É o MDB sul-matogrossense em dia de PT.

Caciques do PDT se sentem usados pelo blocão de centro

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A notícia de que o blocão de centro fechará com Geraldo Alckmin, do PSDB, tornou a convenção do PDT mais opaca. O partido chegou ao encontro que lançou Ciro Gomes candidato a presidente da República com a certeza de que tudo o que ocorreu nos últimos dias nada mais foi do que um jogo dos centristas, em especial, o DEM e o PP, para cobrar mais caro o apoio ao PSDB. Em conversas reservadas, muitos pedetistas dizem que nunca sentiram sinceridade nas conversas com o PR e com o DEM, por exemplo. O PR levou a vice. O DEM, a presidência da Câmara. Os partidos que negociaram com Ciro sempre foram profissionais nesse jogo. Valdemar Costa Neto fez algo semelhante com Lula em 2002. Foi o que levou José de Alencar, pai de Josué, à vaga de candidato a vice na chapa de Lula. Agora, Ciro tenta se voltar ao campo de seu partido, a centro-esquerda. Só terá jogo se ampliar um pouco mais. Se continuar enfraquecido, vislumbra-se um segundo turno entre Geraldo Alckmin e Fernando Haddad, do PT.

Sem o blocão de centro, Ciro corre atrás dos eleitores de Lula e do reforço do PSB

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O discurso de Ciro Gomes hoje para as centrais sindicais em defesa da liberdade do ex-presidente Lula deixa clara a estratégia que ele adotará a partir de amanhã, quando será oficializado candidato do PDT à Presidência da República. Ele foi direto ao dizer que o “Brasil nunca será um país em paz enquanto o companheiro Luiz Inacio Lula da Silva não restaurar a sua liberdade”. Para bons entendedores, o recado está claro: Ciro quer os votos petistas.

O PDT e eu candidato sabem que Lula dificilmente conseguirá o registro da candidatura. Ele é condenado em segunda instância e a Lei da Ficha Limpa proíbe candidaturas de quem é condenado em segunda instância. O PDT e Ciro também sabem que o jogo do PT é deixar para trocar de nome quando todas as chances de o ex-presidente figurar na urna estiverem esgotadas. Logo, até lá, o PT oficialmente estará fora da corrida eleitoral. Os pedetistas dizem que esse é o tempo que Ciro precisa para tentar consolidar uma posição do eleitorado petista.

Ciro espera ainda reforçar essa possibilidade no próximo dia 30 de julho, quando deve obter o apoio do diretório nacional do PSB. Assim, quando o candidato petista, seja quem for, entrar no salão dos candidatos oficiais, os pares já estarão formados.

Outro partido que Ciro espera atrair enquanto Lula está preso é o PCdoB. Os comunistas têm reuniões ao longo do fim de semana para avaliar cenários, pesquisas e decidir se mantêm a candidatura de Manuela D’Ávila ou seguem com outro candidato do campo das esquerdas. São três vertentes: Uma quer Manuela, outra prefere Ciro e ainda tem quem esteja disposto a esperar um pouco mais para esperar pelo PT.

Uma coisa nesse mar de incertezas é certa: Se Lula conseguir ao menos registrar a candidatura desmontará tanto o castelo de Ciro quanto o de Geraldo Alckmin. Esse é o maior pesadelo do pedetista e do tucano.

Arrastados pelo DEM e pelo PRB, PP e PR rumam para Alckmin

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O tucano Geraldo Alckmin caminha para ter a maior aliança dos presidenciáveis. Ele acaba de obter maioria entre os partidos de centro reunidos em São Paulo. Pelo menos duas legendas, DEM e PP, têm hoje um número maior de líderes interessados na parceria com o PSDB do que com Ciro Gomes. E, para não deixar o PR de fora, está em curso uma negociação para fazer de Josué Alencar, filho do ex-presidente José Alencar, vice na chapa de Alckmin. Se Josué aceitar, Alckmin marca um golaço. É um nome que Lula não poderá atacar, porque, afinal, José Alencar, pai de Josué, foi o vice do ex-presidente por oito anos. O próprio Josué foi cogitado para candidato a vice inclusive na chapa do PT.

