Começo, meio e fim
O texto tem começo, meio e fim. Em outras palavras: tem introdução, desenvolvimento e conclusão. Aristóteles definiu as três partes:
Introdução: o que não pede nada antes, mas exige algo depois. Sua função: apresentar o assunto. Ou seja: dizer o que o texto vai dizer.
Desenvolvimento: o algo depois exigido pela introdução. É a argumentação. Diz o que a introdução disse que o texto ia dizer.
Conclusão: o que exige algo antes, mas não pede nada depois. É o fecho. Diz o que o texto disse.
No texto abaixo, o autor trata da importância da correção lingüística. Defende a tese de que falar mal é o caminho da exclusão. Leia-o com cuidado. Depois, assinale a introdução, o desenvolvimento e a conclusão. Para concluir, preencha o esquema apresentado no final.
Falar mal, o caminho da exclusão
Gilberto Dimenstein
Aceitar os erros de português, valorizando os usos e costumes orais é justificável academicamente. No caso brasileiro, tornou-se questão da esfera do politicamente correto desde que Luiz Inácio Lula da Silva virou presidente da República sem deixar de tropeçar em concordâncias e regências.
Pega mal – muito mal, aliás – abordar criticamente os deslizes primários de Lula na norma culta. Rebatem-se as críticas com considerações sobre o preconceito, falta de respeito com o povo, insensibilidade social. O problema é que, para o cidadão comum, não existe anistia gramatical. O mercado profissional e o ambiente educacional não perdoam.
Goste ou não, para prosperar num emprego, o indivíduo é obrigado a falar corretamente, pelo menos sem erros vexaminosos. É algo parecido com se vestir adequadamente. Na seleção profissional, os entrevistados medem o candidato pela capacidade de articulação e expressão. É o primeiro quesito eliminatório.
Os gramáticos mais flexíveis lançam arrazoados interessantes sobre a incorporação do falar na norma culta. Há quem aceite tudo ou quase tudo. O debate, porém, não é acadêmico: quem estuda está interessado em obter um emprego. E sabe que a flexibilidade no falar, fora do círculo dos amigos, é devastadora para quem deseja ser respeitado profissionalmente.
Não falar bem, escorregando em normas básicas, é uma defasagem aos olhos de quem emprega e de quem aprova nos testes escolares. É tão grave na lógica do mercado quanto não lidar com códigos digitais contemporâneos. Faz parte do caminho da exclusão.
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Com base no texto, preencha o esquema seguinte:
Assunto:
Leitor:
Tópico:
Objetivo:
Frase que sintetiza o objetivo do texto:
Sentença de abertura:
Tópico frasal do 1º parágrafo do desenvolvimento:
Tópico frasal do 2º parágrafo do desenvolvimento:
Idéia da conclusão:
A resposta? Logo, logo. Aguarde.