Vamos combinar? O poder funciona como ímã. Muitos do time de lá passam pro time de cá. Buscam oportunidade no governo — seja ele qual for. Daí a ressurreição da duplinha vira-casaca. Com ela, a curiosidade sobre a origem da expressão. A história vem de séculos atrás. Carlos Manuel III (1701-1771), rei da Sardenha, não descia do muro.
Pra evitar problemas com a França ou a Espanha, vestia as cores de um dos reinos de acordo com as circunstâncias. Ficou 43 anos no poder. De tanto troca-destroca da roupa de cerimônia com duas abas nas costas (casaca), o hábito virou piada e ganhou a boca do povo. Vira a casaca quem defende opiniões, pessoas ou times que antes condenava. Em geral, tem objetivo oculto — tirar vantagem.