O português tem alergia à repetição. Para evitar a monotonia do mais do mesmo, criou termos vicários. Eles ocupam o lugar de outros citados. É o caso do pronome pessoal da 3ª pessoa (ele, ela, lhe, o, a) e do verbo fazer: Maria tem triplo expediente. Ela trabalha das 8h às 18h. Depois, estuda. Telefonei pra Paulo. Na ocasião, dei-lhe instruções para a prova. Viu Luís de longe. Mesmo assim, cumprimentou-o. Os sem-terra ameaçaram invadir a fazenda. Num piscar de olhos, fizeram-no (= invadiram a fazenda).
A frase jocosa atribuída a Jânio Quadros entrou no folclore político. Nela, o bigodudo abusou do vicário:
— Por que o senhor renunciou?, perguntaram os repórteres.
— Fi-lo (renunciei) porque qui-lo (quis renunciar), respondeu o homem da vassourinha.