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Hoje é Dia das Bruxas. Os americanos o comemoram. Nós nem ligamos pras coitadas. Deixamo-las lá, montadas na vassourinha. Mas elas, generosas, ensinam uma lição. X ou ch? Depois de bru, não vacile. É a vez do x: bruxa, bruxaria, bruxulear, Bruxelas.
Para tornar-se lei, o projeto de lei (PL) precisa da sanção (aprovação) do presidente. O presidente sanciona a lei. O contrário? É vetar. Se o Congresso quiser, derruba o veto. Sem confusão Misturar é proibido. Sanção, com ç, é aprovação. Sansão, com s, é o personagem bíblico. Ele mesmo — o par da Dalila. Lembra-se da história? Sansão concentrava todo o poder no cabelo. […]
Por que Bahia se escreve com h bem no meio? A história vem de longe. Em tempos idos e vividos, o h indicava o hiato. Grafava-se bahia, sahida, pirahy. Sem o h, a leitura seria báia, sáida, pirái. Depois, o acento tomou o lugar do h. Mas o estado manteve a letra com a qual tinha sido batizado. Os donos do pedaço diziam que Bahia […]
Nome científico tem manhas. O primeiro elemento tem inicial maiúscula; o segundo, minúscula (escrevem-se em itálico): Coffea arabica (café), Rhea americana (ema), Aedes aegypti (mosquito transmissor da dengue).
O diminutivo de pai? Olho vivo, filho apressado. Ele se forma com a ajuda do sufixo –inho. Para chegar a paizinho, pede a ajuda do z. A lanterninha do alfabeto funciona como ponte. Recebe, por isso, o nome de consoante de ligação. O aumentativo segue o mesmo caminho. Cola-se ao sufixo –ão graças ao socorro do z — paizão. Sem balbúrdia Muitos confundem paizinho com […]
A invasão da privacidade de inquilinos do andar de cima fez muita gente recorrer ao dicionário. A razão: descobrir o porquê de invasão se escrever com s. A resposta é fácil como tirar chupeta de bebê. Substantivos derivados de verbos terminados em –dir estendem tapete vermelho ao s. É o caso de dividir (divisão), decidir (decisão), explodir (explosão), iludir (ilusão), fundir (fusão), evadir (evasão), erodir […]
O nome de tribos indígenas é aportuguesado e escrito sempre no plural (os xavantes, os tupis, os aimorés, os ianomâmis, os astecas). Os menos comuns se escrevem na forma antropologicamente fixada. No caso, não têm plural: os txucarramae.
Hoje o governo Bolsonaro completa 200 dias. O Planalto quis dar visibilidade à data. Anunciou medidas para comemorar o feito. Entre elas, a liberação de parte do FGTS e o acordo Mercosul-União Europeia. Os festejos obrigaram a turma a recorrer à gramática. A razão: qual o ordinal de 200? É ducentésimo: O governo não deixou passar em branco o ducentésimo dia de mandato de Jair […]
Eduardo Bolsonaro foi indicado embaixador do Brasil nos Estados Unidos. A notícia mereceu comentários sem fim. Um deles tratou da grafia da palavra. Por que embaixada se grafa com x? Porque obedece a uma das poucas regras de ortografia existentes em português. Depois de ditongo, o x pede passagem: caixa, baixa, feixe, peixe, paixão, caixão, compaixão.
A chave da resposta se encontra no nome que dá origem ao verbo. Pesquisar deriva de pesquisa. Ora, se pesquisa tem s no radical, nada mais justo que ele se mantenha no verbo. É o caso de bis (bisar), catálise (catalisar), análise (analisar), liso (alisar), improviso (improvisar). O is faz parte da palavra primitiva. O verbo se formou com o acréscimo do ar. Viu? O […]