Tag: formação de palavras
O prefixo co- sofre de incurável alergia. Não pode ver o hífen nem de longe. Por isso, agradece, mas dispensa a companhia do tracinho: cogestão, coavalista, coautor, coerdeiro, cogerador, coeleito, cofundador, corréu.
Na composição, chave se escreve com hífen. Admitem-se dois plurais: peça-chave (peças-chaves, peças-chave), testemunha-chave (testemunhas-chaves, testemunhas-chave), palavra-chave (palavras-chaves, palavras-chave). Curiosidade Conhece a expressão a sete chaves? A história nasceu no século 12. Naquele, tempo, os reis de Portugal guardavam joias e documentos importantes da corte em um baú com quatro fechaduras. Cada chave era distribuída a um alto funcionário do reino. As preciosidades ficavam tão […]
Amigo de Bolsonaro foi escolhido para uma diretoria da Petrobras. A imprensa deu destaque fato. “É factoide”, disseram os defensores do governo. Em bom português: trata-se de fato sensacionalista, divulgado pra impressionar, causar impacto na opinião pública. O que se anunciava grande feito, porém, não corresponde à realidade. É mais ou menos como o parto da montanha. Curiosidade Factoide rima com asteroide, debiloide, mongoloide. As […]
Os professores repetem e repetem. O sufixo -isar não existe. Mal eles falam, a meninada se lembra de paralisar, analisar, pesquisar. As quatro letrinhas lá estão, firmes e fortes. Também se lembram de civilizar, organizar, catequizar & cia. Como explicar a aparente contradição? É simples. A chave da resposta se encontra no nome que dá origem ao verbo. Vale o exemplo de analisar. Ele é […]
Limpeza se escreve com z e francesa com s. Por quê? A resposta não está na pronúncia. Numa e noutra palavra o som é o mesmo. A diferença tem tudo a ver com a formação das palavras. Desde os primeiros anos de escola, estudamos o assunto. Mas dúvidas persistem sobretudo na cabeça de quem lê pouco. Ortografia é fixação. Quanto mais contato temos com a […]
Nas palavras compostas, gastro– pede hífen quando seguido de h e o: gastro-hepático, gastro-observador). No mais, escreve-se sem o tracinho: gastrobronquite. Quando o segundo elemento começa por vogal, mantém-se o o: gastroenterite.
Novidade na praça. Lei criou a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência. Será em fevereiro. A notícia provocou estragos. A vítima? Foi a língua. Muitos escreveram gravidez com s. Bobearam. Gravidez joga no time de maciez, surdez e mudez. É substantivo abstrato derivado de adjetivo: lúcido (lucidez), honrado (honradez), sensato (sensatez), altivo (altivez), maduro (madurez). E, claro, grávida (gravidez). Superdica Não confunda o […]
Na formação de palavras compostas, usa-se sempre com hífen: meia-água, meia-entrada, meia-direita, meia-noite, meia-luz, meio-dia, meio-campo, meio-irmão, meio-tom.
Em época de excessos, um dissílabo pede passagem. Trata-se de mega-. É megaministério pra lá, megaoperação pra cá, mega-atividade pracolá. Viu? Ora o hífen pede passagem. Ora não tem vez. Por quê? Mega pede hífen quando seguido de h ou a. No mais, é tudo colado: mega-aglomeração, mega-hertz, megaoperação, megarregião, megassistema.
Embriaguez se escreve com z. Português, com s. No caso, z e s soam do mesmo jeitinho. Por que a grafia diferente? A resposta está na origem: 1. Se a palavra primitiva for adjetivo, o z pede passagem: macio (maciez), líquido (liquidez), sólido (solidez), frígido (frigidez), embriagado (embriaguez). 2. Se a palavra primitiva for substantivo, é a hora e a vez do s: Portugal (português), […]