“O Lula prefere o Bolsonaro do que eu”, disse Ciro Gomes em entrevista na GloboNews. O cearense não mede palavras. Fala sem pensar nas consequências. A língua colabora. Diz o que ele quer dizer. Mas ela não leva desaforo pra casa. E Ciro a agrediu.
Desrespeitou a regência do verbo preferir. A gente prefere uma coisa a outra, uma pessoa a outra. O homem que disputou a Presidência da República em 2018 mereceria banda de música e tapete vermelho se tivesse dito: O Lula prefere Bolsonaro a mim. Eu prefiro teatro a cinema. Os alunos preferem falar a escrever.