Trabalhamos para melhorar o resultado? Trabalhamos para melhorarmos o resultado?
Ambas estão corretas. Trata-se do infinitivo flexionado. Nessa forma verbal, só se exige a flexão se o sujeito da segunda oração for diferente da primeira: Maria chegou cedo / para os filhos irem ao teatro. O Congresso mudou a lei / para os médicos serem beneficiados. No seu exemplo, Eduardo, trata-se do mesmo sujeito (nós). A flexão é facultativa. Prefiro o singular porque deixa a […]
Norte-americano, norteamericano ou norte americano? Entre no cassino de Donald Trump e faça sua aposta. Escolheu a primeira opção? Acertou. Norte e sul pedem hífen na formação de adjetivos pátrios: norte-americano, norte-coreano, norte-rio-grandense, sul-americano, sul-coreano, sul-vietnamita, sul-asiático, sul-africano. Centro Entre os extremos, fica o meio. Como lidar com ele? Do mesmo jeitinho. Centro exige tracinho na formação de adjetivos: centro-americano, centro-asiático, centro-africano, centro-direita, centro-esquerda.
Em época de eleição no norte e no sul, fala-se em ir às urnas. A palavra é tão familiar que, quando usada, dispensa explicações. Sabemos que é o recipiente onde se depositam (ou a máquina onde se digitam) os votos de uma eleição: O americano foi às urnas ontem. Os governantes têm de ouvir a voz das urnas. Esperamos o resultado das urnas. Nem sempre […]
Volta e meia aparece em jornais a palavra re-eleição. Assim, com hífen. Nada feito. O prefixo re-, que indica repetição, tem alergia ao hífen. Com ele é tudo colado: reeleição, reeditar, recriação, reler, reumanizar.
Foi dada a partida. A sorte está lançada. Candidatos suaram a camisa e gastaram sola de sapato com um único objetivo. Eleger-se. Pra chegar lá, precisam conquistar o eleitor e, com ele, o voto. O objeto de desejo tão cobiçado tem duas acepções e duas origens. A primeira veio do latim votum. Quer dizer promessa, desejo. O padre faz voto de castidade. Os noivos, voto de […]
Tio Sam personifica os Estados Unidos. De barbicha e bigode, trajada de casaca e calças listradas como a bandeira americana, a criatura nasceu lá por 1812. Dizem que a imagem é reprodução de uma figura de carne e osso. De quem? É aí que a porca torce o rabo. Certeza não há. Uns dizem que é Samuel Wilson, poderoso inspetor federal que tirava o sono […]
Os Estados Unidos foram às urnas. A disputa entre Biden e Trump incendeia a política. Pela primeira vez, um candidato pôs em xeque o sistema eleitoral americano. Se perder, o presidente ameaça recorrer à Suprema Corte. E daí? Enquanto a resposta não vem, vale a questão: por que a potência do planeta exige o verbo no plural? Porque, nos nomes próprios escritos no plural, o […]
“O mal-humorado é alguém sem imaginação.”
“Aqui jaz Fernando Sabino, que nasceu homem e morreu menino.” (Fernando Sabino) “Nada de monumento coberto de elogios. Meu epitáfio será meu nome, nada mais.” (Lord Byron) “Assassinado por imbecis de ambos os sexos.” (Nélson Rodrigues) “Aqui estão meus ossos à espera dos vossos.” (citado por Millôr Fernandes)
Epitáfio? É a inscrição que aparece nas lápides. A palavra nasceu na Grécia. Deu uma voltinha em Roma. E chegou aqui. Tem duas partes. Uma: epi, que significa acima. A outra: táphos, que quer dizer túmulo. A propósito, Machado de Assis escreveu: “Gosto dos epitáfios; eles são, entre a gente civilizada, uma expressão daquele pio e secreto egoísmo que induz o homem a arrancar à […]