A verdade, nada mais que a verdade, promete Mandetta

Bolsonaro e Mandetta
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O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, segue espremido. De um lado, um presidente da República que deseja implantar no país apenas o isolamento vertical, reabrindo comércios e todos os serviços não-essenciais e isolando apenas os idosos e pessoas do grupo de risco. De outro, a Organização Mundial de Saúde, as recomendações dos infectologistas, e mais de meio mundo que considera o isolamento a única forma segura de evitar o colapso dos serviços de saúde pública, uma vez que a escassez de testes rápidos para isolamento apenas dos doentes impede outro tipo de tratamento. Entre os dois, Mandetta, para a entrevista de daqui a pouco, promete a verdade. Vai, assim, na linha da citação bíblica, João 8:32, sempre mencionada pelo presidente Jair Bolsonaro: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.

Bolsonaro, ao escolher seus ministros, em dezembro e 2018, anunciava que não cederia aos partidos e daria à sua equipe um perfil técnico. Se agora, nesse momento grave, Bolsonaro trocar o ministro da Saude, para colocar alguém que faça apenas a sua vontade, estará rasgando esse ativo que levou à sua eleição e foi amplamente aplaudido pela população. O próprio ministro Paulo Guedes, outro escolhido por um perfil técnico, disse hoje que está preocupado com a economia, mas defende o isolamento.

No mundo inteiro, os negacionistas da gravidade da pandemia que se mostraram mais atentos ao cenário econômico do que às questões de saúde pública tiveram que rever suas posições. Do prefeito de Milão, Giuseppe Sala, ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Bolsonaro insiste em manter sua sua posição. Vejamos quem está com a verdade. Afinal, como diz o presidente, a verdade libertará.

Mandetta foi contra o video “o Brasil não pode parar” Governo apelou a empresários em favor da campanha. Secom diz que vídeo foi “experimental”

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O ministro da Saúde, Henrique Mandetta, foi uma das autoridades que apelou para que o governo não colocasse em suas redes oficiais a campanha ö Brasil não pode parar”. Entretanto, desde a noite de quinta-feira, o vídeo circulou entre empresários e aliados do presidente Jair Bolsonaro para ver se “colava”. O apelo foi feito no sentido de substituir a campanha “fique em casa” pela “Brasil não pode parar”.

A campanha não colou. Desde o início da manhã, muitos parlamentares procuraram o secretário de governo, ministro Eduardo Ramos, para alertar que o presidente poderia ser responsabilizado caso haja uma explosão dos casos de Covid-19 nos hospitais e a explosão do coronavírus no país. Muitos empresários recuaram, assustados com o que ocorreu em Milão, onde houve uma campanha desse tipo e hoje há mais de 4 mil mortos. Agora no final da tarde, a Secretaria de Comunicação da Presidência a República soltou a seguinte nota:

“Trata-se de vídeo produzido em caráter experimental, portanto, a custo zero e sem avaliação e aprovação da Secom. A peça seria proposta inicial para possível uso nas redes sociais, que teria que passar pelo crivo do governo. Não chegou a ser aprovada e tampouco veiculada em qualquer canal oficial do Governo Federal.

No Sírio Libanês, o hospital dos políticos, a recomendação é de isolamento horizontal

Hospital Sírio-Libanês/Divulgação
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A posição do governo de manter apenas os idosos em casa levou mais especialistas a virem a público defendendo o distanciamento horizontal nesse momento. Infectologista do hospital Sírio Libanês em Brasília, hospital que tem recebido os políticos portadores do coronavírus, dr. Alexandre Cunha fala da importância do isolamento horizontal da população nessa fase da pandemia, recomenda a não circulação de jovens e diz que “as medidas de distanciamento social são as únicas que se mostraram eficazes para conter a disseminação rápida do novo coronavírus”. Ele menciona ainda que uma vacina só estará disponível daqui a um ou dois anos e os tratamentos alardeados como a cura são experimentais e baseados em estudos metodologicamente muito ruins”, afirma, acrescentando que “provavelmente, não terão a eficácia alardeada pela mídia.Os novos estudos já estão mostrando que os resultados não são tão promissores”, diz.

