Afirme, não ache

Publicado em Deixe um comentáriodad

Acho que? Eu, particularmente, acho que? Com o tal achar, o enunciado fica fraco, inconvincente. Em vez de “Acho que a inflação vai baixar”, basta “A inflação vai baixar”. Mais: o particularmente, que costuma acompanhar o verbo molengão, também sobra. (Eu, particularmente, acho que) a inflação vai baixar.    

Erramos

Publicado em Deixe um comentárioErramos, propriedade vocabular

“A secretaria afirma que não há razão para alarde, mesmo que um surto seja considerado”, escrevemos na pág. 27. Ops! Cadê a propriedade vocabular? O gato roubou. Melhor devolver: A secretaria afirma que não há razão para alarde, mesmo que ocorra um surto. A secretaria afirma que não há razão para alarde, mesmo que um surto seja registrado.

Doce sonho

Publicado em Deixe um comentárioGrafia, pronúncia

Brasília ganhou uma loja especializada em croissants. Chama-se Croasonho. O nome vem do casamento da delícia com o sonho dos idealizadores do produto. Liana Sabo, que, além de comes e bebes entende de português, estranhou a grafia. A razão: um s entre duas vogais soa z. É o caso de mesa, camisa, surpresa. E, claro, croasonho. Pra manter a pronúncia, o s deveria ser dobrado? […]

Chipre 1

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Um doido ameaçou explodir avião egípcio que sobrevoava o Mediterrâneo. O Bom Dia, Brasil noticiou: “Homem obrigou a aeronave a pousar no Chipre”. Ops! Maltratou a língua. Chipre dispensa a companhia de artigo: Chipre é ilha. Sou de Chipre. Visitei Chipre no ano passado. Homem obrigou avião a pousar em Chipre.

Chipre 2

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Mesmo time. Chipre joga no time de Goiás, Sergipe, Pernambuco, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul & cia. Eles agradecem a generosidade, mas dispensam o artigo: Goiás fica pertinho de Brasília. Sou de Goiás. Nasceu em Goiás. Chegou de Sergipe. Nasceu em Mato Grosso, mas mora em Mato Grosso do Sul.  

A língua dos mil verbos

Publicado em Deixe um comentárioetimologia

A língua é feita de palavras. Língua e palavra têm um denominador comum. São femininas e, por isso, plenas de poder. Como as bruxas medievais e as feiticeiras modernas, fazem e acontecem. Montadas na vassoura, voam, criam, recriam. E conjugam todos os verbos. O blogue lembra seis. Conversar é um deles. A língua adora bater papo. E, no vai e vem de histórias, incorpora palavras […]