Oba! De quatro em quatro anos, fevereiro ganha um dia a mais. É o caso de 2012. O ano compridão se chama bissexto. O adjetivo não se aplica só a ele. Vai além. Qualifica a pessoa que exerce certa atividade com pouca frequência. Vale o exemplo de quem publica os escritos escassa e ocasionalmente. Pedro Nava foi escritor bissexto.
“A polícia precisa ser respeitada, mas é preciso se investir numa polícia mais humana e mais cidadã”, escrevemos na pág. 5. Ops! O se com infinitivo? Só tem vez com verbo pronominal (para se aposentar aos 60 anos, para se manter em forma, para se defender da polícia). Nos demais casos, o monossílabo é penetra. Xô! Melhor: É preciso investir numa polícia mais cidadã.
Viagens presidenciais à bela ilha do Caribe não passam despercebidas. Merecem páginas de jornais. Excitam comentaristas. Dividem opiniões. Ocupam espaços generosos nos telejornais. Em suma: chamam mais a atenção que melancia pendurada no pescoço. A visita de Dilma segue o script. Equipes encarregadas de cobrir o evento apresentaram pautas criativas, fizeram entrevistas, descobriram histórias trágicas e divertidas no mais de meio século de ditadura dos […]
“Para quem escreve memórias, onde acaba a lembrança? Onde começa a ficção? Talvez sejam inseparáveis.”
Tenho dúvida se a expressão correta é haja visto ou haja vista. Os telejornais usam as duas formas. Não sei se estão certos. (Célia Almeida) Fique atenta, Célia. As duas formas existem. Mas uma não conhece a outra nem de elevador: Haja visto é tempo composto do verbo ver: É necessário que eu haja visto o filme para poder opinar. É necessário que ele haja […]
Qual a maneira correta: X exposição ou Xª exposição? (Arthur Quirino da Silva) Os algarismos romanos não têm nada a ver com os arábicos. Por isso, esnobam o azinho que os arábicos usam pra indicar o ordinal: X exposição lê-se 10ª exposição. PT saudação.
“Algumas regiões apresentaram índices acima de 3,9%, considerados altos e com risco de surto”, escrevemos na pág. 23. Reparou na falta de paralilismo? O e liga classes iguais. É o caso de substantivo + substantivo (Maria e Luís), adjetivo + adjetivo (bonito e elegante), advérbio + advérbio (aqui e ali). No caso, o com não se liga a outro com. O e sobra: Algumas regiões […]
Sob ou sobre? A confusão se generaliza. É cada vez mais frequente falantes e escritores usarem uma preposição em lugar de outra. Na ocorrência de tragédias, o troca-troca ganha vulto. É o caso da queda dos três edifícios no centro do Rio. “Buscam-se pessoas sobre os escombros”, diziam bombeiros, policiais & cia. ilimitada. Nada feito. Sobre indica posição superior, em cima de. Sob, inferior, embaixo […]
Vai formar palavras com sobre? Abra os olhos. Com o hífen, todo cuidado é pouco. A dissílaba pede o tracinho quando seguida de h (sobre-humano) e e — pra evitar o encontro de duas letras iguais (sobre-escada, sobre-esforço). No mais, é tudo colado (sobressair, sobrealimentado, sobreimposto). Mais olhos Sub tem regras comuns e uma diferente. Pede o tracinho quando seguido de h (sub-história, sub-herói) […]
“Algo crucial para o prefeito é não estar fora do segundo turno da eleição paulistana, seja como padrinho da vitória, ou como seu parceiro desde o início”, escrevemos na pág. 4. Ops! Reparou no cruzamento? Misturamos duas estruturas que exigem paralelismo. O seja pede outro seja. O ou, outro ou. Não vale trocar os pares. Melhor: Algo crucial para o prefeito é não estar fora […]