A avaliação do especialista é a de que o distanciamento social é importante para evitar que um grande número de casos ocorra simultaneamente, mesmo que esses casos seja entre pessoas jovens. “É verdade que o vírus tem menor impacto e letalidade e menor hospitalização. Se o número de infectados for muito grande num curto período, isso pode gerar uma sobrecarga do sistema de saúde, o que pode fazer com que haja óbitos evitáveis entre jovens, o que já acontece hoje nos Estados Unidos. E também aumento em idosos, que precisarão de hospital muitas vezes por outros problemas. Se os hospitais estiverem lotados, esses idosos não terão como se tratar”, diz ele, referindo-s a outras doenças comuns nessa faixa etária como problemas cardíacos, hipertensão.

Dr. Alexandre Cunha considera que afrouxar as medidas dependerá de estudos. “É claro, temos medir a cada momento da pandemia qual o momento de baixar a guarda e afrouxar essas medidas. Essa decisão temeu ser tomada por dados técnicos, baseada em dados estatísticos, epidemiológicos, sempre pensando que a economia é importante, o país não pode ficar parado por muito tempo. Mas, se a gente deixar os jovens circularem livremente nesse momento, corre um grane risco do nosso país entrar em colapso, como aconteceu em países como a Itália. Nesse momento, a melhor medida é se manter em casa pra evitar esse contágio rápido. A gente espera que, a medida que a população for sendo imunizada, gradativamente, que as coisas possam ao normal, inclusive os idosos possam voltar a frequentar os lugares que frequentavam habitualmente”, diz ele.

Bolsonaro quer se eximir de culpa da crise econômica e jogar tudo no colo dos adversários

Bolsonaro
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O pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro foi considerado um ponto político fora da curva para quem se disse avesso à mistura de política com ações de combate ao coronavírus. Isso porque passa a muitos a ideia de que o presidente está de olho, lá na frente, em 2022. Seu cálculo, compartilhado por alguns dos mais próximos, é marcar diferenças agora para seus potenciais adversários, em especial, o governador de São Paulo, João Dória.

A preços de hoje, Dória é visto como o maior adversário de Bolsonaro. Nessa terça-feira, São Paulo viveu o primeiro dia do fechamento de comércios e serviços não-essenciais. Wilson Witzel, do Rio de Janeiro, outro potencial concorrente, está há mais de uma semana tentando tirar os cariocas das ruas e das praias. Fechou bares, restaurantes, lojas.

Se a economia não estiver bem lá na frente, — e, por causa do coronavírus já há quase um consenso de que não estará — Bolsonaro sempre poderá dizer que, “eu tentei salvar a economia, reduzir o estrago, e me taxaram de louco”.

Nenhuma ação dos governadores foi feita longe do que está em curso em quase todos os países do mundo e até os Estados Unidos, que Bolsonaro vê como um modelo a ser seguido, a quarentena impera. A Disney fechou, a NBA, o basquete mais famoso do mundo, suspendeu a temporada. E, para completar, algumas horas antes do pronunciamento do presidente, Tóquio anunciou o adiamento das Olimpíadas deste ano.

A contar pelo discurso de Bolsonaro, todos estão errados e ele, certo. Ele sabe que não é culpado dessa derrocada mundial causada pelo vírus, mas arma sua jogada para ficar ainda mais longe desse estrago.

Bolsonaro aposta no mercado futuro. Considera que o coronavírus viverá seu ciclo e, depois, alguém terá que recuperar a economia. Da mesma forma que, em 2018, se apresentou como aquele que “tiraria o país da corrupção”, ele quer ser, em 2022, o dono da mensagem de que o vírus passa, mas a economia permanece. Falta combinar com aqueles que, em meio à pandemia, sofrem em busca de uma vaga nos hospitais ou perdem seus entes queridos por causa da Covid-19. Quando a vida está em jogo, nenhuma conta fecha. E as altas apostas podem comprometer o jogo inteiro.

