Precisão: xô, verbos-ônibus

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Na cidade, existem os ônibus. Eles conduzem 42 passageiros sentados e outros tantos de pé. Na língua, há palavras-ônibus. Elas se parecem com o transporte coletivo. Com montões de significados, os polivalentes servem pra tudo. Coisa, por exemplo, é um minhocão. Assemelha-se a ônibus papa-fila. As cinco letrinhas comportam todo o dicionário. “Comprei uma coisa pra você” pode ser… qualquer coisa. Há verbos que se […]

Xô, repetição: duas dicas

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O português tem alergia à repetição. Para evitar a monotonia do mais do mesmo, criou termos vicários. Eles ocupam o lugar de outros citados. É o caso do pronome pessoal da 3ª pessoa (ele, ela, lhe, o, a) e do verbo fazer: Maria tem triplo expediente. Ela trabalha das 8h às 18h. Depois, estuda. Telefonei pra Paulo. Na ocasião, dei-lhe instruções para a prova. Viu […]

Marina Silva: tropeço na contagem de tempo

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“Hoje, fazem 50 anos da edição do AI-5, o início dos anos mais violentos da ditadura”, postou Marina Silva no Twitter. Seguidores da ex-senadora estranharam a flexão do verbo fazer. Com razão. Ao exprimir fenômeno da natureza ou contagem de tempo, fazer não tem sujeito. É impessoal. Só se conjuga na 3ª pessoa do singular: Faz frio no inverno. Neste verão, faz mais calor que […]

Propriedade vocabular: fazer

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Sabia? Na língua existem verbos-ônibus. Eles funcionam como transporte coletivo. Cabem em 42 contextos e um pouco mais. Imprecisos, causam má impressão. Denunciam o redator preguiçoso ou pobre de vocabulário. Fazer é um deles. Ultimamente ganhou novo assento. É o tal de fazer aula disto e daquilo. Ou fazer um câncer, uma tuberculose, um aneurisma. Cruz-credo! É possível substituí-lo por outros mais precisos. Com um […]

Fazer: contagem de tempo

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Na contagem de tempo, fazer é impessoal. Conjuga-se só na terceira pessoa do singular: Faz cinco anos que trabalho no banco. Faz duas horas que ele chegou. Fazia muitos anos que não ia ao Rio. 2. É também impessoal quando indica fenômeno da natureza: Faz frio. Faz calor. 3. A impessoalidade do verbo contagia o auxiliar: Deve fazer cinco anos que cheguei a Brasília. Vai […]

Adeus, mistério

Publicado em Deixe um comentárioGrafia

  Eu fiz. Eu quis. Ops! O som é o mesmo. Mas a grafia não. Por quê? A resposta está no nome do verbo. No infinito aparece z? Então, não duvide. Sempre que o fonema z soar, dê a vez à lanterninha do alfabeto. Sem o z, o s pede passagem. Compare: Fazer — faz, fazemos, fazem, fiz, fez, fizemos, fizeram, fizer, fizermos, fizerem, fizesse, […]