Pra ou para?

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  O dicionário registra as duas formas. Para é mais formal; pra, informal. Mas ambas estão corretas. Num texto de bermudas e camiseta, o pra pede passagem. Num de terno e gravata, dê a vez ao para: Dirijo-me a Vossa Excelência para cumprimentá-lo pela proposta. Este é um país que vai pra frente.      

Eu e mim: emprego

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Eu ou mim? Hum…a dificuldade não é só sua. Advogados, jornalistas, professores, todos têm dúvida. Até os charmosos galãs de novelas trocam os pronomes. E daí? O jeito é lembrar-se das velhas aulas de gramática. O professor, sério e altivo, explicava cheio de saber:  — O pronome mim detesta ficar só. Anda sempre de mãos dadas com a preposição. O professor (graças a Deus!) obrigava […]

Onde e aonde: quando usar

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Onde ou aonde? Em geral, onde. Aonde só se usa com verbo de movimento que exige a preposição a: Aonde ele foi? Não sei aonde ele foi.Você sabe aonde esta estrada vai levar? Talvez ele saiba aonde conduziremos os hóspedes. Superdica: na hora de escrever aonde pintou a dúvida? Parta pro troca-troca. Substitua a por para. Se couber, vá em frente. Dê a vez ao […]

Te e ti: quando usar

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Te e ti são pronomes pessoais do caso oblíquo. Em outras palavras: funcionam como objeto (direto ou indireto), nunca como sujeito. Quando dar vez a um ou a outro? É fácil como andar pra frente ou tirar chupeta de bebê: Ti é obrigatoriamente antecedido de preposição: Dirigiu-se a ti. Falou de ti. Trouxe o livro para ti. Constrangeu-se perante ti. Luta contra mim e ti. […]

Implicar: regência

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O verbo implicar tem três empregos. Em dois, ninguém tem dúvida. É no terceiro que a porca torce o rabo. Veja: Na acepção de ter implicância, pede a preposição com: O diretor implicou com a secretária. No sentido de comprometer, envolver, dá a vez a em: A secretária implicou o chefe em escândalos. No significado de acarretar consequências, implicar implica e complica. Ele é transitivo […]

Junto a: quando usar

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“Favor identificar-se junto à portaria”, diz cartaz afixado em prédios de norte a sul do país. No recall, as montadoras pedem aos clientes “marcar hora junto à gerência”. Os jornais dizem que a Argentina “negocia empréstimo junto ao FMI”. Viu? Junto a virou praga. É a receita do cruz-credo. Xô! Quando usar a locução junto a? A duplinha joga no time de ao lado de, […]

Plural: pé de moleque & cia.

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Um pé de moleque. Dois… Um joão-de-barro. Dois… Adeus, dúvida. Só o primeiro elemento vai para o plural se preposição ligar as palavras: pés de moleque, pernas de pau, joões-de-barro, mulas sem cabeça, câmaras de ar, pães de ló, fogões a gás, estrelas-do-mar. Atenção Quando o segundo elemento estiver no plural, mantém-se o plural dele e flexiona-se o primeiro se for flexionável: mestres de obras. […]

Torcer: regência

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Sérgio Moro apresenta propostas para reduzir a violência no país. A gente torce pelo sucesso das medidas? Ou torce para o sucesso das medidas? Torce-se por alguém ou por alguma coisa: Torço pelo sucesso das medidas. Torcemos pelo melhor time. Todos torcem por melhores dias. (Não se torce para alguém nem para alguma coisa. Xô!)      

Acerca de, cerca de, a cerca de, há cerca de: quando usar

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Acerca de = sobre, a respeito de: Pronunciou-se acerca da oscilação do dólar. Cerca de = aproximadamente: Recebeu cerca de R$ 500. Há cerca de indica contagem de tempo passado (faz aproximadamente): Viajou há cerca de dois meses. A cerca de exprime tempo futuro: Viajará daqui a cerca de dois meses. A cerca de dois meses das eleições, regras do pleito podem ser mudadas.  

Crase: em meio a lama, em meio à lama

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“Em meio a lama, trabalho de resgate é extenuante e lento”, escreveu o Correio Braziliense. Pintou a dúvida. Com crase? Sem crase? Sem tempo a perder, alguém lembrou velho macete aprendido na escola primária — substituir a palavra feminina por uma masculina (não precisa ser sinônima, mas precisa ter o mesmo número). Se no troca-troca aparecer AO, sinal de que ocorre o casamento da preposição […]