Pronunciamento de Bolsonaro: armadilha para cancelar reunião com governadores do SE

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A fala do presidente Jair Bolsanoro em cadeia nacional de rádio e TV foi feita sob medida para deixar claro aos governadores do Sudeste, com quem ele se reúne amanhã, sua posição a respeito das quarentenas, fechamento de escolas e partes, a fim de evitar aglomerações. A posição foi vista por alguns políticos como uma armadilha para que os governadores do Sudeste critiquem a fala e, assim, dêem argumento para Bolsonaro cancelar a reunião. Bolsonaro não quer conversar nem com o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, nem tampouco com o governador de São Paulo, João Dória e nem com o do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB). Considera __ e seu pronunciamento deixa isso claro __ que a quarentena é exagerada e que imprensa mostra a Itália para deixar o Brasil em pânico. Dos quatro, só não tem criticado o de Minas Gerais, Romeu Zema.

O presidente está convencido de que a quarentena em São Paulo e Rio de Janeiro, onde o número de casos é maior, vieram sob encomenda para atrapalhar seu governo. Sua posição é idêntica é do ex-ministro da Cidadania Osmar Terra que, em entrevista ao CB.Poder ontem, disse ver “uso político” nas decisões dos governadores. Casagrande discorda das palavras do presidente, mas considera que a reunião será importante para que, cada um exponha sua posição. “Considerei o pronunciamento irresponsável e fora da realidade, menosprezando um problema que nós e o mundo estamos vivendo. Mas acredito que reunião será boa para que, cada um coloque as suas posições”, disse Casagrande ao blog. Os demais estão mais recolhidos.

“Estou ótimo. Sem sintomas”

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O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Augusto Heleno, respondeu a amigos hoje cedo que desde que recebeu o resultado positivo do reste de coronavírus continua cumprindo a quarentena e permanece sem sintomas. Sua esposa, d. Sônia, é quem tem mantido a maioria dos amigos informados, dizendo que ele continua em isolamento em casa, e assim permanecerá até a próxima terça-feira, cumprindo as orientações do Ministério da Saúde, para evitar o risco de contagiar outras pessoas. A alguns amigos, o general tem respondido: “Estou ótimo. Não tenho nenhum dos sintomas. Estou cumprindo a quarentena”.

Posição de Osmar Terra, alinhada com a de Bolsonaro, provoca mais um mal-estar no governo

Osmar Terra Bolsonaro
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Ex-ministro da Cidadania que quase virou líder do governo de Jair Bolsonaro no Congresso ao sair do governo, o deputado Osmar Terra (MDB-RS) foi o assunto da manhã de hoje nas reuniões virtuais da política, acusado de “irresponsável” e de trabalhar em conjunto com o presidente Jair Bolsonaro para desestabilizar a posição do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. O presidente está irritado com o ministro desde a última entrevista, quando Mandetta calculou que o sistema e saúde entraria em colapso. O presidente não gostou da palavra usada pelo ministro.

Osmar Terra, assim como Bolsonaro questiona a posição dos governadores de decretar quarentena. “Não quero ser ministro, Mandetta está fazendo um excelente trabalho, mas não vou deixar minha opinião. Esse isolamento não terá efeito. A epidemia só passará quando 50% das pessoas estiverem contaminadas. O que está acontecendo hoje é um exagero de medidas com cunho político. Um competindo como outro para ver quem é mais radical”, disse ele ao blog. “O presidente não pegou carona no medo”, completou.

A posição de Osmar Terra contrasta com o que vem sendo feito no mundo todo. Em relação à Itália, que passa por uma tragédia e um colapso em seu serviço de saúde atribuído justamente à demora em fazer a quarentena, o deputado afirma que o Sul do país não ha quase casos e no Norte a propagação foi mais rápida devido ao frio. Ele considera que “a epidemia é irreversível, é uma força da natureza”. E alerta que, na sua opinião, deveriam ficar resguardados os grupos de risco, ou seja, idosos e pessoas com baixa imunidade e histórico de problemas respiratórios.

