Em bom português

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  Não vale alegar ignorância. A Lei 2.749, de abril de 1956, diz:   “Art. 1º — Será invariavelmente observada a seguinte norma no emprego oficial do nome designativo de cargo público: o gênero gramatical desse nome, em seu natural acolhimento ao sexo do funcionário a que se refira, tem que obedecer aos tradicionais preceitos pertinentes ao assunto e consagrados na lexicologia do idioma.”   […]

Leitor esperneia

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        “Socoooooooooooooorro”, gritou Yuri ao ler a matéria da pág. 21 do Correio. O brado chegou ao blog e ficou registrado no comentário. Trata-se desta passagem: “O comandante da 11ª Companhia de Polícia Independente, major Alfredo Luney, interviu”.       É de chorar. Nas páginas, a triste história do verbo desacreditado. Intervir revela a família na cara. Mas ninguém acredita. Todos maltratam o pobre […]

É machinho sim, senhor

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    “As milhares de pessoas? Os milhares de pessoas? A dúvida pintou aqui na redação. Repórteres se preparavam pra escrever matéria sobre a tragédia da China. No Oriente, os filhos cuidam dos pais na velhice. Com a ida precoce das crianças, põe-se em xeque a política do filho único imposta pelo governo. “E agora?”, perguntam os idosos. “Estamos duplamente desamparados.”   Convenhamos. Nosso drama é nada […]

Você está a fim?

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    “Hillary está a fim de de abandonar a campanha na terça-feira”, disse o Jornal das Dez, da GoboNews. A declaração deixou os telespectadores ouriçados. A agitação não se deveu a razões políticas. Mas lingüísticas. Afim ou a fim? Eis a questão.   As duas formas existem. Como os macacos, cada uma fica no seu galho:   Afim não se escreve coladinha por acaso. É […]

Verbo, o senhor da fala

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    (Esta coluna circula no caderno Ga,barito do Correio Braziliense, às segundas-feiras.)   Eles disseram: “Os mortos não se reconheceriam se pudessem ler seu s necrológios.” Carlos Drummond de Andrade   Verbo, o senhor da fala 54 — pôr, ver, reter   O maltratado   Não há escapatória. Se correr, o bicho pega. Se ficar, o bicho come. Os jornais esnobam o futuro do […]

Cadê meus óculos?

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    Oba! Alguém conseguiu furar o bloqueio do blog. É Vinicius. Ao comentar a notinha sobre as manhas das horas, ele sugeriu: “Outra coisa boa de esclarecer é o uso da palavra óculos. Tem gente que não enxerga. `Meu óculos caiu´, dizem. Aiiiiiiiiiiiiii! É plural, gente. É com você, Dad. Explique aí”.   Pedido de leitor é ordem. Óculos joga no time de pêsames […]

Quero saber

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  Lourdes, de Belô, escreve: “Minha mãe anda aflita. A causa da apreensão é o verbo trazer. Ora ela ouve `eu devia ter trago a sombrinha´. Ora, `eu devia ter trazido a sombrinha´. Eu e ela temos a quase certeza de que a segunda opção é a correta, mas, como normalmente ouvimos a primeira , ficamos em dúvida. Pode nos ajudar? Vocês estão certas. O […]

Quero saber

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  Carlos Santos, de Samambaia, escreve: “Quantas horas é? Quantas horas são? Sempre que pergunto, me bate a dúvida”. Nós somos escravos do tempo, não é? Temos hora pra pegar o ônibus, hora pra chegar ao trabalho, hora pra levar o filho à escola, hora pra isso, hora praquilo. Ufa! É importante, pois, fazer a pergunta como manda o figurinho: que horas são? Viu? Use […]

Tudo passa por Goiás

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  A febre amarela matou nove pessoas. Elas moravam em Brasília, Minas, Mato Grosso. Exerciam profissões diferentes. Mantinham contas bancárias de peso e tamanho variados. Apesar da diversidade, todas praticaram um ato antes de perder a vida — passaram por Goiás. Ali, o mosquito Aedes aegypti as picou. Infectado, transmitiu a doença. O noticiário trouxe o estado às manchetes. E suscitou dúvidas. Alguns dizem Goiás. […]

Derrotas vitórias

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    Marina Silva deixou o Ministério do Meio Ambiente. Cansada de lutar contra os famintos por crescer a qualquer preço, pediu o boné. Ela perdeu várias batalhas. Entre elas, a dos transgênicos e a das hidrelétricas. A pior: perdeu a defesa da floresta amazônica para Mangabeira Unger. Disseram as más línguas que a ministra foi derrotada pelos madeireiros, loucos pra devastar aquele verdão todo. […]