Contracheque

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    Wilson Ximenes escreve: “Matéria `Rodoviários fazem paralisação relâmpago em Ceilândia´, publicada no site do Correio Braziliense, às 9h31, informa: `A confusão começou depois que os trabalhadores receberam os contra-cheques´ “.   Nada feito. O correto é contracheques, sem hífen.  

Bobeira

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  “Os horários de cargas e descargas de veículos no Plano Piloto está reduzido”, escrevemos na pág. 36. Distração, não é? Com o sujeito longe, bobeamos. Esquecemos que o o verbo tem de concordar com ele. Melhor: Os horários de cargas e descargas de veículos no Plano Piloto estão reduzidos.

O todo e as partes

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          Agradar a gregos e troianos, eis a filosofia do verbo. Sempre que pode, o malandro joga nos dois times. Há casos complicados, em que os sujeitos exigem que o verbo concorde com eles. Ele, subserviente, cede. “Para que brigar?”, pensa o comodista. Afinal, a língua é um sistema de possibilidades.       Na concordância, então, é um festival de vale-tudo. Ou quase […]

Extinção coletiva

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  A Clara Arreguy, editora de Cultura do jornal, saiu do trabalho tarde. Morta de fome, passou numa rede de lanchonetes para comer um sanduichezinho jeitoso. Ficou com os pêlos arrepiados ao ler este texto na toalha da mesa: ‘‘Existem mais de 500 animais em extinção no mundo. No Brasil, são 107 espécimes ameaçados. Entre eles, estão a arara-azul pequena, o maçarico-esquimó e o minhocoçu’’.   […]

Sempre ou às vezes?

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    Nos domingos? Aos domingos? Quando usar um ou outro? As duas construções são ardilosas. Parecem sinônimas. Mas sinônimas não são. Para não cair na cilada, uma condição se impõe: saber a diferença entre aos e no.   Aos domingos significa todos os domingos: Vou à missa aos domingos. Em Brasília, não se discute mais a abertura do comércio aos domingos. Você trabalha aos […]

Maridão desamparado

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  Hillary Clinton foi até o fim. Mas não chegou lá. Brasileiros respiraram aliviados. Atentos à propriedade vocabular, buscavam desesperadamente uma palavra. Ora, pensavam eles, “se a mulher do presidente é a primeira-dama, como é chamado o marido da presidenta?” O coitado está desamparado pela língua. Como o fato é novidade, o maridão não tem nome especial ainda. Há quem fale em primeiro-cavalheiro. Mas é chute. Melhor […]

É crime

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  Montaigne, há 400 anos, escreveu que o estilo deve ter três virtudes — clareza, clareza e clareza. O Correio se esqueceu do conselho. A prova está lá, na pág. 6: “O Ministério Público do Rio Grande do Norte denunciou ontem à Justiça as ex-primeiras-damas Denise Pereira Alves e Anita Louise Maia. As duas são mulheres do presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, e do líder […]

Lé com lé

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    Ops! A cilada do haver pinta no pedaço. Aparece na capa: “Revoltados, moradores da 407 Sul se despedem da árvore que há 20 anos encantava a quadra”. O encantava está no imperfeito. O haver não tem saída. Tem de ir atrás. Trata-se da tal lei do lé com lé, cré com cré. Compare: Revoltados, moradores da 407 Sul se despedem da árvore que […]

Mau aluno

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  Você ouviu? Se ouviu, não acreditou. Se acreditou, terá chegado a conclusão óbvia. Paulo Piau, relator do processo contra o Paulino da Força no Conselho de Ética, foi mau aluno. A declaração que fez diante de câmeras e microfones comprova a malandragem nos bancos escolares. “Se não houverem provas”, disse o deputado, “eu não posso inventá-las.”   Sua Excelência não aprendeu lição pra lá de repetida. […]