Vitória-régia, uma história de amor

Publicado em Deixe um comentáriofolclore, maiuscula, minuscula

Quando o mundo nasceu, a Lua era guerreira pra lá de valente. Ela iluminava a Terra noite após noite. Com a claridade, via as índias bonitas. Encantava-se. Transformava-as em estrelas do céu. Naiá sonhava ser escolhida. Banhava-se todos os dias sob a luz do luar. Mas a Lua não a via. A menina ia, então, para o alto da montanha pra ser vista. Em vão. […]

Leitor pergunta

Publicado em Deixe um comentáriopra / para, preposição

Li esta propaganda da Coca-Cola: “Se ter opções é importante pra você, é importante pra gente”. Minha dúvida reside no emprego do pra. Não deveria ser para? (Hudson Resende, João Pessoa)   O dicionário, Hudson, registra as duas formas. Para é mais formal; pra, informal. Mas ambas estão corretas. Num texto de bermudas e camiseta, o pra pede passagem. Num de terno e gravata, dê […]

Pergunta de Cunha

Publicado em Deixe um comentárioclareza, conjugação verbal

 “Vossa excelência foi comunicada pelo senhor Nestor Cerveró sobre uma suposta proposta financeira feita a ele para sua manutenção no cargo?” A pergunta feita ao presidente Temer por Eduardo Cunha bate na língua como o mar furioso bate nos rochedos. São três pancadas: Pronomes de tratamento se escrevem com letra maiúscula: Vossa Excelência, Vossa Senhoria, Vossa Santidade, Vossa Majestade, Sua Excelência, Sua Senhoria. Emprego do […]

A invasão

Publicado em Deixe um comentárioartigo

 A internet trouxe o mundo pra dentro da nossa casa. Fatos que acontecem em lugares distantes, que não têm relevância pra nós, ganham destaque. É o caso de explosão no Egito. Ao dar a notícia, a GloboNews disse que “25 pessoas morreram nos arredores de Cairo, a capital do país”. Nada feito. É verdade que nome de cidade dispensa artigo. Dizemos Paris (não: a Paris), […]

Alto risco

Publicado em Deixe um comentárioconjugação verbal

Circula na internet imagem de uma idosa gordinha com a abertura de pernas igual à das bailarinas. Com ela, o texto: “Se o Temer ver isso, acabará de vez com a aposentadoria”. O esbarrão na língua reduziu a graça da piada. O futuro do subjuntivo do verbo ver se forma do pretérito-perfeito do indicativo. A 1ª pessoa da sofisticada forma sai prontinha da 3ª pessoa […]

Sem dilema

Publicado em Deixe um comentárioportuguês

  O vermelho desbotou. Culpa do Internacional. O time gaúcho caiu pra segunda divisão. Com a queda, velho dilema deixou de existir. Papai Noel se vestirá de azul, cor do Grêmio, velho rival do Colorado. Ao descrever a partida, narradores repetiam minuto após minuto o adjetivo ruim. Deram o recado, mas tropeçaram na pronúncia. Ruim rima com arlequim. Ou gergelim. Ou Joaquim. A sílaba forte […]

Caso? Acaso?

Publicado em Deixe um comentárioconjunção

A trissílaba e a dissílaba têm um ponto comum — indicam condição. E um diferente — o emprego. Acaso pede a conjunção se; caso dispensa-a: Se acaso você chegasse a tempo, poderia ir à festa. Se acaso você antecipar o trabalho, resolverá o problema. Caso você chegasse a tempo, poderia ir à festa. Caso você antecipe o trabalho, resolverá o problema.  

A diferença

Publicado em Deixe um comentárioGrafia, grafia

Acento? Assento? A pronúncia é igualzinha. Por isso muita gente embarca na canoa furada. Troca os dois substantivos com a naturalidade com que troca o tênis, a bermuda ou a camiseta. Mas, como diz o conselheiro Acácio, as consequências vêm depois. Melhor prevenir. Acento: sinal gráfico (agudo, grave, circunflexo). Assento: lugar onde se senta (assento preferencial, assento na ABL, assento dianteiro).