Quem mata alguém é homicida. Quem se mata é suicida. Quem mata o rei é regicida. O ato de matar alguém se denomina homicídio. De matar-se, suicídio. De matar o rei, regicídio. Cídio é irmãozinho de cida. Também quer dizer matar. Tenha juízo Os leitores esperneiam. Não se conformam com a companhia do suicidar-se. Lembram a etimologia do verbo. Sui quer dizer a si mesmo. […]
“Assim que aprendi a escrever, descobri como se faz poesia: é preciso pegar as palavras em pleno voo e segurá-las no papel, mas bem de leve, para que elas continuem a se sentir livres e com vontade de cantar.”
O plural de alto-falante? É alto-falantes.
Manuel Bandeira é o grande homenageado da Flip — Festa Literária Internacional de Paraty. O poeta caiu na boca do povo. Mereceu a palestra de abertura do evento, venda de obras inéditas, declamações e declamações de poemas pra lá de conhecidos. O mais badalado: “Vou-me embora pra Pasárgada”. A pronúncia de Pasárgada é alvo de controvérsias. Alguns insistem em dizer “Passárgada”. Alegam que os dois esses […]
Cegueira Em Brasília as eleições não acabaram. Petistas pedem a recontagem dos votos. Acusa daqui, defende dali, a questão parou na Justiça. Em frente ao tribunal, apareceram faixas. Uma delas pede ação dos juízes. Diz: “Haja, Justiça”. Nada feito. A ordem misturou alhos com bugalhos. Confundiu ®MDUL¯aja, do verbo agir, com ®MDUL¯haja, do verbo haver. Mas nem tudo está perdido. A Justiça é […]
DAD SQUARISI // dadsquarisi@diariosassociados.com.br Dois acontecimentos movimentarão Brasília em 2010. Um: o cinquentenário da capital. O outro: a reunião do 34º Comitê de Patrimônio Mundial da Unesco. Representantes das 878 cidades e sítios históricos que compõe a lista da organização desembarcarão aqui. O evento chamará a atenção de Europa, França e Bahia. A arquitetura, já conhecida, talvez não cause impactos. Há construções pra lá […]
“Irene e a foto do irmão, Damião, morto e torturado em uma clínica”, escrevemos na legenda da pág. 9. Erramos na ordem, não? Damião foi torturado primeiro e morto depois.
“Cadê a crase?”, perguntam os leitores quatrocentões. O gato comeu. Mas a frase protesta. Quem pede pede alguma coisa a alguém. A quem? À Argentina. Vem, acentinho: Brasil pede à Argentina informações sobre casos.
Como é? O acento mudou de lugar. Em vez de figurar sobre o a que antecede BR-040, partiu pra mares nunca dantes navegados. Deu no que deu. (Colaboração de Daniel Lacerda)
“O governo aumentou o prazo para que os descontos possam vigir até o fim do ano”, anunciou o Jornal das Dez, da GloboNews. Nada feito. Viger pertence à segunda conjugação. Preguiçoso, não tem as formas em que o gê soa guê (vigo, viga): Os descontos vigem até hoje. Prazo para que os descontos possam viger até o fim do ano.