Quanto à preocupação com as favelas e áreas de risco, como as palafitas, onde as pessoas vivem amontoadas, Terra diz “conhecer bem a questão social e que não tem famílias sem água e sabão, que é melhor que álcool gel”. Ele calcula que o numero de casos de Covid-19 no Brasil será da ordem de 35 a 40 mil casos e dezenas de milhões de pessoas contaminadas. Porém, ele acredita que, a partir da sexta semana começa a cair. “Começa a regredir em final de abril e a mortalidade é inferior a 2%”, prevê. “Claro que toda a vida importa, mas numa epidemia, isso acontece. No Rio Grande do Sul, todo o inverno cerca de 950 morrem de influenza”, diz.

Muitas dessas declarações de Osmar Terra ao blog estão em áudios que começaram a circular entre os parlamentares, e, nos grupos, há quem diga que o ex-ministro ou enlouqueceu ou quer tomar o lugar de Mandetta. Deputados saíram em defesa do ministro: “Mandetta está sendo um grande ministro, responsável. Precisa ter tranquilidade para trabalhar. Deus gosta tanto do Brasil, que colocou pessoas boas à frente do país. Agora, querer caminhar na contramão do mundo não dá. Já busquei especialista de todos os lados e não há medida mais eficaz do que o distanciamento social. O Reino Unido hoje ampliou suas medidas, escolas estão fechadas. O Paraguai está seguindo os padrões internacionais. E nós vamos ficar à mercê da sorte?!! A chegada da epidemia aqui era previsível e daria para ter tomado medidas bem antes. Vai ser que é por isso que temos mais casos na América do Sul”, diz o presidente da Comissão de Agricultura, deputado Fausto Pinato (PP-SP), aliado do presidente Jair Bolsonaro.

Dória: “Nossa prioridade é salvar vidas, não promover shows”

Meme Doria
Publicado em Covid-19, Política

Ao tomar conhecimento desse meme que circula nas redes sociais com a sua foto e a inscrição “São Paulo vai gastar R$ 10 milhões para shows nas varandas e janelas”, o governador de São Paulo, João Dória, disse desconhecer o assunto e que, com ele ninguém tratou disso, nem mesmo o prefeito da capital, Bruno Covas. “Totalmente falso”, disse Dória ao blog. “Nossa prioridade é salvar vidas, não promover shows”, completou.

O meme circula especialmente entre grupos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, que em entrevista à CNN Brasil, chamou o governador de “lunático” por causa do fechamento de shoppings. Ns entrevista, o presidente anunciou ainda que pretende fazer uma reunião com os governadores na semana que vem para tratar das medidas de combate ao coronavírus e atendimento aos casos de Covid-19, e que jamais se recusou a receber governadores. Porém, em fevereiro, o governador do Rio, Wilson Witzel, pediu uma audiência ao presidente da República e não foi atendido. Nesse clima de tiroteiro entre governos estaduais e federais, a reunião da semana que vem promete.

Sem ideologia: Na guerra contra o vírus até o Exército americano recorre à China

Máscara
Publicado em Covid-19

No mundo, a busca por material de saúde cresce na proporção em que a pandemia avança. Uma fábrica chinesa de kits de testes para detecção do coronavírus se preparava para colocar 10 milhões desse produto no varejo. Nem conseguiu terminar a produção, porque o Exército americano bateu à porta e comprou tudo. Numa outra fábrica, houve quem tentasse comprar, pelo menos, dois milhões de kits, mas, antes de concluir a negociação, o Irã tinha adquirido 1,5 milhão. Nunca houve tanta corrida por material médico.

A vida é feita de escolhas
A revisão do crescimento econômico para 0,02% e o semblante da equipe do ministro Paulo Guedes, na entrevista de ontem, bateu no mercado a certeza de que entre os mortos pela Covid-19 já está a economia brasileira. Por isso, a hora é escolher: ou cuidar das pessoas e reconstruir depois, ou tentar salvar a economia, deixando um rastro de mortes pelo país e o colapso
total do sistema de saúde.

O que os governadores querem…
Os governos estaduais sentem falta de uma coordenação do governo federal para que possam conversar sobre suas demandas e possíveis ajudas, ao passo que a pandemia avança. “A situação é nacional, temos que ter um centro de controle nacional unificado. Até aqui, o único que está funcionando nesse sentido é o Ministério da Saúde”, afirmou à coluna o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande.

