Afim, a fim, a fim de

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Beatriz morre de preguiça de escrever. Quando tem de dar um recado, não pensa duas vezes. Telefona. Adora ouvir a voz dos amigos no outro lado da linha. Mas as ligações ficaram meio fora de moda. As mensagens eletrônicas pediram passagem. Sem saída, a alternativa da moça é uma só — digitar. Numa dessas, Beatriz encontrou o grande amor. Bonito, charmoso e delicado, o rapaz […]

Como tratar as siglas?

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As siglas não dão folga. Você abre o jornal, lá estão elas. Liga a tevê, não dá outra. Conversa com os amigos, as danadinhas aparecem. É ONU pra lá, PT pra lá, PM, UTI, Embratur pracolá. O Programa de Aceleração do Crescimento perdeu o tamanhão original. Virou PAC. Até as pessoas se transformam em siglas. É o caso de FHC. Fernando Henrique Cardoso governou o […]

Norte, sul, leste, oeste: quando ganham inicial grandona?

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Norte, Sul, Leste, Oeste, quando pontos cardeais, são nomes próprios. Mas, se definem direção ou limite geográfico, cessa tudo que a musa antiga canta. As moçoilas põem o rabinho entre as pernas e entram na vala comum: O leste dos Estados Unidos tem grande influência latina. O carro avançava na direção sul. Cruzou o país de norte a sul, de leste a oeste. Resumo da […]

Ops! Nomes próprios viram comuns

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A língua joga no time dos mutantes. Instrumento de comunicação das pessoas, muda conforme mudam os tempos e os falantes. Concordâncias, regências, colocações, significados trocam o passo conforme a música. A grafia não fica atrás. Maiúsculas e minúsculas servem de exemplo. Os nomes próprios se escrevem com inicial grandona. É o caso de João, Maria, Pará, Colônia, Brasil. Às vezes, porém, eles entram na composição […]

Eleger, agir e viajar: gês e jotas

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Água parada apodrece, dizem os louquinhos por mudanças. Para eles, eleição é festa. A cada dois anos, abrem-se possibilidades para caras novas. O verbo eleger entra em cartaz. Não é por acaso. Adepto do troca-troca, ele mascara a aparência. A letra g, como quem não quer nada, vira j. A razão é simples. Em todos os tempos e modos, a pronúncia tem de ser gê. […]

Erramos

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“É de se preocupar que, em contexto de severa crise fiscal do Estado, não haja meio eficaz de coibir estratégia eleitoral de governantes impopulares”, escrevemos na pág. 9. O pronome se com infinitivo? Só com verbo pronominal. No mais, sobra. Melhor: É de preocupar que, em contexto de severa crise fiscal do Estado, não haja meio eficaz de coibir estratégia eleitoral de governantes impopulares.