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Autossuficiente: o porquê da grafia
O Brasil é autossuficiente em petróleo? Auto-suficiente? Auto– pede hífen quando seguido de h e de o (duas letras iguais se rejeitam). No mais, é tudo colado. Para manter a pronúncia, dobram-se o r e o s quando forem seguidos de palavra iniciada por essas letrinhas: auto-higiene, auto-obrigação, autodidata, autossuficiente, autorrepressão.
Erramos — reflete ou se reflete?
“No clique o repórter Ed Alves, o prédio e seu anexo refletem no espelho d´água”, escrevemos na pág. 21. Uma frase, dois tropeços. Um: espelho-d´água se escreve assim, com hífen. O outro: no caso, o verbo refletir é pronominal. O espelho-d´água reflete o prédio, mas o prédio se reflete. Melhor: No clique o repórter Ed Alves, o prédio e seu anexo se refletem no espelho-d´água.
M ou n? Quase sempre m
O português tem pouquíssimas palavras terminadas com n. Éden, glúten, hífen, hímen, líquen, pólen, sêmen servem de exemplo. Olho vivo com essa turma. Todas jogam no time das paroxítonas. No singular, ganham acento. No plural, dispensam grampinhos, lenços e documentos: edens, glutens, hifens, himens, liquens, polens.
Habeas corpus de Lula no STF: grafia e história
Habeas corpus, expressão latina, não tem hífen nem acento. A forma reduzida se naturalizou portuguesa — hábeas. História Habeas corpus quer dizer que tenhas o teu corpo. A garantia vem de longe. Em 1215, os nobres a impuseram ao rei da Inglaterra. Exigiram o controle legal da prisão de qualquer cidadão. Naquele tempo, o juiz decidia de forma sumária sobre o legalidade ou não […]
Tropeço no Fórum Mundial da Água
O leitor Sebastião Machado Aragão escreveu: “Como é que o GDF manda fazer um banner e não observa um erro de grafia: `Bem vindos à Vila Cidadã´, diz o texto. Cadê o hífen da palavra bem-vindos?” O gato comeu.
Sem-noção joga no time de sem-terra
Motoristas irresponsáveis? Existem pra dar, vender e emprestar. Além de desrespeitar o limite de velocidade, estacionam como lhes dá na cabeça. Diante das escolas, veem-se carros em filas duplas e triplas. A meninada chama os condutores de “sem noção”. Ao escrever a duplinha, pintou a dúvida. Com hífen? Sem hífen? Sem-noção joga no time de sem-terra, sem-teto, sem-emprego. Eles são sem-sem: sem plural e sem […]
Numerais: três manhas
Não caia no simplismo. O primeiro dia do mês tem privilégios. Só ele é ordinal. Os demais embarcam na canoa do cardinal: Primeiro de janeiro abre as portas do ano-novo. Os gregos não tinham o 1º dia do mês. Viajou no dia 2. 2. Há numerais que sofrem de alergia. Um deles é dois. Ele não tolera o pronome todos. Todos os dois? Saia […]
Georreferência se grafa com rr. Por quê?
Por que georreferência se escreve com rr? A duplinha homenageia a pronúncia. Referência, ao se colar a geo- não pede hífen. Pra manter o som rr, só há uma saída — dobrar a letra. O mesmo ocorre com s. Pra que não soe z, a dose dupla entra em cartaz: minissaia, microssistema, antissemita.
Bem-vindo, Benvindo
Bem-vindo se escreve com hífen. É com o tracinho que deve aparecer nas placas das cidades: Bem-vindo a João Pessoa. Bem-vindo ao Recife. Bem-vindo a Brasília. De vez em quando, o vocábulo vem juntinho. Aí tem outro significado. Benvindo é nome de gente. Não tem nada com mensagem de boas-vindas: Bem-vindo, Benvindo.
M ou n? Olho nas paroxítonas
M ou n? Quase sempre m. O português tem pouquíssimas palavras terminadas com n. Éden, glúten, hífen, hímen, líquen, pólen, sêmen servem de exemplo. Olho vivo com essa turma. Todas jogam no time das paroxítonas. No singular, ganham acento. No plural, dispensam grampinhos, lenços e documentos: edens, glutens, hifens, himens, liquens, polens.

