Renata escreve notas para colunas sociais. Outro dia, recebeu fotos do casamento mais badalado na cidade. Mas havia um senão. Faltava a identificação do fotógrafo. Ela ligou para a jovem recém-casada. Não a encontrou em casa. Recorreu ao marido. Ele também não estava. Mas alguém atendeu e perguntou meio distraído: — Quem está falando? — Renata, do Correio Braziliense. — Com quem gostaria de falar? […]
“O poeta é como a mulher: precisa dar à luz.”
Que pena! Nilton César de Jesus não resistiu. Morreu depois de dias em estado de coma. O fato foi notícia em jornais, rádios e tevês. Aí, não deu outra. “Nilton será enterrado no Cemitério do Morumbi, perto do seu clube do coração”, dizem e escrevem repórteres apressados. Impropriedade, não? O corpo de Nilton é que será enterrado.
O leitor Flatônio José da Silva se interessou pela matéria “Ávila segue na direção do TCDF” (pág. 12). Atento, descobriu dois cochilos. Um: “Decisão frusta planos de Rainha de assumir o comando”. É frustra, não? O outro: “O conselheiro disse que participará da sessão marcada para às 10h de hoje”. A crase sobra.
Fernando Oliveira, de Brasília, escreve: “Tenho observado uma tendência nos meios de comunicação, que preferem a forma irá comprar, irá anunciar, irá demitir às construções comprará, anunciará, demitirá ou vai comprar, vai anunciar, vai demitir. Existe alguma razão jornalística para a preferência?” A pergunta tem tudo a ver. As duplas “irá comprar, irá anunciar, irá demitir” são ilustres desconhecidas do português. Na nossa língua, o futuro […]
Que coisa, hein? Marcelo Silva abusou da cocaína. Morreu. O diagnóstico: overdose. Em português: dose excessiva.
Raquel, de Brasília, bateu às portas do blog. “Tenho reparado”, diz ela, que os jornais usam o pronome demonstrativo este associado ao substantivo ano. Escrevem `O São Paulo foi hexacampeão este ano´ em vez de `O São Paulo foi hexacampeão neste ano´. Eles estão certos, ou se trata de novo modismo na praça? As duas formas estão certinhas da silva. Você pode dizer: Domingo vou […]
Loucos aparecem aqui e ali. Um deles pintou em São Paulo. A criatura matou 13 homens no Parque dos Patrius, em Carapicuíba. A polícia o trata de serial killer. Em bom português: matador em série.