Paulo Emanoel Soares comenta a reforma

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Nós, da idade da experiência adquirida, estamos meio enfarados com esse negócio de reforma ortográfica. O “gênio” que retirou o k, w e y merecia uns bons cascudos. Não sabe o tumulto que criou principalmente nos cartórios de Registros Civis de Pessoas Naturais. Agora, volta tudo de novo. Dose para mamute de era do gelo. Nos cartórios, controlados por verdadeiros “monumentos de boçalidade e ignorância”, dá para sentir de longe os atritos criados e o mal-estar de pais que simplesmente gostariam de registrar os rebentos, havidos com suprema alegria. “Não! tem que ser Cleber com C! Com K não pode!” Ora, se o nome é de origem estrangeira, por que modificá-lo em nome de uma das reformas fajutas de nosso idioma, que, por si, já é bastante complicado? “Ralph? Não pode! Tem que ser Ralfe ou Ralf!”  Vida que segue.