“O maior chato é o chato perguntativo. Prefiro o chato discursivo ou narrativo, que se pode ouvir enquanto se pensa noutra coisa.”
A floresta amazônica ocupa as manchetes dia sim e outro também. Ambientalistas e investidores pressionam o governo. Querem parar o desmatamento e as queimadas. A luta é árdua e promete ser longa. Enquanto os embates se sucedem, vale uma curiosidade. Por que Amazonas se chama amazonas? A história vem da mitologia. As amazonas Elas formavam o clube das luluzinhas. Na terra delas, só viviam mulheres. […]
O som é o mesmo. Mas a grafia não. Leitores afirmam que leem regras, mas, na hora H, têm dificuldade de escolher entre uma forma e outra. Que tal um macete? Nenhum = contrário de algum: Nenhum atleta chegou atrasado ao treino. Nenhuma das atrizes decorou o papel. Nenhuma das tantas palavras foi memorizada. Nem um = nem um sequer, nem um ao […]
Palavras inocentes? Não existem. Algumas têm mais peso; outras, menos. Mas todas contam. Gilmar Mendes se esqueceu dessa delicadeza. Durante uma live, criticou a presença de membros das Forças Armadas no governo. Disse que “o Exército se associa a um genocídio” ao participar das políticas de apoio ao combate à covid-19 no Ministério da Saúde. Ops! O ministro da Defesa protestou. O vice-presidente também. Ambos […]
O novo ministro da Educação joga em dois times. De um lado, é educador. De outro, pastor. As palavras rimam. Mas há quem ache que, juntas, não combinam. Temem que a mistura ponha em xeque a educação pública laica, sem interferência religiosa. Muitos tiveram dúvida sobre a grafia de xeque. Foram ao dicionário. Lá estava: pôr em xeque é pôr em dúvida a qualidade ou […]
Questões como essas caem em concursos e vestibulares ano sim, outro também. A moçada estremece. Sem razão. A resposta obedece à regra: o verbo concorda com o sujeito. No caso, trata-se da voz passiva sintética (formada com o pronome se). Casas é sujeito da oração. Está no plural. O verbo abaixa a cabeça e se flexiona no plural. Veja: Vendem-se casas. Vende-se a casa. Aluga-se […]
Apareceu no jornal: “Nenhum dos dois conseguiram sustentar a tese”. Valha-nos, Deus! O repórter tropeçou na concordância. Nenhum, seguido de nome ou pronome no plural, exige o verbo no singular: Nenhum dos dois conseguiu sustentar a tese. Nenhum dos candidatos alcançou a nota mínima. Nenhum de nós viajou neste fim de semana. Nenhuma das aprovadas respondeu à convocação. Nenhum ou nem um? Nenhum = […]
O jornal escreveu antiSupremo. Leitores estranharam. Com razão. Em português, não se usa letra maiúscula no meio da palavra. Como fazer se houver necessidade de antepor um prefixo a nome próprio? Apela-se para o hífen: anti-Supremo, anti-Bolsonaro, anti-Lula, super-Maria, super-Trump, super-TCU. Três regras de ouro Fora nomes próprios, há três regras de ouro para emprego do hífen. Elas se referem aos prefixos. O H é […]
O todo, no caso, funciona como advérbio (= totalmente). Mantém-se invariável: o todo-poderoso, os todo-poderosos, a todo-poderosa, as todo-poderosas. Exemplos Os todo-poderosos ministros concordaram com o relator. A todo-poderosa chanceler alemã lidera a União Europeia. As antes todo-poderosas empresárias tiveram de pedir ajuda ao governo. A pandemia revelou todo-poderosos líderes comunitários que atuam em silêncio, longe dos holofotes.
Com crase? Sem crase? Na dúvida, apele para o tira-teima. Substitua a palavra feminina por uma masculina. (Não precisa ser sinônima.) Se no troca-troca der ao, sinal de crase. Caso contrário, o grampinho vai plantar batata no asfalto: Fui à cidade me encontrar com o advogado. (Fui ao clube…) Em relação à notícia, nada posso informar. (Em relação ao fato…) É perigoso propagar o pânico, […]