O que leva os partidos a Geraldo Alckmin é mais o quadro de incerteza diante de Ciro Gomes do que propriamente uma certeza da vitória do tucano. Ciro, embora esteja um “anjo”, na avaliação e integrantes do PP e do DEM, não é considerado um aliado fiel. “Um belo dia, ele acorda da pá virada e nos ataca sem a menor cerimônia, porque éramos aliados do governo Temer. aí não dá”, diz um deputado do PP. O DEM tem um grupo majoritário pró-Alckmin e o PRB também. O DEM, por sua vez, quer fazer de Rodrigo Maia novamente presidente da Câmara no ano que vem, algo que o PDT de Ciro Gomes resistia a garantir. Além disso, nos estados, esses dois partidos têm muito mais afinidades com o PSDB do que com o PDT de Ciro Gomes, que tende a obter o apoio do PSB. Nesse quadro, quem caminhará para o isolamento é o PT de Lula.

quem trabalhou e muito para esse apoio do blocão de Centro a Alckmin foi o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Recolhido em Minas Gerais, ele atuou ativamente nos bastidores, especialmente, nos contatos com o presidente do DEM, ACM Neto, e do PP, Ciro Nogueira. No PP, quando alguém pergunta se o partido fechou mesmo com Geraldo Alckmin, a resposta tem sido: “Ainda não, vai fechar. E detalhe para a vírgula. Nesse caso, faz diferença”.

Bolsonaro adia escolha do vice para 5 de agosto

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O candidato do PSL, Jair Bolsonaro, vai para a convenção que oficializará a sua candidatura a presidente da República sem um vice para compor a chapa. Ali, o partido dará carta branca à Comissão Executiva nacional para homologar a escolha, em 5 de agosto. A decisão de repassar a homologação para a executiva foi tomada hoje, depois que o PRP não autorizou o general Augusto Heleno ao ocupar a vaga na chapa do ex-capitão e, em resposta, Heleno saiu do PRP e não será candidato a nada. Ontem, ele já havia dito que estava pronto para assumir a vaga de vice na chapa. Com o desgaste de ter um vice desautorizado pela legenda, o PSL voltou à estaca zero nesse tema e agora não descarta sequer voltar a conversar com o senador Magno Malta (PR-ES) para ver se consegue convencê-lo a assumir o posto. O problema, entretanto, é que Malta teria que passar pela aprovação de seu partido, que resiste a seguir com Bolsonaro. O próprio senador também não quer, prefere concorrer à reeleição.

O adiamento da escolha é mais um sinal das dificuldades do líder das pesquisas hoje em agregar aliados. De ontem para hoje, dois partidos recusaram compor a chapa de Bolsonaro, o PR, capitaneado por Valdemar Costa Neto, e o PRP. Uma das soluções em estudo, a advogada Janaína Paschoal, uma das signatárias do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, não é considerada o melhor nome pelo partido, porque é do PSL. Assim, não acrescentaria o que Bolsonaro mais deseja hoje, tempo de televisão. Janaína manteria Bolsonaro restrito aos oito segundos no horário eleitoral, fazendo com que ele praticamente desapareça nas inserções ao longo da programação normal das emissoras, a propaganda que tem mais audiência. Agora, com mais dias para escolher o seu vice, ele espera angariar apoios. Só tem um probleminha: Se até lá as pesquisas começarem a mostrar crescimento de outros candidatos, ou mesmo uma baixa nos percentuais de Bolsonaro, o ex-capitão corre o risco de não agregar mais ninguém. Aí, restarão Janaína e os oito segundos.

Longe do consenso, PSB decidirá no voto

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Os socialistas nunca estiveram tão divididos. Por isso, a reunião do diretório, que deverá determinar o rumo a seguir na eleição presidencial deste ano, foi adiada para dia 30 de julho e a convenção partidária para 05 de agosto. Da candidatura própria, ao apoio a Lula, Ciro Gomes, Geraldo Alckmin, o PSB tem hoje de tudo um pouco. Ontem, por exemplo, o governador de São Paulo, Márcio França, insistia no programa Roda Viva na defesa do apoio a Alckmin. Já o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, continua interessado no apoio a Lula ou a ninguém. O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, prefere Ciro Gomes. Na Bahia, circula o nome de Lídice da Mata como candidata a presidente. Quem quiser perguntar sobre o que o partido fará vai perder tempo, porque cada um aposta a ficha no seu cavalo. E ninguém dá um vintém pela aposta do outro. Até mesmo Márcio França jura não ter perdido as esperanças de levar o partido para Geraldo Alckmin. Ao que tudo indica, a decisão do PSB será no voto. Essa é a única aposta que une todos os socialistas no momento