Crase 4

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  Palavras repetidas    Que tentação! Certas construções dão coceira na mão. Diante delas, o desejo parece irresistível. Ao menor descuido, lá está o acentinho comprometedor. Com ele, lá vamos nós arder no mármore do inferno. Seguuuuuuuuuuuuuuuuuu!  Uma tentação satânica são as palavras repetidas. Ao vê-las, dobre os cuidados. Pare, pense e controle-se. Lembre-se de que as duplinhas têm alergia à crase. Não aceitam o sinalzinho nem […]

Crase 3

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  Os casadinhos    Que confusão! De…a. Da…à. Um a tem crase. O outro vem soltinho e feliz como pinto no lixo. Por quê? A razão é uma só: mania de imitação.  A língua copia a vida. Lá e cá existem os casais. A duplinha tem uma marca.  Um par anda com o outro. Em outras palavras: o que acontece com um acontece com o outro.  […]

Crase 2

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  Vou a Brasília? Vou à Brasília? Fui a Paraíba? Fui à Paraíba? Ia a França? Ia à França? Eta dor de cabeça! Nome de cidades, estados e países são cheios de caprichos. Ora dão vez ao grampinho. Ora, não. No aperto, a gente chuta. O resultado é um só. A Lei de Murphy, gloriosa, pede passagem. O que pode dar errado dá.   Como safar-se? […]

Crase 1

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  Ufa! A crase dá nó nos miolos. Como desatá-lo? É fácil como andar pra frente. O blog vai apresentar o passo a passo do emprego do sinalzinho pra lá de sofisticado. Vamos lá?  Primeiro passo: desvendar o segredo do acentinho   Crase é como aliança no dedo esquerdo. Avisa que estamos diante de ilustre senhora casada. A preposição a se encontra com outro a. Em […]

Erramos

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  “…o controle de áreas de cultivo e rotas de tráfico de drogas passaram a representar uma das principais fontes de receita do grupo”, escrevemos na pág. 27. Cilada, não? Controle é o sujeito. O verbo não tem saída. Precisa concordar com ele: o controle de áreas de cultivo e rotas de tráfico de drogas passou a representar uma das principais fontes de receita do […]

domingo

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      Ufa! No dia 8, às 8h, começam as Olimpíadas de Pequim. Quem conhece o perfeccionismo e a determinação chineses não duvida. Serão os mais esplêndidos jogos de todos os tempos. Por isso a imprensa adotou a contagem regressiva. Recorre, então, a duas estruturas. Ambas verdadeiras ciladas.     Uma: o verbo faltar. Quando o sujeito vem posposto, não dá outra. Pisa-se a […]

Rivalidade lingüística

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  Viva! Numa operação marcada pela inteligência, o Exército colombiano libertou Ingrid Betancourt. A ex-senadora ficou seis anos presa na mata amazônica. O fato pegou a imprensa de surpresa. No corre-corre de escrever a notícia, pintou uma curiosidade na redação. Reféns tem acento. Hifens não. Por quê?   Trata-se de velha rivalidade entre oxítonas e paroxítonas. O que acontece com umas não acontece com as […]

Ou beber, ou dirigir

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  DAD SQUARISI // dad.squarisi@correioweb.com.br   O assunto é um só. No trabalho, na escola ou em casa só se fala na lei seca. Tevês, rádios e jornais dedicam espaços generosos à bebedeira de motoristas. Não faltam cenas dramáticas de cadáveres no asfalto. Ou de famílias destroçadas com a perda de pai, mãe ou filhos sob as rodas de carros. Ou de corpos esmagados entre […]

Sobre esses e zês

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  Querer, pôr, fazer, dizer dão nó nos miolos. Em certas formas, aparece o fonema z. Mas se escreve a letra s. Em outras, a letra z pede passagem.     Qual o segredo? A regra não tem exceção. Vale para qualquer verbo. Z ou s? No infinitivo aparece o z? Então não duvide. Sempre que o fonema z soar, dê passagem à lanterninha do alfabeto: […]