Tag: acentuação gráfica
Por que Bahia se escreve com h bem no meio? A história vem de longe. Em tempos idos e vividos, o h indicava o hiato. Grafava-se bahia, sahida, pirahy. Sem o h, a leitura seria báia, sáida, pirái. Depois, o acento tomou o lugar do h. Mas o estado manteve a letra com a qual tinha sido batizado. Os donos do pedaço diziam que Bahia […]
Saída joga no time de caída e distraída. O acento tem a função de quebrar o ditongo. Compare: cai e caí, sai e saí. Para que o agudo tenha vez, quatro condições se impõem. O i: 1. tem de ser antecedido de vogal: sa-í-da 2. tem de formar sílaba sozinho ou com s: sa-í-da (e-go-ís-ta) 3. tem de ser a sílaba tônica: sa-í-da 4. não […]
Amá-lo, vendê-lo e pô-lo têm acento. Parti-lo não tem. Por quê?
Os verbos acompanhados do pronome lo aparecem ora de um jeito, ora de outro. Por quê? Porque eles são pra lá de obedientes. Em português, acentuam-se as oxítonas terminadas em a, e e o, seguidas ou não de s. É o caso de sofá (sofás), você (vocês), vovó (vovós). As terminadas em i ou u ficam fora. Não querem ouvir falar de grampinho: aqui, ali, […]
O quezinho só dá vez ao circunflexo em duas situações: Quando for substantivo. Aí, tem plural: Ele tem um quê misterioso. Nenhum dos quês apresenta problemas. A letra quê tem charme. Quando estiver no fim da frase, encostadinho no ponto: Os turistas estão espantados com quê? Quê! Você por aqui? O quê? Repita, por favor.
Horror em Uberaba. Bandidos explodem banco, fazem reféns e trocam tiros na cidade mineira. Que medão. No meio do tumulto, alguém perguntou se refém tem acento. Tem. E reféns? Também tem. Por que item e itens não têm? A história vem de longe. Quando o português usava fraldas, era pra lá de difícil acertar a sílaba tônica dos vocábulos. Rubrica ou rubrica? Nobel ou Nóbel? […]
A Agência Reguladora de Água, Energia e Saneamento (Adasa) pôs no ar bela campanha educativa: “Use, reúse e economize”, é o mote. Telespectadores atentos se perguntaram por que reúse ganha acento. Trata-se da quebra do ditongo. O e e u, quando juntos, pronunciam-se numa emissão de voz. É o caso de reunião. Para quebrar o ditongo, o agudão pede passagem. O u se acentua se […]
Dizem que Hitler não mandou bombardear o bairro antigo de Paris por uma única razão — poupar Notre-Dame. Verdade ou mito, a história presta homenagem à obra. Majestosa, a catedral gótica, de 800 anos, recebe 13 milhões de turistas por ano, 30 mil por dia. Não por acaso é um dos cartões-postais da capital francesa. Não por acaso, também, inspirou poetas, escritores, pintores. Até Walt […]
S ou z? O z figura sempre em sílaba tônica. O s, em sílaba átona qualquer que seja a posição na palavra. Compare: as-te-ca, as-no, cú-tis, bônus. Surdez, mudez, maciez, estupidez, sensatez. Certo? Certíssimo. Mas como explicar cortês? A sílaba tônica é a última. Trata-se de exceção? Não. Com o acento, cessa tudo o que a musa antiga canta. Circunflexos e agudos sempre indicam a […]
Em português, pouquíssimas palavras terminam com n. Entre elas, hífen, éden, abdômen. Elas pregam senhora peça na acentuação gráfica. A regra diz que ganha grampo ou chapéu a paroxítona terminada com n. A que se finaliza com ns não tem nada com a história. Fica solta e livre, sem lenço nem documento: hifens, edens, abdomens. Superdica As oxítonas se opõem às paroxítonas. O que acontece […]
Acredita? Ontem o porquê provocou polêmica no Twitter. O pomo da discórdia foi esta frase: “Nota-se porque o Brasil está no nível de educação em que está”. Um seguidor questionou a grafia. Muitos palpitaram. Uns disseram que era junto. Outros, separado. Alguns, com acento. Uns poucos, sem o chapeuzinho. E daí? Melhor saber o porquê dos porquês. Use: Por que nas perguntas diretas: Por que […]