… e a população implora
Casagrande cita três esferas que precisam dessa coordenação em linha direta com os governos estaduais: a assistência de saúde, a assistência social, e a de economia e logística, para que não haja desabastecimento. E todos os poderes em conjunto. “Para isso, é preciso que a realidade fale mais alto e que o presidente Jair Bolsonaro entre de corpo e alma. Às vezes, ele parece estar obrigado, como alguém que ainda não entendeu o que está vivendo e o que vai viver”, completa Casagrande.

Demorô!!!
No Brasil, empresários da área de ventiladores pulmonares reclamavam, ontem pela manhã, com amigos que moram no exterior, que sequer foram contactados pelo governo brasileiro. A reunião, ontem, do presidente Jair Bolsonaro com os empresários a fim de ajudar, vem com atraso. Porém, antes tarde do que nunca.

Fila quilométrica
A coleta em casa do laboratório Sabin em Brasília estava, ontem, com uma fila de mais de 700 pessoas. Nas repartições públicas, os serviços médicos suspenderam as consultas pré-agendadas para se dedicar, em esquema de plantão, aos servidores que procuram algum sintoma de gripe.

Brics, uma saída/ O presidente da Frente Parlamentar dos Brics pediu ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, urgência na aprovação do decreto legislativo que autorizará a implementação do escritório brasileiro do banco dos BRICs. Foi lá que a China teve US$ 1 bilhão para o combate ao coronavírus e ao tratamento dos que desenvolveram os sintomas da Covid-19.

Por falar em China…/ O vice-lider do governo, Marco Feliciano, foi às redes defender Eduardo Bolsonaro, o presidente e, novamente, colocando lenha no incidente diplomático e prometendo um mar de aliados de Bolsonaro nas ruas quando terminar a distância social imposta para controlar a expansão da pandemia.

Eleições “no telhado”/ O deputado Fábio Ramalho (foto) apresenta, na segunda-feira, um projeto para abrir o debate do adiamento das eleições municipais, algo que o TSE ainda não pretende analisar nesse momento. Diante da perspectiva de que esse pesadelo da pandemia persista, cabe aos administradores municipais ficarem focados no combate ao coronavírus. Detalhes no Blog da Denise –– blogs2.correiobraziliense.com.br/denise.

Vida em transformação/ Ramalho considera que não haverá clima para eleição em meio à necessidade de muito trabalho para a recuperação econômica e nos setores em que realmente é preciso investimento, ou seja, na vida das pessoas. “O mundo será outro quando esse tsunami acabar. As pessoas menos consumistas, pensando mais em união e menos em bilhão”, diz.

Fábio Ramalho apresentará projeto para adiar eleições municipais

Fábio Ramalho
Publicado em Congresso, Covid-19

O deputado Fábio Ramalho (MDB-MG) conclui hoje o texto de um projeto a fim de adiar as eleições deste ano para 2021. “É um momento de crise na saúde sem precedentes e sem limites. Por isso, é preciso deixar todos os governantes focados na solução da Covid-19. E, pelas informações que nos chegam, setembro ainda não teremos uma situação de completa normalidade, uma vez que será preciso focar na recuperação econômica e não na eleição”, diz ele, que já subscreveu o projeto do deputado Sanderson (PSL_RS) para destinar dos R$ 2,5 bilhões do fundo eleitoral aos serviços de saúde.

Fabinho Liderança, como é mais conhecido entre os parlamentares, conta com a assessoria técnica de advogados eleitorais e lança a proposta para que a Casa comece a discutir esse tema já. A coluna Brasília-DF, publicada no jornal impresso do Correio informa que o assunto é tratado nos bastidores.

Por que 2021?

Fábio Ramalho tem ouvido de especialistas e muitos consideram que a junção das eleições municipais e estaduais em 2022 sobrecarregaria todo o sistema eleitoral. Daí, a sugestão para que sejam feitas em momentos diferentes, com espaço de um ano entre uma e outra. Esse tema, entretanto, só será definido depois de muita conversa e da aprovação das medidas mais urgentes para a saúde, conforme publicado hoje na coluna.