O bom velhinho tem cara de gente boa. Gordo, roupa vermelha, barbas brancas, pratica a ação que agrada a todos. Dá presentes. A meninada o bajula. Dá-lhe abraços, beijos e tira fotos. Muitos lhe escrevem cartas. Ele se vira. Faz o que pode pra retribuir a gentileza. Faça o mesmo. Escreva Papai Noel assim — com letras grandonas e, quando necessário, no plural: Vamos escrever […]
“Não é só na fachada nem na estrutura do prédio, mas a função do teatro está prejudicada com a qualidade do som e dos acentos”, escrevemos na pág. 17. Que tropeço! O lugar onde nos sentamos é assento, não? Acento, como c, se refere a agudos, graves e cincunflexos.
Réveillon é palavra francesa. Na língua de Descartes, Sartre e Victor Hugo, réveiller quer dizer acordar. No réveillon, desperta-se o ano, que nasce com fogos, champanhe e carnaval. Olho vivíssimo, por favor. Apesar da pompa, réveillon é substantivo vira-lata. Grafa-se assim — com ll, acento e letra pequenina: Onde vamos passar o réveillon? O réveillon mais famoso do Brasil é o da praia de Copacabana. […]
Uma semana depois do Natal, ops! Lá vem ele. É 2013 que se senta no trono e manda 2012 fazer companhia ao passado. Ao falar na efeméride, um cuidado se impõe. O primeiro dia do ano não é festa religiosa. Escreve-se, pois, como os demais vocábulos vira-latas — com letra pequenina. Mas ele tem uma marca. Grafa-se com hífen. Tem plural: Que o ano-novo seja […]
O fim do ano chegou. Como ele, as festas mais badaladas do calendário cristão. O Natal domina o cenário. Vitrines, pinheiros, presépios, Papais Noéis, pisca-piscas fazem a festa. O bolso, engordado com o 13º salário, dá coceira. Estimula as compras e conjuga o verbo presentear. A lembrancinha, claro, vai acompanhada de cartão. Aí, todo cuidado é pouco, pouquíssimo. Tropeços roubam o brilho do gesto. Olho […]
Féretro é sinônimo de funeral? Nãooooooooooooooooo. Féretro é o caixão mortuário.
IpanemaMárcio Cotrim Se Copacabana não deixa dúvidas quanto ao berço do nome – a santa boliviana cultuada como Nossa Senhora de Copacabana – , o mesmo não ocorre com Ipanema. A palavra vem do tupi y, água, rio, e panema, ruim. Segundo as versões mais antigas, a denominação dada pelos índios se devia ao fato de a Lagoa Rodrigo de Freitas, ali pertinho, ser pouco […]
PinduraMárcio Cotrim Antes de tudo, a grafia certa é pendura e não pindura, como se diz em algumas regiões do Brasil. O berço do vocábulo vem do fato de que, nas antigas casas comerciais – tabernas, mercearias, farmácias, etc. – existia um prego onde o comerciante pendurava as contas dos fregueses que pediam para pagar depois. Quando o cliente retornava para pagar, tirava os papéis […]
Chá das cincoMárcio Cotrim O chá tem seu berço na China. Consumido como medicamento por volta de 2.700 a.C., foi depois adotado como hábito diário. Hoje, os maiores produtores são o Sri Lanka, antigo Ceilão, e o Japão. A bebida é tão importante que se tornou instituição, como forma de homenagear a beleza do cotidiano. Já o costume de tomar chá no fim da tarde […]
“…as garras do gato-maracajá são mais longas”, “…os gatos maracajás têm grande capacidade de salto”, escrevemos na pág. 36. Viu? Ora o nome do felino aparece grafado com hífen, ora sem. E daí? O Volp diz que o tracinho se impõe. Assim: gato-maracajá, gatos-maracajás.